sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Algumas artes gráficas na TV desinformam em vez de informar



Você, amigo leitor, com certeza já viu aquelas tarjas informativas na parte inferior da imagem de algumas emissoras ou programas de televisão. Na linguagem midiática, tudo o que entra na tela de maneira escrita ou em arte costumamos chamar de GC (gerador de caracteres).

A função básica do GC é reforçar algumas informações, nomear pessoas e designar suas funções numa reportagem. Em tese, pode mostrar gráficos explicativos ou simplesmente reforçar números, siglas e porcentagens.

No caso dos programas que deixam uma tarja com informações na tela o tempo todo, a intenção é situar o telespectador que acabou de ligar a televisão sobre o que está acontecendo ou sobre os temas que estão sendo discutidos naquele momento pelos apresentadores e convidados.

Até aí, tudo bem. O problema é que alguns programas e algumas emissoras exibem tarjas com altura que ocupa quase um terço da tela. Ou seja, no momento em que o cinegrafista enquadra uma imagem interessante, ainda mais no caso de uma externa, ele não tem o retorno do que está na tela.

E, muitas vezes, essas tarjas grotescas ocultam parte da imagem bem produzida que o cinegrafista enquadrou. Desta maneira, atrapalham a informação nela contida e irritam o telespectador que, involuntariamente, até levanta o pescoço como se pudesse ver "por cima" da tarja.

Outra tarjas irritam por conterem várias informações ao mesmo tempo. Por exemplo, existem tarjas que contêm uma informação principal mais ao centro, uma informação secundária mais abaixo e, em abas anexas, o horário, a temperatura e até a previsão do tempo. É muita coisa para o telespectador prestar atenção de uma vez só!

Se você parar para ver a previsão do tempo, pode ser que perca a informação principal da imagem. TV tem de ser simples, com informações de fácil absorção pelo público. Deve ser didática, de rápido entendimento. Por isso, devemos apresentar uma coisa de cada vez!

Mas não são apenas as tarjas que podem contribuir para a perda da informação. Algumas artes gráficas exibidas em horas erradas podem prejudicar e muito o assunto principal. Ontem, por exemplo, assisti a algumas partidas da Copa Libertadores da América pelo canal Fox Sports.

Durante alguns lances perigosos, entravam propagandas que ocupavam justamente o centro da tela e encobriam a jogada. Outras vezes eram artes (até bem feitas) que anunciavam o horário de determinado programa em uma grande parte da tela e atrapalhavam o torcedor.

O programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, também comete esta falha (foto). Além da tarja ser grande, abaixo dela ainda é exibido um texto corrido, em movimento, que tira a atenção do telespectador do assunto principal. Ao lado da tarja, ainda tem o logo do programa. É muita informação!

Resumo da ópera. Muitas tarjas iguais a esta desinformam em vez de informar. Se você, amigo leitor, sente-se incomodado com a imagem, se lhe causa estranheza ou dificuldade de assimilar o conteúdo, mude de canal. Televisão deve ser fácil, rápida e prática. E, muitas vezes, no mundo da informação e da mídia, menos é mais! Menos poluição visual é mais (e melhor) informação para quem assiste. Um forte abraço.

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