segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O jornalista não deve interferir nos fatos, mas apenas narrá-los



Na faculdade de jornalismo, aprendemos que a reportagem deve ser feita com objetividade. Isso significa, na prática, que, além de não poder enfeitar o texto de modo desnecessário, o jornalista deve apenas relatar os fatos com isenção e o máximo de imparcialidade possível.

Ou seja, além de ouvir todos os lados envolvidos na situação, deve apenas narrar os fatos e não participar deles. Parece óbvio, mas nem tanto. É como presenciar a cena de um crime e não poder tocar em seus elementos para não atrapalhar as investigações da polícia.

Recentemente, durante um jogo de futebol do Campeonato Brasileiro entre Internacional e Palmeiras, em Porto Alegre, os jornalistas deram um belo exemplo do que não deve ser feito. O atacante do Palmeiras, Barcos, fez um gol com a mão. Os árbitros ficaram confusos e não viram o lance. Estavam perto de validar o gol quando o delegado da partida disse que o lance havia sido irregular.

Segundo alguns veículos de comunicação, o tal delegado, que já não poderia se comunicar com os árbitros, perguntou aos repórteres que acompanhavam a partida perto do banco de reservas das equipes. Ainda de acordo com estes veículos, os repórteres, auxiliados pelas imagens da transmissão, responderam a pergunta e confirmaram que o gol havia sido feito com a mão.

Ou seja, deixaram de narrar o fato para interferir nele. Ainda que fosse para reparar uma injustiça no âmbito esportivo, feriram duas regras. A do futebol e a do jornalismo. Seja como repórter, locutor, apresentador ou qualquer que seja a função que o jornalista execute, nada lhe permite interferir nos fatos. Nada!

Imagine o quão prejudicial pode ser a atuação desastrosa do jornalista em uma guerra, uma operação policial ou uma investigação sigilosa, por exemplo.

Jornalista observa e relata. Não interfere jamais! A menos que seja um caso emergencial ou extremo, de vida ou morte. E, mesmo assim, sua participação no fato vai sofrer críticas. No caso especificamente relatado neste post, os jornalistas quiseram ser os agentes do fato e participaram dele. E digo novamente algo que sempre disse: a única estrela do jornalismo é a informação! E não o jornalista!

Ele é apenas o meio pelo qual a informação chega ao público. No caso do futebol e do esporte em geral, a interferência é ridícula e ainda mais desnecessária. Portanto, você, amigo leitor, ou você, aluno de Ensino Médio ou estudante universitário de jornalismo, leve consigo tal lição. Jornalista observa e narra os fatos. Jamais interfere. Um forte abraço.

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