segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Jornalismo especializado oferece boas oportunidades de emprego
Sempre digo aqui que o mercado de trabalho em comunicação é concorrido, disputado, estrangulado. Poucas vagas e muitos profissionais formando-se todos os anos. Salários baixos e jornadas exploratórias. Estagiários substituindo profissionais em redações.
O cenário aparentemente caótico sugere que não há solução viável para esse tipo de problema. Mas há sim, uma luz no fim do túnel e, como digo, não é o trem vindo ao contrário. Existe um nicho do jornalismo ainda pouco explorado e relativamente rejeitado pelos jornalistas. Trata-se do jornalismo segmentado.
Existem diversos veículos de comunicação voltados ao jornalismo especializado. Emissoras de TV locais ou regionais, jornais de bairro ou de empresas e revistas segmentadas para todos os tipos de assunto, gêneros e gostos.
Muitos profissionais da comunicação não conhecem esse tipo de publicação ou mesmo "rejeitam" trabalhar neles. Isso está condicionado ainda à visão romântica ou glamourizada do jornalismo, arraigada nas mentes de vários estudantes universitários.
A visão romântica prega que o jornalismo deve ser essencialmente investigativo. E que o sucesso está condicionado a grandes furos de reportagem, como a descoberta de escândalos. Já a visão glamourizada refere-se, geralmente, ao sucesso na mídia eletrônica, principalmente a televisão.
Hoje, fazer bom jornalismo significa menos furo de reportagem e mais prestação de serviços. Significa mais análise e menos factual (principalmente em jornais impressos). Linguagem mais popular e menos "hard news".
Normalmente, o jornalista que se especializa em determinado assunto pouco comum nas redações, ganha melhores salários, tem melhor qualidade de vida (já que a periodicidade desses veículos é mais branda) e torna-se referência no assunto, podendo até mesmo agregar renda extra com palestras e consultorias.
Especializar-se requer preparo. É sempre bom fazer cursos, viajar, conhecer mais de um idioma, além do português. E não é todo mundo que tem disposição para isso. No entanto, vale a pena. É uma possibilidade de ingressar em um mercado de trabalho tão concorrido como é o da comunicação. Um forte abraço.
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