sexta-feira, 30 de março de 2012

Apostar em apenas uma área de programação pode dar certo na TV?


Com o surgimento e o crescimento das emissoras de TV por assinatura no Brasil, os telespectadores passaram a ter contato com canais que não conheciam até então: os segmentados. Estes, nada mais são do que canais específicos, que abordam apenas uma área (ou nicho, como dizemos no meio midiático) de programação.

Assim, hoje conhecemos canais somente esportivos, jornalísticos, de shows, de filmes, de entretenimento, de músicas e clipes, etc. Em termos de audiência, estas emissoras "abocanham" apenas a fatia do público para o qual direcionam a programação.

Em uma rede de televisão aberta e com audiência nacional, esse tipo de estratégia seria considerada loucura, suicídio. Poderia significar um verdadeiro desastre. A programação das emissoras abertas costuma ser diversificada, com a exibição de programas de todos os segmentos acima citados.

Tal estratégia faz com que as emissoras de TV aberta sejam concorrentes naturais entre si. Porém, existem casos extremos, em que uma rede deve parar, refletir e analisar as estratégias de programação. O debate que muita gente vem criando atualmente gira em torno da situação da RedeTV!.

A emissora passa por problemas financeiros. Os funcionários sofrem com constantes atrasos de salário. Para não sair do ar, muita gente aposta que a saída para a RedeTV! é mudar a programação e apostar em apenas um nicho para evitar a concorrência direta com as maiores e mais poderosas. Desse modo, a empresa conseguiria arrecadar recursos de patrocinadores novos e tentar se reerguer.

É o que diz também o experiente ex-diretor de programação da Rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Para ele, "a RedeTV! deveria apostar em um único nicho de programação e não tentar concorrer diretamente com Globo e Record".

Na verdade, o caso da RedeTV! muito me entristece. Porque, à distância, parece ser esse o típico caso da má administração empresarial, o que pode levar a emissora ao encerramento das operações. Em tese, a RedeTV! deveria sim, concorrer com Globo, Record, Band, SBT, Cultura e Gazeta.

Chegar nesse estado deplorável de coisas é um sinal e tanto de derrota. Aqui no ABC Paulista onde moro, aconteceu algo similar com uma das mídias mais fortes da região: a TV+ (lê-se TV Mais). A emissora demitiu mais de 50 profissionais e encerrou sua grade de programação, ficando apenas com as vendas do varejo e alguns programas pagos.

Os salários também atrasaram e, aparentemente, a emissora ruiu. Vejo ambas as situações, da TV+ e da RedeTV!, com muito pesar. O mercado é bem cruel às vezes. Torço muito pelo reerguimento das duas emissoras. E que elas possam, sim, fazer uma programação diversificada. Para adotar tal estratégia de nicho de programação, só mesmo no desespero de um possível fechamento de portas. Fora isso, eu manteria a diversidade. E você? O que faria se fosse o presidente da emissora? Um forte abraço.

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Um jornalista também precisa ter criatividade

Na faculdade de jornalismo, aprendi que o texto no chamado "hard news" deveria ser objetivo, direto, simples, coeso, conciso, enfim, sem adjetivos e palavras que sugerissem um conceito subjetivo das coisas.

Alguns alunos ficam tão acostumados e "enquadrados" nesse formato que acabam ligando o "piloto automático" na vida profissional. Esquecem-se, portanto, de que temos um cérebro pensante que nos possibilita fazer uso da criatividade.

É verdade que muitos alunos hoje em dia têm preguiça de pensar. Mas também é igualmente verdade que a maioria das universidades não incentiva e nem explora o lado criativo dos alunos. As aulas de diagramação e de fotografia, por exemplo, deveriam estimular mais a imaginação dos estudantes.

Às vezes, um aluno escapa dos lugares comuns e, em sua vida profissional, mostra traços de genialidade. Foi o que aconteceu com a capa do diário carioca O Dia, na homenagem a Chico Anysio, ao anunciar sua morte (foto que abre o post).

Um dos maiores humoristas que este país já viu, Chico Anysio caracterizou-se pela "múltipla personalidade" ao desenvolver e interpretar cerca de 209 personagens dos mais diversos e variados tipos.

O editor (ou quem quer que tenha tido a ideia da capa), com uma perspicácia invejável, publicou uma foto principal de Chico, rodeado por 60 de seus personagens e manchetou: "Morreram Chico Anysio". Genial! A criatividade deve sempre fazer parte do trabalho do jornalista, do comunicador.

