quarta-feira, 28 de setembro de 2011

As protuberantes barrigas do jornalismo


O termo "barriga" no jornalismo significa notícia mentirosa. A imprensa, de modo geral, gosta de uma manchete impactante. Para o bem ou para o mal. Catástrofes sempre vendem mais jornais, revistas e espaço em rádio e TV. Acho até que a cultura do povo brasileiro peca por essa morbidez demasiada.

Como é do conhecimento do amigo leitor, costumo acompanhar mais a imprensa esportiva. E esta tem me decepcionado muito ultimamente. Tem mostrado barrigas bem protuberantes ao público (e não estou falando da minha, que também está um tanto avantajada, mas deixo claro que não é a da foto! Humpf!).

Certa vez, uma pessoa que fazia produção do programa Terceiro Tempo, da TV Bandeirantes, revelou-me que, para que a audiência aumentasse, inventavam notícias sobre os clubes de futebol. Algo do tipo: "Fulano de Tal está sendo contratado pelo Corinthians". No jogo de cena, valia até ligar para o presidente do clube que, evidentemente, desmentiria a falsa e mentirosa manchete.

Mas isso "segurava" o telespectador no canal. E aí ficavam nesse assunto até que a audiência caísse. Depois, arranjavam outro para manter o nível no Ibope. Um ganho de audiência em detrimento da informação.

E o povo, de modo geral, que não tem conhecimento sobre isso, é o maior lesado. Privado de um jornalismo sério, ético e competente. Começo a desconfiar que o tal Ibope seja mesmo "coisa do capeta", como disse o missionário RR Soares, que alugava horário na emissora e perdeu espaço por causa dos números que seu programa apresentava, mesmo pagando a bagatela de dois milhões de reais por mês pelo espaço.

Também vi as barrigas da imprensa esportiva nos jornais impressos. Depois que o São Paulo demitiu o técnico Paulo César Carpegiani, figuraram nos jornais manchetes como: "Dunga deve ser o próximo treinador do Tricolor" ou "Dunga vai assinar com o São Paulo". Manchetes que nunca aconteceram, que nunca se tornaram reais.

CUIDADO COM AS MANCHETES QUE NÃO SE CONCRETIZAM:
MESMO COM DESMENTIDOS DOS ENVOLVIDOS, JORNAL PUBLICOU A NOTÍCIA

Todo ser humano deve ter o maior cuidado com as palavras que fala ou escreve. Um jornalista deve ter o dobro, o triplo de cuidado. A palavra escrita ou pronunciada tem um peso muito forte. Jornais, vídeos e áudios viram documentos históricos.

E se derem barrigas, viram motivo de chacota. Imagine se daqui a uns 15 anos, alguém pesquisa no arquivo de determinado veículo e encontra as manchetes escritas acima sobre o técnico Dunga ou sobre Ganso. A pessoa não vai entender nada e pode até mesmo imaginar que o treinador já teria dirigido o São Paulo em sua carreira ou que Ganso defendeu as cores do Corinthians.

Esse tipo de coisa precisa ser revista, deve ser motivo de reflexão. Em qualquer setor, a imprensa tem a obrigação de ser precisa, exata na divulgação dos fatos. É tudo o que essas manchetes não são. E os jornalistas esportivos ainda reclamam que são vistos como profissionais limitados, até pouco inteligentes, que só sabem repetir perguntas e conteúdo.

Claro, sem apuração essa é a imagem que acaba passando mesmo. Aí reclamam que o esporte é visto como uma editoria menor dentro dos veículos. Os profissionais devem dar seriedade ao tema. Esporte é paixão, é entretenimento, é tiração de sarro do rival, mas também deve ter precisão. É isso que mudará o conceito da editoria dentro de uma redação.

Amigos jornalistas, por favor, zelem pelo seu trabalho. Apurem, escrevam corretamente, sejam precisos. E não deixem o editor mudar sua manchete ou seu texto para "apimentar" o noticiário. Apenas relate o que houve.

