quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PEC do diploma de jornalismo já foi aprovada no Senado



Era o mínimo que nós, da classe jornalística, esperávamos. A PEC, Proposta de Emenda à Constituição, que torna obrigatório o diploma de curso superior para o exercício do jornalismo, já foi aprovada no Senado. Para se tornar definitiva, a proposta ainda precisa ser votada na Câmara dos Deputados, em dois turnos. E, se a calhordice não imperar, passará também neste órgão do Legislativo.

"A PEC estabelece que a profissão só pode ser exercida por 'portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação'. De acordo com o texto, são validados os registros obtidos por profissionais sem diploma no período anterior à mudança prevista pela PEC." (trecho extraído do site Comunique-se).

Em 2009, o Superior Tribunal Federal julgou inconstitucional a exigência do diploma, pois entende que a atividade jornalística comporta várias formações profissionais.

Já falei muito aqui sobre a obrigatoriedade do diploma. Em resumo, disse o seguinte: suponhamos que eu seja o dono da empresa de comunicação e tenha disponível uma vaga apenas. Tenho dois concorrentes a ela. Se os dois concorrentes forem bons e um tiver diploma e o outro não, fico com o diplomado.

Se os dois forem ruins, também (não contrataria gente ruim, mas é só para mostrar meu ponto de vista). Nesse caso, o diploma serviria como reserva de mercado. Só abro exceção quando aquele que tiver diploma for pior no talento e na competência do que aquele que não tem e que também é postulante da vaga.

Ou seja: o diploma deve garantir sim uma certa reserva de mercado. Mas não vai segurar ninguém no emprego. Pois sim, há pessoas "não-jornalistas" mais competentes do que os próprios jornalistas formados para executar determinado trabalho. Principalmente com relação ao carisma, por exemplo, para um apresentador de rádio e TV. Queiram ou não, na mídia eletrônica é preciso uma pitada a mais do que o conteúdo. É necessário carisma, maneira correta de falar, espontaneidade, etc.

Porém, é essencial ressaltar que a faculdade de jornalismo dá uma base sólida a quem a cursa. Tal base alguém que não é jornalista jamais terá. São quatro anos de estudo e não quatro meses. Existem disciplinas importantíssimas como a ética jornalística, o modo de se portar diante das fontes, as técnicas de entrevista, de apresentação, de escrita para diversos tipos de veículos.

Sempre digo, a quem me pergunta sobre essa questão, o seguinte: quer ser jonalista? Estude! Aprenda como fazer, aprenda a ter ética, seja leal, trabalhador, estudioso, pesquisador, sente num banco de uma faculdade séria e, acima de tudo, dê muito duro e persista para que você vingue no mercado de trabalho. Simples assim.

Espero que a emenda seja vitoriosa também na Câmara dos Deputados. E que a palhaçada antiética e antiprofissional tenha fim em nossa área de uma vez por todas! Quem quiser ser algo na vida, que opte pelo caminho do conhecimento nesse país que é tão carente no setor pedagógico.

Leia! Destaque-se dos demais. Seja diferente da multidão analfabeta funcional! Esteja sempre bem informado! A educação é a principal ferramenta, não apenas para o sucesso de um único cidadão, mas é também a grande arma para uma nação inteira ser realmente desenvolvida em todos os setores e sentidos. Um forte abraço.

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