Se você está entrando na faculdade agora e, ao frequentar as aulas, ouvir sempre aquela velha história sobre objetividade, concisão, coesão, coerência, etc, preste atenção. Isso é muito importante e, de fato, permeia nossa carreira. Mas também levante a mão e questione seu professor. O jornalismo não pode ser extremista. Não pode ser nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Exercite seu lado imaginativo, abra sua mente, navegue em outras águas, vislumbre outros horizontes. Com treino e uma ajudinha da inspiração, todos nós também podemos ter bons momentos de genialidade. Um forte abraço.

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terça-feira, 27 de março de 2012

Fotos do último programa Esporte na Rede de segunda-feira

Amigo leitor, ontem foi a última edição do Esporte na Rede às segundas-feiras. A partir de semana que vem (dia 03/04), o ER será exibido às terças-feiras, das 20h às 21h. Sempre AO VIVO, pela UPTV (www.uptv.com.br).

Ontem falamos sobre Copa Libertadores da América, Campeonato Paulista e Fórmula-1. Veja as fotos abaixo. E não se esqueça: semana que vem nos vemos em novo dia e horário! Um forte abraço.





segunda-feira, 26 de março de 2012

A passagem com arte nas reportagens televisivas


A maioria das reportagens jornalísticas de televisão costuma apresentar um elemento chamado "passagem". A passagem é caracterizada pela presença do repórter no vídeo, em frente à câmera. Geralmente, ele fala um texto que não pode ser "coberto" por imagens e que contém uma informação muito importante. Por isso, dizemos no meio midiático que são informações que estão na boca do jornalista.

Como esse é um momento muito peculiar da reportagem, muitos repórteres se esmeram em fazer passagens criativas, de ângulos inusitados e com um texto mais bem humorado. Uma das possibilidades é fazer a passagem com o auxílio de artes.

Basta que a câmera fique mais aberta. No espaço que sobrou da tela, é possível colocar figuras, desenhos, letras, infográficos ou qualquer outro recurso visual. Segue um exemplo meu de passagem com arte na reportagem abaixo.

A matéria é sobre a inauguração da primeira fase de um CEU (Centro Educacional Unificado) em Guarulhos. Na passagem, aproveitei para citar as outras unidades que também tiveram a primeira fase entregue e as destaquei com um GC (Gerador de Caracteres).

O recurso é simples, mas serve de modelo para trabalhos muito mais ousados e criativos. A arte ajuda o telespectador a fixar a informação transmitida. Além do repórter, todos devem contribuir para que uma passagem seja criativa: o cinegrafista (responsável direto pelo enquadramento e áudio) e o assistente (responsável indireto).

A ideia é interessante, mas para ficar boa no vídeo, é preciso que seja bem executada. Por isso, o engajamento de todos é necessário. Veja a reportagem abaixo. Um forte abraço.

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Programas de humor também fazem jornalismo?


Muita gente afirma que reportagens e transmissões esportivas não são produtos jornalísticos e sim ligados apenas ao entretenimento. Discordo! Para início de conversa, o termo correto é JORNALISMO ESPORTIVO! Porém, que ninguém se engane. O esporte é feito sim, de 50% de jornalismo e 50% de entretenimento.

Em muitos casos, isso também se aplica a alguns programas humorísticos. Muitos deles, além de fazer piadas e gracinhas, também informam os telespectadores e os contextualizam sobre as as notícias mais importantes do país.

Estou falando, é claro, de programas que fazem humor de uma forma inteligente. Um deles, atualmente muito reverenciado pelo público é o CQC (Custe o Que Custar), exibido pela TV Bandeirantes. O humor de seus integrantes é, quase sempre, sutil, sem apelos para mulheres seminuas, brincadeiras imbecis com comida ou baixarias (é claro que, vira e mexe, há excessos).

Com exceção de algumas declarações lamentáveis de Rafinha Bastos no ar, quando era integrante do grupo, o CQC ganhou reconhecimento nacional principalmente por fazer "humor político", sério e quadros de interesse público como o "Proteste Já".

Também é sabido que seus integrantes fazem muitas gravações no Congresso nacional, e no senado federal. Pois bem, na última quarta-feira, o site Comunique-se publicou uma reportagem na qual o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) diz que o CQC "não é imprensa, não. Isso é querer usar o Parlamento para ganhar alguns pontos no Ibope. Estou encaminhando à Procuradoria da Casa ofício solicitando providências contra os repórteres do CQC".

