segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Alguns profissionais da grande imprensa não defendem a obrigatoriedade do diploma
Pelo que tenho visto ultimamente, muita gente da chamada grande mídia é contra a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. A posição vem de jornalistas e não-jornalistas que trabalham em renomados veículos de comunicação, como Marcelo Tas, da TV Bandeirantes e Lúcia Guimarães, do grupo Estado, só para citar dois exemplos.
Um dos argumentos de Lúcia é que hoje as faculdades de comunicação são de baixo nível, o que produz uma mão-de-obra pouco qualificada e sem preparo para questionar as mazelas do poder. Para Tas, a questão deveria ser debatida entre os jornalistas e as demais partes envolvidas para um melhor entendimento.
Alberto Dines, comandante do programa Observatório da Imprensa, da TV Cultura, sempre se mostrou a favor do diploma. O diploma é, de fato, muito importante na vida de qualquer ser humano que tenha feito um curso superior. A faculdade, geralmente, abre a mente das pessoas e desperta o interesse pelo conhecimento mais aprofundado.
Quem tem o diploma de médico está muito mais habilitado a exercer a profissão do que quem não tem. Aliás, ele só está apto a trabalhar justamente porque tem o diploma e a inscrição no Conselho Regional de Medicina. Logo, concluímos, por similaridade, que quem tem o diploma de jornalismo está muito mais habilitado a exercer a profissão do que quem não o tem.
A alegação de que as faculdades são de baixo nível é muito subjetiva. Lúcia não conhece todos os cursos do país, com certeza. Eu também não. Mas, também sabemos que existem faculdades fracas de medicina, farmácia, publicidade, biologia e todas as outras carreiras. Mesmo assim, para ser um farmacêutico, é preciso ter diploma e inscrição no Conselho Regional de Farmácia.
Note, amigvo leitor, que não existem Conselhos Regionais de Jornalismo. Em nossa carteira de trabalho, temos MTB, que é um registro do Ministério do Trabalho, para que possamos seguir na profissão. O que existem são sindicatos e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Se amanhã eu quiser receitar um remédio a alguém, obviamente que não posso. Por que então um médico poderia exercer minha profissão e escrever uma coluna? A alegação de que tal profissional tem conhecimento técnico da área é vazia. O jornalista é justamente a pessoa que vai conversar com o médico e desenvolver a coluna, traduzindo didaticamente para o público os termos técnicos.
Portanto, que me dsculpem Tas e Lúcia, mas o diploma é sim necessário para exercer a profissão de jornalista. Na faculdade, desenvolve-se senso crítico, técnica, estilo de escrita e há ganho de conhecimento. Concordo com Tas quando ele diz que é preciso que os jornalistas e demais envolvidos nesta questão debatam, conversem e, daí, sejam criadas as melhores medidas. Mas o diploma (pedaço de papel que representa o estudo de quatro anos de jornalismo) é fundamental.
Pelo menos, acredito que a calhordice de dar emprego no jornalismo a filhos de diretores, a gente influente e a pessoas que literalmente vendem o corpo diminuiria um pouco (apenas um pouco!). Que ser jornalista? Vá estudar!
Repare bem, não me referi a programas de entretenimento e sim a programas de TV, rádio, internet e a textos de jornal impresso que sejam JORNALÍSTICOS! Hoje, a calhordice ainda está legalizada, mas acredito que, em breve, a Câmara dos Deputados irá colocar os pingos nos "is" ao aprovar a PEC do diploma. Um forte abraço.
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