Se o editor insistir, diga bem alto que isso é mau jornalismo. Deixe clara sua posição e, se for o caso, procure um lugar mais sério para trabalhar. É necessário que se faça um forte regime textual para que as protuberantes barrigas da imprensa diminuam. Um forte abraço.

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fotos do programa Esporte na Rede, com Fernando Rejani, jogador de hóquei na grama

Ontem, o Esporte na Rede recebeu o jogador de hóquei na grama, Fernando Rejani Miyazaki. Falamos sobre esse esporte olímpico, mostramos equipamentos, falamos de regras e mostramos as medidas do campo e do gol. Além disso, colocamos Fernando no bate-papo sobre Seleção Brasileira de Futebol e o Brasileirão da Série A.

Foi um programa descontraído e bem-humorado. Vários internautas fizeram perguntas interessantes e elogiaram a iniciativa do ER em divulgar outros esportes. E, claro, não poderíamos fazer outra coisa senão tirar fotos com os equipamentos desse esporte que vem crescendo no Brasil. O ER vai ao ar pela UPTV (www.uptv.com.br) toda segunda-feira, às 18h45, AO VIVO. Assista ao programa na íntegra abaixo. Um forte abraço.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A internet ajuda a encontrar fontes e pautas


É fato que hoje, com a internet, inúmeros jornalistas tiveram seu trabalho de encontrar fontes e pautas facilitado. Digo por experiência própria. No programa que apresento na UPTV, o Esporte na Rede, as redes sociais deram importante contribuição na busca e contato com convidados.

Encontrei nas redes várias personalidade do meio esportivo. Tal aproximação jamais seria possível sem a internet. Você até encontra o telefone da pessoa, mas tem muita gente que sequer atende a números desconhecidos. Na rede mundial de computadores, não. Você manda uma mensagem e, normalmente, as pessoas respondem.

Mesmo assim, o bom e velho contato telefônico é sempre útil. Em última instância, é o que mais o aproxima da fonte, pois transfere (em parte) as relações do mundo virtual para o mundo real. Conclusão: use e abuse da internet para procurar fontes e pautas. Porém, não faça uma lavagem em seu cérebro.

Seja inteligente, raciocine e continue mantendo-o em funcionamento. Pense, sugira pautas diferentes e busque fontes também no mundo real. Em reportagens de bairro, por exemplo, dificilmente se acham boas fontes na internet. Mas se sair às ruas e procurar nos lugares mais simples, vai encontrar uma porção delas. Um forte abraço.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Atualização de portfolio - 23/09 - Jornalista também se emociona

O papel do jornalista é ser um contador de histórias, um "relatador" de fatos. As correntes mais radicais do jornalismo defendem que, para que o profissional tenha o máximo de isenção, é preciso distanciamento, não se envolver nos casos.

Na maioria das vezes, isso é possível e até recomendável. Mas existem alguns momentos em que o profissional também se emociona. É impossível ficar indiferente quando vejo famílias carentes melhorando de vida, conseguindo moradias dignas, sendo um pouco mais reconhecidos como seres humanos.

Os depoimentos são de pessoas que lutam todos os dias por uma vida mais "aceitável". São pais, mães e avós que cuidam dos filhos e da casa. Se o Brasil fosse um país mais sério, esse tipo de reportagem jamais seria feita. Porque, no mínimo, todos teriam moradia decente.

Se aqui houvesse seriedade dos políticos, o sistema de saúde, de ensino, de segurança e de transporte públicos honrariam os valores pagos em impostos pelos brasileiros. Como por enquanto isso é uma grande utopia, as reportagens estão aí para emocionar a mim e a quem assisti-las. Um forte abraço.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O jornal impresso vai desaparecer?


Quando cursava a faculdade, os professores sempre abordavam o tema em sala de aula: "a tendência hoje é que o jornal impresso, do jeito como é feito, desapareça". Principal concorrente? A internet.

Desde que Johannes Gutenberg inventou o tipo mecânico móvel para impressão, a grande curtição dos folhetins impressos era dar um furo de reportagem. As pessoas só liam a matéria no dia seguinte ou mesmo dias depois que o repórter tinha escrito.

