sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Eleições: o candidato que já foi jornalista e trabalhou em TV se expressa muito melhor



Em época de eleições, alguns apresentadores e jornalistas deixam a mídia para se candidatar a um cargo público. Os exemplos são muitos, mas os que me surgem à mente assim, de supetão, são a ex-apresentadora e comentarista esportiva Soninha Francine (candidata à Prefeitura de São Paulo), o ex-comentarista esportivo Chico Lang (candidato a vereador pela capital paulista) e o ex-apresentador da Rede TV + Gustavo Baena (candidato a vereador por São Caetano do Sul).

Assisti ontem a uma parte do debate entre os prefeituráveis de São Paulo na TV Bandeirantes. E percebi que os candidatos que já trabalharam televisão expressam-se muito melhor do que os outros. Por que isso acontece?

São inúmeras as razões, mas vou elencar algumas. Primeiro, quem trabalha ou trabalhou em televisão por algum tempo, fica automaticamente habituado a aparecer em frente às câmeras. Isso torna-se natural, fica incorporado às ações do jornalista. Assim, ele não fica nervoso na hora de se expressar e falar com o público.

O jornalista de televisão já conhece os atalhos da telinha. Olha sempre para a câmera. Encara o público (nesse caso, o eleitor) de frente. Em TV, também aprendemos que o texto e a maneira de nos comunicarmos com o telespectador devem ser executados da forma mais simples e coloquial possível.

Isso quebra muitos protocolos de políticos que adoram usar termos técnicos e pomposos para expor suas ideias e acabam falando de um jeito enfadonho e monótono para quem assiste. Ontem, Soninha soltou a seguinte frase "... aquele bendito daquele fura-fila". É uma maneira bem coloquial de se expressar. E ninguém fez igual durante o debate.

O jornalista de televisão é mais firme, passa mais credibilidade, pois está acostumado a ler um texto no teleprompter como se estivesse conversando com que está em casa. Isso, aliado ao carisma natural da espontaneidade, aproxima o candidato do eleitor.

As frases devem sempre ser claras e objetivas. E devem atingir desde o adolescente de 16 anos até o idoso acima de 70 anos (idades em que o voto é facultativo). Ou seja, a mesma frase deve conseguir ser transmitida e compreendida pelo meu irmão mais novo e meu pai ou meu avô. E nesse expediente os jornalistas são bastante hábeis.

É bom ver candidatos que, por terem sido jornalistas de TV, quebram tais protocolos e conseguem se comunicar melhor com os eleitores. Tira um pouco da seriedade (no bom sentido) da política. A imagem da pessoa fica mais humana, menos distante e menos arrogante. Veja mais abaixo o vídeo de campanha de Gustavo Baena. Simples, direto e funcional.

Eu jamais deixaria o jornalismo para me candidatar a um cargo público. Mas não apedrejo quem o faz. É uma opção de carreira e de vida. Com um poder de comunicação muito maior. Um forte abraço.


Facebook: facebook.com/profile.php?id=1354275209
Portfolio on-line: http://www.youtube.com/user/lsmartins100?feature=mhum
Tela Brasileira: http://www.telabrasileira.com.br/profile.php?uid=855038
LinkedIn: http://www.linkedin.com/profile/view?id=158526010&trk=tab_pro
E-mail: leanmartins@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário