CENAS QUE CHOCARAM O MUNDO
O CAOS DO TERREMOTO NO JAPÃO
As cenas catastróficas do terremoto no Japão doem nos olhos e no coração tanto quanto uma visita à periferia de grandes cidades. Crianças sem estrutura familiar, sem comida, sem roupa, sem lar. Em ambos os casos, quando um jornalista vai a campo e se depara com estas imagens, acaba se emocionando.
Isso é normal. A emoção faz parte da vida. E de muitas reportagens, como assassinatos, grandes salvamentos, mortes de personalidades ilustres ou de gente do povo, etc. Quem não se lembra do sequestro e morte da menina Eloá, em Santo André? Ou do ex-prefeito Celso Daniel?
Nessas horas, o profissional não pode deixar que os sentimentos penetrem na reportagem, de modo a distorcê-la. É necessário distanciamento. Além disso, o jornalista não pode se envolver. Não há como ele mudar a distribuição de riqueza de um país ou restituir os bens de alguém que perdeu tudo por causa dos fenômenos da natureza.
É um desafio e tanto, convenhamos. Afinal, quando alguém decide cursar jornalismo, não opta pelas tais ciências HUMANAS? Dá vontade de aconchegar todo mundo no colo. Mas a profissão em si também tem muito de frieza. São os velhos e bons ossos do ofício.
Portanto, se você tem vontade de cursar essa carreira, entenda que tais situações farão parte da sua vida profissional e, na maioria das vezes, nada poderá fazer a não ser registrar e narrar os fatos. Como eu sempre digo, jornalista não é Deus (embora alguns comunicadores entendam que sim) e nem político.
O único meio de ajudar a mudar as realidades das pessoas é divulgar com precisão os problemas que as atormentam. Fazendo isso de modo preciso, digno, correto, com o máximo de imparcialidade e isenção, já será um grande auxílio. Forte abraço.
O duro de tudo isso Jornalista Leandro é quando alguns programas jornalísticos sensacionalista colocam os pseudos jornalistas fingindo chorar copiosamente, isso me dá um nojo miserável, por isso a cada dia que passo agradeço a tv a cabo e ao closep caption que me permite ver jornalismo de verdade, de qualidade e sem substerfúgios medíocres.
ResponderExcluirCom certeza!
ResponderExcluirEngraçado aqui no Brasil alguns jornalistas sensacionalistas e no Japão alguns pra não dizer todos) sendo pressionados para não divulgar números reais e de forma nenhuma criar o clima de sensacionalismo.
ResponderExcluirLá a ordem e “tranqüilidade” tem que prevalecer mesmo no meio de um terremoto, as pessoas correm e saem dos lugares em ordem e sem gritaria, coisa de cultural mesmo.... só visualizar as filas enormes para pegar água ou fazer as compras, sem tumulto e muito organizado.
bjs