Durante a gravação de uma pauta sobre doação de sangue, o deputado tomou o microfone das mãos do "repórter-comediante" Maurício Meirelles. Ainda segundo o deputado, "os profissionais do humorístico tratam com desrespeito o Parlamento e desqualificam o trabalho dos parlamentares".

Isso posto, vamos à análise. Todo humorista, às vezes, passa da medida em um ponto ou outro. Nesse caso específico envolvendo o deputado Luiz Couto e Maurício Meirelles, não acredito ter havido excesso da parte do repórter, mas sim do parlamentar. O argumento de Couto, de que os repórteres do CQC tratam os políticos com desrespeito, não é válido.

Até hoje, nunca vi um integrante do programa ser mal educado com uma autoridade política. Mas o contrário já vi diversas vezes. E outra. Se os parlamentares deste país são tratados com desdém (o que não significa desrespeito), é porque eles mesmos plantaram isso.

Afinal, não são os repórteres que enriquecem de uma hora para outra, aumentam o patrimônio milhares de vezes durante o ano e aumentam o próprio salário de maneira absurda, enquanto o piso salarial de um professor estadual, por exemplo, é de pouco mais de 1.400 reais. Aliás, se o jornalista pudesse aumentar o próprio salário, eu já estaria ganhando muito mais (hehehe).

Várias pesquisas apontam que a sociedade é que vê os políticos com desdém. Em diversas reportagens sobre instituições e pessoas confiáveis, os políticos ficam quase sempre em último lugar.

Para quem gosta de humor inteligente, percebe facilmente a pitada de jornalismo no CQC. E, obviamente, a ridicularização dos políticos mais chatos e mal preparados. Já os parlamentares que respondem corretamente às perguntas dos repórteres "quebram suas pernas" e destroçam suas piadas no nascedouro.

Conclusão: vira motivo de chacota quem permite que isso aconteça. Quem é mal preparado, quem parece que está ali apenas para levar vantagem, ganhar dinheiro (lícita e ilicitamente), empregar parentes e dar uma literal banana para o povo que os elegeu. Por isso, gosto do humor jornalístico (e também do jornalismo bem humorado). Há sim, muitos traços jornalísticos no humor inteligente. A fórmula me agrada. E a você? Um forte abraço.

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quarta-feira, 21 de março de 2012

As reportagens investigativas, as denúncias e as câmeras escondidas


Recentemente, a TV Globo fez uma reportagem investigativa especial sobre fraudes em licitações e o pagamento de propinas. Foram dois meses de trabalho árduo dos repórteres Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo. A matéria exibia negociações entre Faustini (disfarçado como gestor de compras do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e algumas empresas que disputam licitações para prestar serviços a órgãos públicos.

As imagens e o aúdio mostram que as licitações eram fraudadas e as próprias empresas combinavam o resultado. Todo mundo levava uma fatia do bolo, inclusive os funcionários públicos.

Evidentemente, a reportagem só pôde ser feita com a ajuda de câmeras escondidas e com o disfarce do repórter, que se passou por outra pessoa. Tudo foi feito com o consentimento da diretoria do hospital.

A pergunta que fica é: você aprova o uso de câmeras escondidas e disfarces para a confecção de reportagens com tom de denúncia? Eu sim! Mas as imagens colhidas à revelia dos personagens que participaram da matéria não servem diretamente como prova para a polícia, já que foram feitas sem autorização dos mesmos.

Qualquer tipo de gravação de imagem e som, além de grampos telefônicos, só valem como prova jurídica se estiverem devidamente autorizados por um juiz. E para que ele autorize, é preciso um pedido do Ministério Público. Ou seja, tem burocracia. Assim, as pessoas vistas na telinha são tratadas apenas como suspeitas. A partir de agora, as investigações começam e procede-se a abertura de inquérito.

Tem muito jornalista que não defende o uso da câmera escondida ou do disfarce. Penso da seguinte maneira. Se essas imagens não fossem gravadas e exibidas, alguém ficaria sabendo da falcatrua? Provavelmente, não. Então, mesmo que as imagens não valham inicialmente como prova jurídica, ajudam a, pelo menos, abrir as investigações e instaurar o inquérito.

