segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O jornalista 2.0: profisional de mídia pode ter perfil pessoal em redes sociais?


O termo "2.0" é relativamente novo e está sendo usado com frequência como um adjetivo que significa "eletrônico", "virtual", "interatividade na internet", "cibernético" e coisas do gênero. O jornalista 2.0 nada mais é do que o comunicador "plugado" nas tendências do mundo on-line.

Ou seja, é a pessoa que usa a internet para se informar e se relacionar. E isso compreende, é claro, o uso das redes sociais. Existe uma linha de raciocínio de editores de grandes veículos de comunicação que defende que o jornalista não pode nem deve ter perfil pessoal em twitter ou facebook.

Os defensores desta linha dizem que não é possível desvincular o pessoal do profissional. Logo, qualquer opinião que o jornalista exprima nas redes representa também a posição do veículo de comunicação com relação a determinado tema. Assim, por exemplo, se o profissional falar mal de certo político nas redes sociais corre o risco de, mais tarde, ter de entrevistá-lo. Seria, no mínimo, uma saia justa.

Outros veículos preferem determinar regras para o uso das redes sociais. Permitem que o jornalista tenha perfis pessoais na internet mas limita o conteúdo que ele pode postar. Por exemplo, se o jornalista tem uma informação importante e divulga nas redes antes de publicar no jornal no qual trabalha, não seria justo com o veículo de comunicação. Seria um "furo" contra a empresa para a qual trabalha. Logo, um tiro no pé.

A linha mais branda, que é a que defendo, diz o óbvio. Os jornalistas podem ter seus perfis pessoais nas redes sociais (afinal, são pessoas comuns também), desde que usem o bom senso. Verdade seja dita, o bom senso é fundamental em todos os setores da vida. Uma boa dose diária de bom senso é recomendada a todo ser humano.

Entendo que é injusto a empresa de comunicação barrar totalmente o uso das redes pelos funcionários, jornalistas ou não. A sociedade reconhece que jornalistas não são robôs. Também sentem raiva, alegria, tristeza.

E, às vezes, a internet funciona como uma espécie de diário onde as pessoas desabafam sobre as agruras e felicidades da vida. Compartilham seus estados de espírito com amigos e conhecidos. Isso é normal e não diminui a credibilidade do jornalista. Mas as opiniões devem ser dadas com parcimônia. Fato. Nunca se sabe qual será a pauta que o jornalista vai executar amanhã. Um forte abraço.

Facebook: Leandro Martins
Twitter: @leandropress

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