Como era um dos poucos meios de informação existentes, as pessoas ficavam frenéticas. Adoravam ler as manchetes, que tanto impacto causavam. A mídia eletrônica ainda não existia. Os repórteres viviam em busca de boas histórias, fatos inéditos e interessantes, além de boas fotos.

Hoje, o furo de reportagem não é mais dado pelo jornal em papel. A internet o atropelou, publicando notícias com enorme velocidade. Mesmo assim, não acredito que o jornal impresso vá desaparecer. Não em curto prazo, pelo menos. Mas é preciso que sua linguagem se modifique, passe por uma grande reformulação.

GUTENBERG E SEU TIPO MÓVEL

A saída está no modo de escrever. Achar que o jornal hoje vai dar um gigante furo de reportagem é ilusão. Para sobreviver ao tempo, os jornais devem ser mais analíticos, quase literários. O tradicional lead (espécie de parágrafo inicial que contém as informações básicas da reportagem e responde às perguntas "como"? "quando"? "onde"? "quem"? ou "o que"? e "por que"?) deve ser deixado de lado.

Em seu lugar, deve figurar um texto mais aprofundado, como nas revistas. Para isso, é preciso ter no quadro de funcionários bons jornalistas, talentosos, experientes, com bagagem, vividos e com excelente cultura geral. Os jovens devem fazer parte da redação como estagiários ou focas, não da maneira que fazem hoje, quando se tornam editores com menos de 30 anos de idade (e menos de dez de carreira).

O jornal impresso precisa ser novamente uma escola. Ter gente que ensina, que reflete sobre o fazer jornalístico dentro do próprio trabalho. Precisa voltar a ser mais romântico para recuperar sua essência perdida no tempo. Quando surgiu, tinha essa linguagem literária. Hoje, deve resgatá-la para que não seja esquecido no tempo.

Fiquei satisfeito quando li uma entrevista do Jornalista (e esse faço questão de escrever com "JOTA" maiúsculo) Paulo Vinícius Coelho no site Comunique-se, em que dizia ter exatamente essa opinião. Editores, diretores de jornalismo e até mesmo donos dos jornais precisam enxergar à frente. Essa é uma solução plausível e relativamente simples para que o impresso não suma.

Outra possibilidade, como já fazem alguns jornais, é regionalizar o conteúdo. Jornais locais quase sempre trarão notícias "inéditas", já que se referem às entranhas de determinada comunidade. Esse tipo de coisa a grande mídia não vai noticiar.

A periodicidade também pode mudar. Os jornais podem ir às bancas dia sim, dia não. Ou então, serem semanais como alguns tabloides e revistas. E também podem parar de "mentir" quando o assunto é a tiragem que publicam. Hoje, a maioria dos jornais divulga em suas páginas um número muito maior de exemplares do que realmente imprime. Geralmente, o número impresso nas páginas é o dobro ou até o quádruplo do que realmente as gráficas imprimem.

Os tablets também podem ser considerados grandes concorrentes dos impressos. Trazem jornais e livros eletrônicos num objeto relativamente pequeno. Mesmo assim, existem pessoas que têm uma relação de apego com o jornal impresso. Gostam de manuseá-lo, virar as páginas, preencher as palavras cruzadas, ligar os pontos dos passatempos. A essas pessoas, o jornal deve satisfação, uma resposta à tecnologia moderna.

Por mais que a tecnologia reduza o tempo de publicação e distribuição de uma notícia, nunca será capaz de pensar com profundidade. Isso só o cérebro humano pode fazer. Por isso, a linguagem precisa ser modificada. Para o grande e para o pequeno público. Caso contrário, o caro papel jornal só servirá para embrulhar peixe na feira ou como banheiro para os animais domésticos. Um forte abraço.

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Fotos do programa Esporte na Rede, com Ivan Love

Ontem o programa Esporte na Rede, da UPTV, recebeu o sósia do jogador Vagner Love. Ivan Love é economista e já trabalhou na Bolsa de Valores por 13 anos. Como complemento da renda, faz aparições como o sósia do boleiro que hoje joga no CSKA da Rússia.