Infelizmente, o Brasil tem a pecha de ser o país da picaretagem. E, de fato, muitas vezes isso se confirma. Por isso, nada mais justo do que usar artifícios ardilosos para combater a bandidagem muito mais ardilosa. É fogo contra fogo. Bateu, levou!

Gostaria de ver sempre reportagens investigativas como essa no jornalismo brasileiro. O "Fantástico", programa dominical da TV Globo, vinha mesmo sendo muito raso e não cumprindo o papel de revista eletrônica que se propunha a desempenhar. Confesso que esse tipo de reportagem pode mudar o olhar e a confiança que alguns telespectadores depositam sobre a atração. Além de atrair mais audiência, é claro.

Há quem diga que câmera escondida é crime e disfarce é falsidade ideológica. Para mim, crime é quem vê a atuação dos bandidos e tem a chance de denunciar, mas não o faz. Não sei se alguém já falou ou usou esses termos, mas, nesse caso, o que o jornalista faz é um "crime positivo". Um crime para o bem.

E, com isso, não pode ser considerado vilão e sim um fiscalizador da sociedade, que é um deveres da nossa profissão. Particularmente, eu usaria todos esses recursos e até me passaria por Papai Noel se preciso fosse para desmascarar pessoas que lesam a verba pública. Um forte abraço.

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terça-feira, 20 de março de 2012

Fotos do programa Esporte na Rede, com Gilberto Costa

Ontem o programa Esporte na Rede recebeu o Secretário de Esportes de São Caetano do Sul, Gilberto Costa. Ele falou sobre os investimentos da cidade no esporte e sobre as políticas esportivas voltadas à sociedade. Também falamos de Copa Libertadores e Copa do Brasil, além de esmiuçar o GP da Austrália de Fórmula-1.

O ER vai ao ar pela UPTV (www.uptv.com.br), toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45. Mande sua pergunta em tempo real! Participe com a gente! Um forte abraço!













segunda-feira, 19 de março de 2012

A função do vídeo no web jornalismo


Posso dizer que tenho alguns anos de experiência em web jornalismo e TV web. Estou nisso desde maio de 2008, quando estreei no comando do Esporte na Rede, atração que apresento até hoje na UPTV (www.uptv.com.br), toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45.

Também trabalho com web TV em Guarulhos, na produtora Lumiar Multimídia, na qual sou editor-chefe de um programa semanal. Toda semana, fechamos entre quatro e cinco reportagens para o site da Prefeitura local, que faz questão de dizer que investe em web TV (o que considero um ponto muito positivo para a administração pública).

Muita gente torce o nariz quando se fala em web TV. Acha que a qualidade é ruim ou amadora. De fato, isso se deve a muitos amadores que, sem nenhum critério, passaram a "investir" na produção de vídeos para a internet achando que, dando a câmera nas mãos de um repórter, conseguiriam publicar reportagens com qualidade igual às do padrão Globo.

Resultado: o que vimos (e ainda vemos) na internet é uma enxurrada de matérias mal feitas, mal produzidas, mal narradas, mal editadas, sem ritmo e sem qualidade de aúdio e vídeo. Isso contribui muito para propagar a imagem ruim que as pessoas fazem da web TV.

No entanto, existem órgãos e emissoras competentes que tentam se esmerar muito na produção dos vídeos on line. Mas é preciso admitir que não é todo veículo que tem vocação multimídia. Tem veículo que sabe tudo de jornalismo on line, em foto e texto, mas não consegue desenvolver um vídeo.

Para fazer TV, é preciso investimento. Equipamentos de boa qualidade como câmeras, microfones, luzes, cabos e ilhas de edição. Mais do que isso, é preciso investir em profissionais qualificados, tanto na reportagem, quanto na gravação (cinegrafista) e edição (editores de imagem e de conteúdo) das matérias.

O conceito de web TV ainda não está solidificado no Brasil. Web TV significa a possibilidade de assistir a conteúdos diversos pela internet. A qualquer hora, de qualquer lugar. Quando você, amigo leitor, assiste aos melhores momentos do jogo do seu time do coração, por exemplo, está assistindo web TV sob demanda. Viu os lances no momento em que achou melhor e não apenas quando a TV normal transmitiu.

Existem emissoras (como a em que eu trabalho) que gostam de exibir o conteúdo ao vivo e, posteriormente, deixam armazenado para consulta. Acho uma ótima ideia. É a verdadeira web TV. Com programação ao vivo, gravada, reprisada e sob demanda.

