sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Web TV: dá para confiar nesse novo tipo de mídia?


Geralmente, você, amigo leitor, chega cansado do trabalho, por volta das 18h30 ou 19h em casa. Depois de passar pela porta da sala e tirar o sapato, qual a primeira coisa que faz? Provavelmente, liga a TV. E, quase sempre, ela está previamente sintonizada na TV Globo.

À noite, depois de uma exaustiva jornada e com o jantar posicionado num prato sobre as pernas, é hora de ver alguns programas, relaxar, beber uma cerveja e curtir as atrações da telinha, ao sabor da vontade dos dedos que tocam o controle remoto.

Esse é um hábito sedimentado na sociedade brasileira, com perfil notadamente televisivo. O brasileiro é um consumidor quase compulsivo da TV (principalmente dos canais abertos), além de ser visivelmente influenciado por esse meio de comunicação.

A TV por assinatura cresceu muito em território nacional, oferecendo novas possibilidades de conteúdo, com uma gama enorme de canais. Ainda assim, existem alguns momentos em que você procura algo de bom para ver e não encontra? Se a resposta for sim, não se preocupe. Você não está sozinho. Isso acontece porque o comportamento do brasileiro está mudando.

Ainda falta à televisão algo importante. Seres humanos vivem em sociedade. Logo, necessitam de relações sociais. A TV não traz ao telespectador a interatividade que ele procura. O consumidor televisivo está deixando de ser passivo. Ele quer atuar mais, ter voz ativa, interferir diretamente na programação, fazer perguntas a artistas, celebridades, apresentadores de telejornal.

Por isso, muitas vezes, quando o telespectador se sente enfadado da TV, prontamente liga o computador e consegue, na internet, interatividade e relacionamento social ativo. É aí que ganham espaço as redes sociais, os programas de bate-papo e a web TV (televisão por internet).

A Web TV é uma alternativa à programação da televisão convencional. Mais do que isso, traz interatividade em tempo real com o público. No entanto, esse crescente veículo de comunicação ainda é visto com desconfiança por parte do público e de empresários (anunciantes). Com certa razão.

Muitas emissoras via web têm uma estrutura precária. Arrumam qualquer espaço para chamar de estúdio. Os cenários geralmente são fixos e acabam sendo utilizados por diversos programas, o que cansa quem está assistindo. Esse tipo de atitude antiprofissional causa o desinteresse do empresariado em investir.

A Web TV deve, literalmente, ser uma emissora de televisão dentro da internet. Fazer TV custa caro. É necessário montar boa estrtutura, ter equipamentos adequados, estúdio que ofereça várias possibilidades de gravação. Há algumas poucas que fazem isso. Essas sim, merecem atenção.

A vantagem da Web TV deve estar na concessão. As emissoras de TV "normais" precisam de concessão do governo federal para colocarem a programação no ar. As Web TVs não precisam de concessão. E essa não obrigatoriedade deveria servir de estímulo para favorecer a produção de programas variados e produzidos em condições adequadas e não significar economia de gastos e investimentos.

Ainda assim, a Web TV é uma mídia crescente, que deve gerar frutos brevemente. Se você procurar bem, vai encontrar programas de excelente qualidade. Nesses, dá para confiar. Tem que ter gente séria e talentosa produzindo a atração. Com credibilidade e uma imagem solidificada no mercado, esse tipo de programa atrairá recursos naturalmente. Um forte abraço.

Facebook: Leandro Martins
Twitter: @leandropress

2 comentários:

  1. A UPTV, por exemplo, é uma Web TV de qualidade, principalmente pq tem em sua grade o programa Esporte na Rede, com uma equipe muito competente, entrosada e capaz de divertir e levar conteudo ao teleinternauta!!! Parabensssssssssss!!!

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  2. Espero um dia poder " provar " a webtv, moro em Mauá, onde não tem internet rápida, por isso não sou usuário do produto.

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