segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo com reflexões jornalísticas


Olá, amigo leitor! Depois de uma semana de folga, estamos de volta em 2012 para o segundo ano do nosso blog. Em 2011, foi o ano de criação. Este ano será o do (re)conhecimento. Feliz ano novo a você, com muita saúde, paz, amor, harmonia e prosperidade. Realizar sonhos é algo que depende muito mais de nós do que de terceiros. Por isso, acredite em si mesmo, em seu potencial e trabalhe muito para que as coisas aconteçam da maneira como imagina.

Quero começar o ano com uma reflexão jornalística. Início de ano significa, no jornalismo esportivo, especulações no mercado da bola. Os jornais manchetam em letras garrafais nomes de jogadores famosos que podem ser contratados por este ou aquele clube.

Recentemente, a TV Globo, mais precisamente o programa Globo Esporte, lançou o quadro "Chico, o torcedor", em que ilustra o olhar do torcedor sobre o jornalismo esportivo. Em um deles, exibido no dia 22/12/2011, Chico se pergunta como os jornalistas "descobrem" as manchetes de contratações do fim do ano.

O personagem ilustra sua reflexão em uma conversa entre repórter e editor. No "diálogo", o editor dá um pote com vários papeizinhos ao repórter. Ele escolhe um e sai o nome do jogador Kaká. E aí o repórter lança Kaká como uma possível contratação do Flamengo, clube do qual o jornalista "não tinha nada para escrever naquele dia".

O editor apoia e acrescenta: "escreva 'grupo de empresários' e 'negociações avançadas'. As pessoas sempre acreditam nisso". Existem aí duas vertentes jornalísticas ante o quadro. Há quem defenda a brincadeira justamente por ser humor e não transmitir toda a realidade da mídia ao público.

Outra corrente defende que o grande público, que não tem conhecimento de redação para saber como se faz bom jornalismo, pode acreditar que é assim mesmo que as coisas são feitas. Pois bem. Já diria minha mãe: nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Realmente, o vídeo pode induzir o público à desinformação. A crer piamente que o jornalismo é feito dessa forma. Veículos de comunicação sérios jamais fariam tal procedimento. Porém, é bom que o leitor saiba que existem empresas que fazem "jornalismo" exatamente dessa maneira.

Já ouvi de gente que trabalha dentro da emissora que a TV Bandeirantes é uma delas. Durante o programa Terceiro Tempo, apresentado por Milton Neves, alguns nomes de atletas eram "ventilados" no Corinthians apenas para dar audiência. O debate persistia no assunto mentiroso da contratação deste ou daquele jogador enquanto o IBOPE era rigorosamente monitorado.

Outro passarinho me contou que no programa Brasil Urgente também eram forjadas participações por SMS. E que estagiários escreviam algumas mensagens quando as participações estavam pouco numerosas. Pior. Eram induzidos a escrever com erros de português para fingirem que não sabiam escrever direito, pois segundo um peixe grande da Band, "ninguém sabe escrever direito no Brasil mesmo".

Portanto, é bom que você, amigo leitor, também saiba que isso existe. E em lugares que você pode até julgar imaculados. Sempre digo que televisão é uma enorme mentira. Farsa. É produção. Pouca coisa se salva efetivamente. Ainda mais na péssima programação da TV aberta. Mas esse blog jamais vai se furtar de dizer a você a verdade dos bastidores da mídia. O que eu fico sabendo, você também fica! Feliz Ano Novo! Um forte abraço.


Facebook: Leandro Martins
Twitter: @leandropress

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