Não existe a necessidade de tudo ser ao vivo. O conceito de web TV é mais amplo. É a possibilidade da disseminação de informações de todos os lugares do mundo (principalmente do seu bairro) para todos, bastando um clique para que uma situação seja conhecida.

Muita gente usa o recurso do vídeo on line para fazer denúncias. Lembro-me do caso de um senhor que estava com problemas na geladeira e a assistência técnica da empresa não os resolvia. Ele gravou um vídeo, colocou na internet, espalhou nas redes sociais e virou febre. Foi muito acessado. A empresa prontamente resolveu o problema dele, dando, inclusive, uma geladeira nova. A única ressalva é que ele fez um vídeo amador. Mas o exemplo serve para que as pessoas entendam o poder que o mundo virtual, as redes sociais e os vídeos web podem exercer hoje no mundo real.

Em casos de denúncia, as imagens sempre chamam mais a atenção das autoridades. Como buracos na rua, postes de luz elétrica com fios soltos, árvores em vias de cair, prédios em mau estado conservação que podem desabar a qualquer momento. Hoje, todos são "repórteres" em potencial. Na verdade, fiscalizadores da sociedade.

Porém, para que o vídeo chame a atenção e seja atraente, é preciso ritmo, boa locução, bom texto, boa edição, boas imagens. E isso só uma equipe profissional pode executar. Em entrevista ao site Comunique-se, o jornalista e diretor da S2 Publicom, Rubens Meyer, há 15 anos no mercado de comunicação digital, disse que "o jornalismo online ainda não aprendeu uma coisa básica do vídeo, que é o ritmo. Muita gente fala da duração, mas esquece que um vídeo tem que ter emoção, ritmo e vários ingredientes que tornam esse produto um sucesso".

Portanto, não permita que os maus profissionais enxovalhem a imagem e o conceito de web TV, que é muito bom e interessante. Só precisa ser melhor desenvolvido e disseminado. Procure, pesquise e assista às emissoras web que fazem um trabalho respeitável. Acredito muito na web TV no Brasil. Se bem tratada, é um tipo de mídia que terá um futuro promissor. Um forte abraço.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

A importância da originalidade para um jornalista


À medida que o jornalista avança na carreira, conquista mais credibilidade e prestígio diante do público leitor, ouvinte ou telespectador. Desde que aja dentro da ética, moral e busque sempre a verdade.

Além desses ingredientes que temperam a vida do profissional de comunicação, um outro é bastante importante para que a carreira seja solidificada: a originalidade. É importante ser original em todas as áreas do jornalismo.

No esporte, por exemplo, os locutores quebram a cabeça para inventar bordões próprios e desenvolver um estilo ímpar de narrar. Grandes nomes do rádio e televisão ficaram conhecidos não apenas pela competência, mas também pela originalidade e criatividade.

Só para citar alguns. Sílvio Luiz, com o "olho no lance", "pelas barbas do profeta", "na orelhinha da girafa", foi "no rodapé" para defender, "no gogó da ema", a bola bateu "no pau". Sílvio Luiz sempre fugiu da mesmice. Fazia um jogo chato ficar divertido, tirando o foco da partida e falando até do preço do quilo da cebola com os repórteres.

Ele nunca foi comum e em vez de fazer como todos os locutores que gritam "goooollll", ele preferia gritar "éééééééééé do time tal". Segundo ele, na TV, todos já tinham visto que a bola tinha entrado. Então, em vez de gritar o óbvio, preferia falar de quem era o gol.

Outro que marcou época, mas no rádio, foi Osmar Santos. Com "ripa na chulipa e pimba na gorduchinha", "boa, garoto", "corre, garotinho que o placar não é teu", "chirolirolá, chiroliroli, e que goooolll". Até hoje, pelos bordões e pela voz ímpar, o "Pai da Matéria" é tido como um dos maiores locutores esportivos do Brasil.

Mas a originalidade não está apenas no esporte. Quem não se lembra de Paulo Francis, conhecido pela entonação com que terminava todas as frases como se fossem interrogativas? Ser original faz parte do comunicador em geral. Hoje, existe muita "reprodutibilidade técnica" e as pessoas se copiam, cometem plágio descarado.