As fotos são de Marco Antonio Joares, o Gepeto. Foi um bate-papo agradável. Confira a íntegra abaixo.

O ER vai ao ar toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45, no site www.uptv.com.br. Um forte abraço!

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O gerenciamento de crises na internet e fora do ciberespaço


Reclamações de consumidores contra alguns produtos ficaram famosas na internet. Quem não se lembra do procurador Oswaldo Borelli, que ficou indignado com a sua geladeira Brastemp e com a (falta de) atenção que vinha recebendo da empresa? (veja vídeo que abre o post)

As redes sociais e a internet, de modo geral, transformaram-se em uma espécie de palanque de pessoas comuns. O ciberespaço oferece a possibilidade para que nós, simples mortais, sejamos vistos e ouvidos em determinadas situações. Já que a reclamação no atendimento da empresa não adiantou, vamos colocar a boca no trombone na rede mundial de computadores.

Dependendo de como isso é feito, o caso ganha enorme repercussão nacional e até mesmo mundial. Só aí parece que as empresas dão ouvidos aos consumidores. Na Europa, a consciência coletiva e o nível intelectual das pessoas são mais elevados do que em países de quinto mundo (para mim, a posição do Brasil é essa). Os habitantes de países desenvolvidos sempre brigaram mais pelos seus direitos.

Aqui, como os movimentos de massas não são tão intensos e, quase sempre, servem de manobras políticas, considero esse tipo de reclamação um avanço. É bom que as pessoas exerçam seus direitos. Ainda que utilizem a internet para isso.

Algumas empresas já contam com um analista de redes sociais. Quase sempre, alguém da área de comunicação ocupa o cargo. Não raras vezes, quem exerce a função é um jornalista. E como gerenciar uma crise desse tipo na web? A tarefa não é fácil.

Em alguns casos, a empresa procura o reclamante e tenta resolver o problema de forma direta. Porém, a confusão que se estabeleceu, com certeza, já manchou de alguma forma a imagem da corporação. É trabalho de analistas e assessores reverter o quadro. Isso se consegue pedindo gentilmente para que o reclamante, ao ter seu problema solucionado, também divulgue a notícia publicamente.

Outra possibilidade é convencer a entidade a fazer alguma ação de assistência social como a doação de algum aparelho para uma fundação que cuide de crianças carentes. Na sociedade da informação, a imagem é um bem muito importante. Também é dever do jornalista solicitar depoimentos públicos de diretores e "educá-los" para que saibam lidar com a imprensa nesse tipo de situação.

Todas as perguntas serão negativas. O diretor precisa saber que vai encontrar um cenário hostil nas entrevistas. E terá de manter a calma para não dar nenhum tipo de declaração ríspida ou que cause mal-estar no jornalista que faz a reportagem. Esses pequenos atos podem começar a melhorar a imagem da empresa perante a opinião pública.

Mas, a força do ditado popular é válida. Confiança é algo que se leva muito tempo para conquistar e poucos segundos para perder. Por isso, deixo também a dica para as empresas. Atenção com o consumidor é fundamental para um bom marketing de relacionamento, uma boa propaganda boca a boca e para assegurar uma imagem sólida e de respeito. Um forte abraço.

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Atualização de portfolio - 16/09


Fazia tempo que não colocava aqui uma reportagem minha. Esta é sobre uma visita monitorada de alunos de escolas públicas e particulares ao Horto Florestal de Guarulhos. As crianças aprendem a plantar árvores, germinar sementes, assistem a vídeos educativos e participam de jogos que fixam o aprendizado.

O interessante projeto chama-se Horto Escola e é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente. Durante a execução da pauta, meus tênis ficaram imundos, já que pisamos na terra. Faz parte. Reportagem é assim mesmo. Pelo menos, um rapaz tirou algumas fotos e enviou-me. Um registro bacana e curioso para você, amigo leitor, deleitar-se. Um forte abraço.




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jornalista consegue emprego nas redes sociais?

