segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Alguns cuidados que ajudam a evitar problemas com a justiça


Ontem fiz uma prova de concurso público. E o tema da redação envolvia o caso de um menor de idade que teve sua imagem divulgada por uma grande emissora de TV, foi exposto a uma situação delicada e processou o veículo de comunicação que exibiu seu rosto sem resguardar sua identidade.

A redação propunha que indicássemos algumas medidas para evitar que tal situação se repetisse. Vou citar algumas opções que valem tanto para televisão quanto para as fotos publicadas na mídia impressa. A primeira medida a se fazer é conseguir da pessoa a ser gravada a autorização para uso de imagem e voz. Pode ser por escrito ou gravada na própria câmera.

No caso de menor de idade, tal autorização deve ser assinada pelos pais ou responsáveis legais. No caso citado acima, a reportagem era sobre uso de drogas. Ou seja, o menor era um menino de rua, sem responsáveis pela sua guarda. Assim, uma autorização não resolveria o problema.

Uma solução possível e necessária seria a de resguardar a identidade do entrevistado por meio de efeitos audiovisuais como a colocação de tarjas pretas em seus olhos ou rosto, ou ainda o embaçamento da imagem, tirando-lhe a nitidez. A voz deveria ser alterada eletrônicamente para ocultar seu verdadeiro timbre.

Outra possibilidade seria gravar apenas partes do corpo do entrevistado como mãos e pernas, ou apenas um enquadramento do rosto que não o identifique, mostrando a penas boca ou parte do nariz. Ainda é possível mostrar o personagem da reportagem de costas.

Tais cuidados simples ajudam a evitar problemas com a justiça, mesmo quando a reportagem é de interesse denunciativo e social. Esses detalhes não atrapalham a relevância do assunto abordado e evitam um tom de sensacionalismo barato que hoje se prolifera em várias emissoras brasileiras. Um forte abraço.

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