A originalidade é um dos segredos para cativar e conquistar o público. Ser diferente ajuda a construir uma imagem que tende a perdurar por muitos anos. Vide o imenso sucesso de comunicadores como Édson Cury, o Bolinha, Abelardo Barbosa, o Chacrinha, Senor Abravanel, o Sílvio Santos e Fausto Silva, o Faustão.

Quando você é original, começa a tornar-se referência para as pessoas. Fala o que outros não falam e faz o que outros não fazem. Portanto, exercite sua criatividade. Tenha um estilo único de escrever, falar e aparecer. Não precisa ser brega, nem ridículo, nem apelar para baixarias como nudez, violência e sensacionalismo.

É possível ser original sem ser medíocre ou idiota. Coloque a mente para funcionar. Pense, descubra maneiras de marcar seu estilo, de que as pessoas saibam quem é você e qual o seu trabalho. Isso vale para todas as profissões, em todas as áreas. Mas, no jornalismo e na comunicação, isso é fundamental. Na publidade então, nem se fala. Não podemos ter mentes rasas. Busque conhecimento, amplie seus horizontes e melhore sua cultura geral. Mãos à obra! Crie! Um forte abraço.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Os caminhos para alcançar o cargo pretendido


Todo mundo sonha em trabalhar na sua área de formação, ser reconhecido pelo esforço profissional e obter sucesso na posição que ocupa dentro de uma empresa. Porém, para chegar ao tão almejado posto, muita gente aceita começar na corporação em uma vaga completamente diferente daquela em que gostaria de atuar.

Por exemplo, você, amigo leitor, já deve ter ouvido casos de pessoas que começaram em grandes empresas como motoboys, faxineiros ou copeiros (servindo cafezinho) e hoje estão em cargos bem remunerados ou até fazem parte da diretoria.

Existem dois caminhos. Tem a pessoa que começa nesses cargos mais baixos e, com o salário, consegue fazer uma faculdade e aí melhora de nível hierárquico dentro da empresa. Ou então aquela pessoa que já tem um diploma universitário e aceita entrar na empresa em um cargo mais baixo para aguardar a oportunidade de subir lá dentro.

Esse é o caso da radialista Joice Luciana (foto que abre o post), que recentemente deixou a equipe de reportagem da Rádio Capital. Formada desde 1995, ela começou na empresa em 2007, como recepcionista e aguardou a oportunidade para se tornar repórter e produtora. E quando a chance apareceu, ela estava preparada e agarrou com unhas e dentes.

Hoje, o mercado midiático é muito competitivo, acirrado e estrangulado. Portanto, começar em outros cargos pode significar uma boa porta de entrada, principalmente em grandes conglomerados de comunicação como emissoras de TV aberta, rádio e jornais impressos de larga circulação.

A questão é: você teria paciência para esperar a oportunidade surgir? Porque ela não é garantida. Pode ser que, em um mês no novo emprego, já apareça uma novidade para você. Mas pode ser que você trabalhe por dez, 15 anos no mesmo cargo e nunca surja a tão sonhada chance. É um exercício e tanto.

A pessoa que aceita trabalhar em determinado cargo e almeja outra posição deve ter isso bem claro na mente. Para que ela seja bem vista na empresa, deve desempenhar a função que exerce da melhor maneira possível. Se for para servir café, que o faça com maestria e competência, para que todos se lembrem de seu trabalho. Faça isso com um sorriso no rosto. Só o ato de sorrir já cativa muita gente.

Aguarde a chance de mostrar seu talento. Não cause tumultos na empresa nem se meta em assuntos que não sejam de sua alçada. Mas fique sempre atento ao que se passa ao seu redor. Assim, quando alguém pedir sua opinião sobre determinada coisa, ela já estará formada e solidificada. Isso conta pontos positivos. Um forte abraço.

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terça-feira, 13 de março de 2012

Fotos do programa Esporte na Rede, com Osmar Santos e Thales Mendes

Ontem, o programa Esporte na Rede, da UPTV, recebeu a honrosa presença do artista plástico e ex-locutor esportivo, Osmar Santos, acompanhado de Thales Mendes, da agência de marketing esportivo TK10, um dos idealizadores da campanha da "Gorduchinha" como nome para a bola da Copa de 2014.