Depois que a internet começou a fazer parte do dia-a-dia das pessoas, tornou-se muito difícil imaginar a existência sem ela. Tal como a energia elétrica. Convenhamos, ambas são uma ajuda e tanto para alcançarmos alguns objetivos.

Claro que, como tudo na vida, a rede mundial de computadores também tem seus pontos negativos. Ao mesmo tempo que aproxima e promove o reencontro entre amigos distantes ou que não se falam há muito tempo, pode afastar quem está perto da gente. O que não pode acontecer é fazer da internet um vício, uma morada. Deve ser um apoio, um passatempo. E nada mais. As relações humanas sempre serão as mais importantes.

Isso posto, vamos ao tema do post de hoje. Um jornalista (ou outro profissional) pode conseguir emprego por meio das redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter? Muitas empresas buscam trabalhadores nas redes sociais. No caso de jornalistas (e outros profissionais da comunicação), que lidam diretamente com o público, é uma obrigação ter perfis nessas redes.

Trabalhar com comunicação exige um bom networking. É preciso que as pessoas o conheçam, saibam onde você está, descubram quais são suas habilidades e analisem de que modo poderão contar com seus serviços nos projetos que desenvolvem.

Cada um faz o uso que bem entende de sua rede social. As minhas são profissionais. Coloco fotos e vídeos dos trabalhos que executo e, para complementar, escrevo este blog sobre a carreira. De quebra, posto aqui meu portifólio de reportagem e apresentação em TV.

Conheço algumas pessoas que conseguiram emprego dessa maneira. Fizeram um blog, postaram suas atualizações em redes sociais e deram visibilidade ao trabalho que faziam. Resultado: foram vistas e contratadas.

Obviamente, a vida particular interfere na profissional. Por exemplo, o local onde mora pode ser determinante para uma vaga de emprego. Ou então se, entre seus amigos, você conhece alguma pessoa que já trabalhou na empresa que oferece a vaga.

Isso ajuda nos processos seletivos. Mesmo assim, evito postar nas redes fatos e fotos (isso é nome de uma revista, não?) de minha vida particular. O lado pessoal fica com os amigos e familiares. Aqui, no ciberespaço "público" (entre aspas, pois muita gente ainda não tem acesso a essa tecnologia no Brasil, infelizmente), sou apenas o jornalista Leandro Martins. Podem me chamar de ranzinza, mas tenho metas e objetivos e luto com as armas que tenho para alcançá-los.

Às vezes, publico um ou outro pensamento mais "interno". Desabafos. Mas nada que se compare a quem publica até que está indo ao banheiro. Isso já é falta de noção e de educação. E um fator de eliminação sumária para quem pretende conseguir entrevistas de trabalho.

Resumo da ópera. Dê visibilidade ao seu trabalho. Valorize suas habilidades, capacidades e inteligência. Mostre que você pode ser útil para determinada empresa. Seja versátil. Invista em você mesmo. Poste fotos que mostrem seus serviços, com o devido cuidado de evitar cenas bizarras, fora do bom senso e que possam depor contra você. Coisas ridículas e amigos te "zoando", por exemplo. Tome o mesmo cuidado com os depoimentos. Já são passos importantes para que a internet possa surpreendê-lo com uma boa notícia na área profissional. Um forte abraço.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fotos do programa Esporte na Rede, de 12/09

Ontem, o Esporte na Rede foi o primeiro programa após o falecimento de Lucky Ravaneli. Disse no ar que foi mais uma espécie de reestreia. As fotos seguem abaixo. Vamos unir forças para dar continuidade ao projeto criado por ele.

O ER vai ao ar toda segunda, às 18h45, AO VIVO, na UPTV (www.uptv.com.br). Participe! Um forte abraço.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Como um jornalista deve agir em um jogo da Seleção Brasileira?


Há um tempo atrás, estava em um bar com os amigos Renato São Pedro e Alexandre Aníbal. Lá pelas tantas, a conversa caiu no tema "narração dos jogos da Seleção Brasileira". Falamos sobre os locutores que mais gostamos e os que achamos mais ultrapassados. E aí veio a pergunta: você narraria um jogo da seleção canarinho como torcedor?

