sexta-feira, 16 de março de 2012

A importância da originalidade para um jornalista


À medida que o jornalista avança na carreira, conquista mais credibilidade e prestígio diante do público leitor, ouvinte ou telespectador. Desde que aja dentro da ética, moral e busque sempre a verdade.

Além desses ingredientes que temperam a vida do profissional de comunicação, um outro é bastante importante para que a carreira seja solidificada: a originalidade. É importante ser original em todas as áreas do jornalismo.

No esporte, por exemplo, os locutores quebram a cabeça para inventar bordões próprios e desenvolver um estilo ímpar de narrar. Grandes nomes do rádio e televisão ficaram conhecidos não apenas pela competência, mas também pela originalidade e criatividade.

Só para citar alguns. Sílvio Luiz, com o "olho no lance", "pelas barbas do profeta", "na orelhinha da girafa", foi "no rodapé" para defender, "no gogó da ema", a bola bateu "no pau". Sílvio Luiz sempre fugiu da mesmice. Fazia um jogo chato ficar divertido, tirando o foco da partida e falando até do preço do quilo da cebola com os repórteres.

Ele nunca foi comum e em vez de fazer como todos os locutores que gritam "goooollll", ele preferia gritar "éééééééééé do time tal". Segundo ele, na TV, todos já tinham visto que a bola tinha entrado. Então, em vez de gritar o óbvio, preferia falar de quem era o gol.

Outro que marcou época, mas no rádio, foi Osmar Santos. Com "ripa na chulipa e pimba na gorduchinha", "boa, garoto", "corre, garotinho que o placar não é teu", "chirolirolá, chiroliroli, e que goooolll". Até hoje, pelos bordões e pela voz ímpar, o "Pai da Matéria" é tido como um dos maiores locutores esportivos do Brasil.

Mas a originalidade não está apenas no esporte. Quem não se lembra de Paulo Francis, conhecido pela entonação com que terminava todas as frases como se fossem interrogativas? Ser original faz parte do comunicador em geral. Hoje, existe muita "reprodutibilidade técnica" e as pessoas se copiam, cometem plágio descarado.

A originalidade é um dos segredos para cativar e conquistar o público. Ser diferente ajuda a construir uma imagem que tende a perdurar por muitos anos. Vide o imenso sucesso de comunicadores como Édson Cury, o Bolinha, Abelardo Barbosa, o Chacrinha, Senor Abravanel, o Sílvio Santos e Fausto Silva, o Faustão.

Quando você é original, começa a tornar-se referência para as pessoas. Fala o que outros não falam e faz o que outros não fazem. Portanto, exercite sua criatividade. Tenha um estilo único de escrever, falar e aparecer. Não precisa ser brega, nem ridículo, nem apelar para baixarias como nudez, violência e sensacionalismo.

É possível ser original sem ser medíocre ou idiota. Coloque a mente para funcionar. Pense, descubra maneiras de marcar seu estilo, de que as pessoas saibam quem é você e qual o seu trabalho. Isso vale para todas as profissões, em todas as áreas. Mas, no jornalismo e na comunicação, isso é fundamental. Na publidade então, nem se fala. Não podemos ter mentes rasas. Busque conhecimento, amplie seus horizontes e melhore sua cultura geral. Mãos à obra! Crie! Um forte abraço.

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