Foi um programa espetacular, com a participação maciça do internauta. Falamos também sobre Taça Libertadores e Copa do Brasil. Veja as imagens abaixo e assista ao programa na íntegra. O ER vai ao ar toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45, na UPTV (www.uptv.com.br). Um forte abraço.















segunda-feira, 12 de março de 2012

Estou montando um curso de televisão


Depois de fazer algumas sondagens, percebi que faltam cursos técnicos específicos sobre televisão em São Paulo de boa qualidade. A maioria fica mais na teoria e tem poucos equipamentos ou estúdios disponíveis para a parte prática.

Baseado nisso, decidi montar um curso de apresentação e técnicas de entrevista em televisão. Vai abranger a parte teórica (texto na TV) e prática, na qual o aluno vai gravar boletins, stand-ups, entrevistas e um mini programa de TV. Tudo isso com gravação e avaliação em tempo real no estúdio.

Estou finalizando os módulos, mas deverão ser 3 meses de curso, com aulas uma vez por semana, 3 horas por dia (12 aulas), talvez aos sábados. O curso será ministrado em Santo André. Sempre que possível, terá o apoio de palestrantes gabaritados e experientes. As mensalidades devem ser de 350,00 a 400,00 reais e teremos cerca de 12 vagas por turma.

Ao final, um certificado com minha assinatura como jornalista responsável e da empresa (emissora) que será minha parceira. Estamos tratando de detalhes finais, mas deve ser a UPTV, na qual apresento, toda segunda à noite, o Esporte na Rede (AO VIVO, às 18h45, no site www.uptv.com.br).

Acredito muito no equilíbrio entre teoria e prática como fórmula essencial do desenvolvimento do conhecimento na educação. E é por causa disso que decidi montar o curso. Tenho certeza de que posso fazer um bom trabalho e, com auxílio dos equipamentos, ajudar no ensino dos interessados.

Estou montando sem pressa, pois o que mais me interessa é a qualidade e não a ansiedade. Espero que consiga ter início em junho deste ano. O mínimo de alunos será 6 por turma. Meu interesse maior é ajudar a quem precisa. Não existe nada que seja mais gratificante do que alguém apertar-lhe as mãos ou dar-lhe um abraço, olhar nos seus olhos e dizer: "admiro muito o seu trabalho, tem muita qualidade, o curso foi ótimo"!

Obrigado a todos que confiaram e confiam em meu trabalho. Obrigado a você, amigo leitor, por também fazer deste blog, todos os dias, mais um espaço para minha gratificação. Aqui, todos os dias, eu me renovo e lavo minha alma. Novidades sobre o curso em breve. Um forte abraço.

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sábado, 10 de março de 2012

Não podemos abraçar o mundo


Se você, amigo leitor, não convive com um jornalista, quando vir um, reconhecerá na hora. Via de regra, jornalistas são pessoas que vivem apressadas, andam de um lado para outro inquietos, têm pouco tempo para dar atenção a quem quer falar com eles, estão sempre perocupados com algum evento ou em fechar uma reportagem sobre determinado assunto.

Ficam sempre ansiosos à espera de ligações de fontes e de confirmações para poderem dar andamento ao seu trabalho. Para piorar (ou aguentar) o ritmo estressante e a inquietação, muitos bebem litros de café ou fumam dezenas de cigarros (ou fazem os dois ao mesmo tempo!).

Com as longas jornadas e os baixos salários pagos na concorrência do mercado, muitos profissionais (de todas as áreas, não apenas do meio jornalístico) procuram ter mais de um emprego. Como as exigências e as pressões são grandes em todos os cargos da área midiática, o desgaste é inevitável.

Estresse demais pode colocar a saúde em risco. Aumenta as chances de doenças cardíacas, estomacais, renais e psicológicas. Quando isso começa a acontecer, não só o jornalista, mas qualquer um que apresente os sintomas, deve ter uma realidade na mente: não podemos abraçar o mundo! Ele é muito grande e nossos braços não conseguem se fechar.

É hora de rever os benefícios e malefícios dos vários empregos que você tem. É o momento de tomar uma dura decisão e optar por apenas um deles. Temos de admitir que não somos heróis e temos limitações físicas e psíquicas. Ninguém sobrevive ao "workaholiquismo". Os dias passam a ser curtos demais, falta tempo suficiente para a execução das tarefas ordinárias e a pessoa começa a "entrar em parafuso", querendo dar conta de tudo e ser ainda mais apressada.