Algumas pessoas defendem que o jornalista brasileiro deve narrar sim, como torcedor, já que, no mundo inteiro, os locutores torcem visivelmente pela sua seleção. Estendo a discussão ao jornalismo, de modo geral. Rádio, TV, veículos impressos e internet. Você escreveria uma reportagem torcendo pelo futebol brasileiro?

Para mim, seria um tanto piegas. Escrever algo do tipo: "nossa seleção massacrou o adversário". Qualquer tipo de envolvimento que o jornalista tenha com o fato que cobre pode macular sua isenção e sua credibilidade. Todos os comunicadores, de todos os países, torcem pela sua seleção. Fato. E eu entendo que nenhum deveria torcer. É a linha que defende o comentarista da ESPN Brasil, Mauro Cezar Pereira.

Pelo menos, é a maneira na qual me balizo para executar meu trabalho. Por mais que a torcida aproxime o jornalista do povo, o afasta da isenção. E outra. Também tem muito jornalista e muita gente do povo que torce contra a Seleção Brasileira por vários motivos.

O profissional da comunicação deve se lembrar sempre de que trabalha para todas as pessoas que compõem o público. Logo, vai trabalhar para gente que gosta e que não gosta do futebol brasileiro. Partindo do princípio que todos devem ser contemplados por um trabalho bem feito, torcer está fora de cogitação. Eu agiria dessa forma. O mesmo vale para repórteres e comentaristas.

Na foto que abre o post, Galvão Bueno (esq.), narrador da TV Globo, sempre narrou torcendo. João Palomino (dir.), dos canais ESPN, não. E você? O que faria? Um forte abraço.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma singela homenagem ao amigo e apresentador Lucky Ravaneli


Amigo leitor. Ontem foi um dia muito triste e chocante para mim e muitos conhecidos da mídia. O diretor geral da UPTV, amigo e apresentador de TV, Lucky Ravaneli, veio a falecer aos 35 anos de idade, em decorrência de uma trombose. Um menino.

Quero aproveitar o espaço deste blog para prestar uma singela homenagem a ele. Alguns, ao escreverem seu nome, escrevem com ou sem "Y" - Luck ou Lucky. De qualquer forma, combinaria com ele. Luck é uma palavra inglesa e, em português, significa sorte. Lucky significa sortudo, bem afortunado. Particularmente, prefiro esta segunda opção. Ele era um privilegiado.

Dono de um talento brilhante, merecia ter feito programa em TV aberta. Era defensor do conteúdo de boa qualidade. Apresentou programas educativos para as crianças, de entretenimento e esportivos. Tinha talento até para vender em programa de varejo.

Veja como são as coisas... Eu, com vinte e poucos anos, assistia ao Interação (foto que abre o post) e adorava o programa. Já tinha o Lucky como um grande apresentador da TV regional. Jamais poderia imaginar que um dia viria a trabalhar com ele.

O Lucky sabia muito de comunicação. Na UPTV, nunca interferiu em uma palavra sequer que pronunciei. Jamais impediu-me de falar o que pensava, nem de levar qualquer convidado. Ele era extremamente a favor da liberdade de imprensa. E tinha planos ambiciosos para a TV que sonhou, idealizou e realizou.

Lucky se foi menos de 24 horas depois de comemorar sua festa de aniversário. Nela, fez um pronunciamento emocionado. Citou a mãe e um tio já falecidos. E disse que um terço, que ficou com ele no caixão, havia caído do alto do guarda-roupa em um objeto em forma de coração que tinha. Um sinal, sem dúvida. Mas, como disse Marco Perin, o Leite, diretor de imagem da UPTV, não sabemos interpretar esses recados que Deus nos envia. Ainda bem. Se soubéssemos, não seria bom. A vida perderia a graça e o sentido.

