quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

É mais fácil entrevistar famosos ou anônimos?


Quando um repórter vai cobrir determinada pauta, as possibilidades de entrevistas são muitas. Algumas já estão previamente agendadas pela produção e outras acontecem ali, no momento, de supetão. As entrevistas marcadas costumam ser com fontes mais conhecidas (artistas, atletas, ocupantes de altos cargos públicos, etc).

Já as declarações coletadas sem hora marcada costumam ser de populares (o tradicional "povo fala") ou de "personagens" inusitados, exóticos ou que acabam acrescentando conteúdo pitoresco às reportagens. Podem também ser testemunhas de algum fato importante como acidentes ou crimes.

Entrevistar famosos e anônimos tem suas vantagens e desvantagens. Os famosos (ou os que são entrevistados frequentemente), via de regra, já estão acostumados a dar declarações para a mídia. Quase sempre, essas fontes sabem medir as palavras certas e manter uma postura adequada diante de das lentes, gravadores ou câmeras fotográficas.

O ponto negativo fica por conta da empáfia. Alguns famosos são muito arrogantes. Deglutiram vários monarcas de uma só vez (têm o rei na barriga ;). Acham que sabem tudo. Não aceitam sugestões e ainda falam com um tom de soberba. Outros ainda esnobam a imprensa e deixam de passar informações importantes ao público. Ou seja, esquecem-se de que o público é que o torna famosos. Mas, pelo menos comigo, isso sempre foi exceção e não regra.

Nesse ponto, entrevistar anônimos é bem mais tranquilo. Os "desconhecidos" costumam ser sempre simpáticos e atenciosos com os jornalistas. O ponto negativo é que, por não estarem habituados com entrevistas, podem gaguejar, falar muitas gírias e se esquecerem de fazer o plural das palavras, o que pode comprometer a boa compreensão da informação pelo repórter.

Por isso, algumas declarações saem "distorcidas". Para que isso não aconteça, o entrevistado deve se expressar de forma clara e cristalina, com coesão e objetividade. Ttem muita gente anônima que fala bem, sabe se posicionar diante da imprensa e dá declarações consistentes e interessantes.

Mas esse é um papel que cabe ao repórter.Algumas entrevistas com famosos ficam péssimas e com anônimos, ótimas. E vice-versa. A culpa ou mérito por uma péssima ou ótima reportagem será sempre do jornalista. Alguns profissionais da comunicação escondem seus erros e preferem colocar a culpa nas fontes por possíveis problemas na reportagem. Balela! Pura enganação! A responsabilidade é única e exclusivamente do repórter!

Cabe a ele, condutor principal da matéria, extrair habilmente o melhor de cada entrevistado, seja ele quem for. A melhor imagem, o melhor ângulo e a melhor e mais objetiva declaração. Existem algumas técnicas de entrevista que ajudam o jornalista durante o desempenho de sua função, mas isso é tema para um outro post. Um forte abraço.

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