Impossível. Se isso acontecer com você, pare e reflita. Eleja suas prioridades e dê importância ao que realmente faz diferença em sua vida (não me venha com essa de que TUDO faz a diferença! Não faz, não, admita! Basta pensar direito!). A condição humana não permite o abraço de uma só pessoa ao planeta Terra. O mundo só pode ser abraçado por muitos braços juntos.

Cada escolha é uma renúncia. É verdade. Mas é melhor renunciar a algum trabalho do que renunciar à saúde mais tarde. Meu chefe costuma dizer assim: "cuide da vaquinha mais importante, que é aquela que lhe dá o leite. Alimente ela com pasto de boa qualidade. No mais, elimine os outros "penduricalhos". Eles só atrapalham". Ele tem toda razão. Um forte abraço.

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quarta-feira, 7 de março de 2012

O link, stand-up ou boletim na TV

Um dos primeiros exercícios que o pretendente a repórter de televisão faz é o link, stand-up e o boletim. Isso consiste em uma entrada breve na telinha, com ou sem entrevistado, para dar uma informação importante. Pode ser ao vivo ou gravado.

O link é sempre ao vivo. Por isso, no jornalismo, falamos que a expressão "link ao vivo" é pleonasmo. O termo "link" já pressupõe que o repórter vai entrar ao vivo. O boletim ou stand-up (não estou falando de comédia) normalmente é gravado. Pode ter entrevistado ou não.

Geralmente, é uma informação mais fria, como um serviço que vai durar um bom tempo (distribuição de leite, por exemplo) ou um tira-dúvidas com um especialista sobre algum assunto polêmico que esteja agitando a sociedade.

Para que um repórter faça esse tipo de entrada sem erros, é preciso estar bem informado sobre o assunto, conversar antes com os possíveis entrevistados e tentar se prevenir contra alguns imprevistos como chuva, sol forte, etc. Para isso, deve procurar um lugar seguro, longe de tumultos, barulho e outros fatores que possam atrapalhar o trabalho.

Às vezes, isso não é possível e o barulho acaba fazendo parte da informação. Por exemplo, em um congestionamento ou na transmissão de eventos esportivos, musicais ou de entretenimento como o carnaval. Existem ainda os repórteres que devem ser quase policiais ao terem de usar os cotovelos no meio de milhares de colegas e cinegrafistas para entrevistar alguém importante ou famoso.

Em última instância, o repórter ainda deve estar preparado para possíveis "ataques" de pessoas imbecis que gostam de invadir links. Isso virou moda, principalmente nos links de repórteres da TV Globo, que teve de reforçar a segurança particular.

Voltando ao conteúdo, se você, amigo leitor, prestar bem atenção, geralmente, nesse tipo de entrada, os repórteres sempre estão com um pedaço de papel em uma das mãos. Isso acontece porque muitas informações são colhidas no local, próximas ao momento do repórter entrar no ar. Não é demérito nenhum. Como falei, telejornalismo não tem que ser bonitinho. Tem que ser preciso, informativo!

Abaixo, disponibilizo alguns boletins e links que fiz. Tem coisa gravada e ao vivo. O primeiro vídeo é o mais recente, feito neste Carnaval. Os outros são mais velhos, das eleições municipais passadas. A propósito, penso em abrir um curso de apresentação e técnicas de entrevista em telejornalismo para o segundo semestre. Será que terei demanda? Você, amigo leitor, ficaria interessado? Um forte abraço.

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terça-feira, 6 de março de 2012

Fotos do programa Esporte na Rede, de 05/03/2012

No programa Esporte na Rede de ontem falamos sobre a Copa Libertadores da América. Esmiuçamos a rodada e as classificações dos grupos. Abordamos também o Campeonato Paulista e a Seleção Brasileira. Afinal, o time de Mano Menezes embala antes da Copa de 2014?

Acesse o site da UPTV (www.uptv.com.br), vote na enquete e reveja o ER desta segunda-feira. A atração vai ao ar AO VIVO, toda segunda-feira, às 18h45 e tem a participação do internauta em tempo real. Ontem, por causa de um problema em nossa internet, ficamos sem o canal de retorno e, portanto, sem a sua participação.

Mas na próxima segunda, tudo estará normalizado para que você, amigo teleinternauta de todo o Brasil e do mundo, razão única de ser de nosso programa, volte a conversar com a gente. Esporte na Rede! Análise Esportiva de Qualidade! Um forte abraço.