Não era próximo de Lucky. Mas convivia com ele. Sempre com um sorriso no rosto. Sempre otimista nos planos e metas para a carreira. Sempre alegre. Faleceu assim. Logo após uma festa em que reuniu amigos e parentes, num ambiente de imensa felicidade. Pelo menos, recebeu esse prêmio de Deus.

Hoje, tenho certeza de que está ao lado da mãe, de quem sentia muita saudade, e outros entes queridos. Deve estar imitando o Sílvio Santos, no que era especialista, no Céu e levando alegria para as pessoas. Uma gigante e dolorosa perda na terra, um ganho no Céu.

Como diz a filosofia, a morte pode se comparar a um barco. Quando o barco levanta âncora e se vai, quem fica em terra se entristece e diz: que pena, o barco já foi. Mas ele não desapareceu completamente. Foi apenas a um lugar onde nossa vista não alcança. E quando o barco some do nosso campo de visão, chega a um outro lugar, onde outras pessoas vão vê-lo. E essas pessoas dizem: que felicidade, o barco já chegou!

Como falei, não era próximo do Lucky. Mas quero despedir-me chamando-o de amigo. Acredito que, essa licença, ele me daria. Obrigado, amigo. Por tudo que me ensinou e por tudo que representou como pessoa e profissional nos meios de comunicação. Fará muita falta. Que descanse na paz do Senhor. E que Ele dê luz e força aos seus familiares e pessoas próximas. Um forte abraço.

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fotos do programa Esporte na Rede, com Alfredo Santos Loebeling

Ontem o Esporte na Rede falou sobre arbitragem e contou com a presença do ex-árbitro da FIFA, Alfredo Santos Loebeling. Assista ao programa na íntegra logo abaixo.

O ER vai ao ar AO VIVO, na UPTV (www.uptv.com.br) toda segunda-feira, às 18h45. As fotos são de Marco Antonio Joares, o Gepeto! Um forte abraço.








segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O jornalista crítico: fuja das armadilhas


Hoje está mais raro, mas alguns grandes veículos de comunicação ainda mantêm em seu quadro de funcionários o jornalista crítico. É a pessoa que vai dar opinião sobre a comida de um restaurante, a hospedagem em um hotel, avaliar o desempenho de um carro e relatar aspectos de um filme ou uma peça de teatro.

A imagem da pessoa que era temida em diversos locais perdeu força. Hoje, os críticos vão a muitos lugares a convite dos próprios estabelecimentos. O mais correto, nesses casos, é que o jornalista seja pago apenas pelo veículo para o qual trabalha e, com isso, possa fazer uma análise isenta e não-tendenciosa dos objetos avaliados.

O que acontece é que, muitas vezes, os hotéis convidam os jornalistas para as estadias, os restaurantes convidam para jantares, os teatros e cinemas enviam ingressos grátis para filmes e peças e as montadoras mandam brindes para carros.

Não é prudente que o jornalista aceite. Ou, se aceitar, que isso fique bem claro na reportagem, para que o público possa fazer um julgamento adequado do que está lendo, ouvindo ou vendo. O aceite de brindes macula a credibilidade jornalística. No mínimo, abre espaço para um questionamento: será que o profissional escreveu uma crítica positiva por que gostou mesmo ou por que foi agraciado com um brinde?

É uma linha muito tênue. O fato é que os veículos também acabam aceitando esse tipo de prática para reduzir os custos. O que compromete a crítica. Tudo deve ficar muito claro para o público. Inclusive, se a reportagem for paga. É claro que esse tipo de texto não tem o mesmo peso nem a credibilidade de um relato isento. Mas deve sempre estar explícito para o leitor, ouvinte ou telespectador o que foi feito ali.

E muitas vezes não está. O relato pago vem disfarçado de notícia quando, na verdade, é publicidade. Por isso, amigo leitor, fuja das armadilhas. Leia as críticas prestando atenção aos detalhes. Se for o caso, ligue para a redação do veículo e tente falar com o repórter que escreveu a matéria. É obrigação dele esclarecê-lo em todos os aspectos. E você, amigo jornalista, também fuja das armações. Não aceite presentes que possam colocar sua reputação em risco. Um forte abraço.