segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Esporte na mídia: jornalismo ou entretenimento?



Esporte é sinônimo de paixão. Quem lida com a área, sabe disso, tanto os atletas, como as pessoas que, de alguma forma, envolvem-se com o mundo esportivo, como técnicos, empresários e jornalistas.

O esporte também é uma das poucas possibilidades de ascensão social para os mais carentes na sociedade brasileira. Funciona como uma vitrine e, consequentemente, dá dinheiro. É capaz de transformar pobres em ricos.

Ou seja, além de paixão, é um negócio e, portanto, exige profissionalismo. Porém, quando ouvimos ou assistimos a transmissões esportivas, ou então quando lemos alguma notícia sobre esporte no jornal ou na revista, muitas vezes nos perguntamos: como o esporte deve ser tratado na mídia? Apenas como entretenimento, somente como jornalismo ou simplesmente um negócio?

Não sou radical. Entendo que o esporte na mídia é uma mistura de todas essas coisas. O telespectador, ouvinte ou leitor, ao procurar notícias esportivas, deve, em primeiro lugar, sentir-se bem informado. Qualquer coisa que ouça, veja ou leia deve supri-lo das informações que deseja conhecer e compreender.

Para isso, é necessário que as reportagens sejam objetivas, isentas, precisas. Portanto, não é aceitável a parcialidade para um ou outro time, para algum atleta, um dirigente, uma situação e por aí vai.

Porém, é bom ressatar que, quem procura notícias sobre esporte, além de querer boas informações, também está à espera de um texto mais bem elaborado, mais vibrante, que represente a paixão dos fãs. Uma pitada de bom humor também ajuda na compreensão da notícia. Ou seja, nesse caso, esporte também é entretenimento.

Mas, entenda. Ao me referir a "bom humor" quis dizer uma tiração de sarro pertinente e trocadilhos inteligentes e bem feitos. Bom humor não passa nenhum momento pelas piadas fora de hora, trocadilhos infames e discussões circenses que acontecem muito em alguns programas de TV aberta.

Em resumo, o público não quer consumir uma notícia esportiva com um texto elaborado como se fosse para as editorias de economia ou política. O texto esportivo tem de ser leve, bem escrito, inteligente e "relaxante". Não pode ser chato. O público quer sentir prazer ao ver esporte. Quer se deleitar com as imagens, os textos e as narrações. E não se aborrecer.

Por isso, não adianta os conservadores falarem que esporte é só jornalismo e tem de ser feito de modo carrancudo e sisudo. Nem é só entretenimento para ser tratado com pouca importância e menosprezo pelos jornais, como um tempo atrás, por exemplo. Hoje é mais raro, mas ainda existe preconceito no meio jornalístico de que esporte é assunto menor.

Falava-se muito nas redações que, quando um jornalista estava em início de carreira, o alocavam na editoria de esporte porque, teoricamente, era uma área fácil para fazer reportagens, que não exigia inteligência, nem tanta credibilidade. Balela. Hoje estamos na década do esporte. Esporte é assunto sério sim! E deve ser tratado sempre com respeito e seriedade.

Portanto, tenha em mente que esporte é jornalismo e entretenimento ao mesmo tempo. E também um negócio, quando movimenta muito dinheiro com a venda de campeonatos, direitos de imagem para emissoras de TV e com a venda de espaços publicitários em jornais, revistas e na programação ouvida e televisada. Ainda assim, tal mistura permite que o esporte continue sempre apaixonante. E isso ninguém discute. Um forte abraço.

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