segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A linguagem correta é essencial para transmitir o conteúdo no jornalismo



No jornalismo, é essencial que o conteúdo (informação) seja transmitido ao público na linguagem mais correta e adequada a cada veículo. A afirmação parece óbvia, mas muita gente não cumpre esse princípio básico na mídia. Além disso, os tempos atuais têm nos mostrado que as linguagens devem se moldar às novas realidades e tecnologias existentes no mercado.

Afinal, a cada minuto, nasce um novo veículo e uma nova forma de comunicação que, evidentemente, demandam a "criação" de uma nova linguagem. Seja para os novos veículos, seja para os velhos já conhecidos, impactados pelas mudanças.

Vou dar um exemplo prático. Todos sabemos que, no jornal impresso, ainda predomina aquela velha fórmula de "notícias factuais", escritas com o famoso "lead" com pirâmide invertida. Ou seja, o primeiro parágrafo das reportagens contém as informações mais importantes e responde às perguntas "o quê?", "quem?", "como?", "quando?" e "por quê?".

A linguagem, visivelmente ultrapassada, é questionada por vários profissionais que defendem que, hoje, o jornal impresso deveria trazer textos mais analíticos e literários e menos factuais. Isso porque, atualmente, a internet encarrega-se do factual e dos furos jornalísticos. Ou seja, o surgimento da internet causou um impacto na linguagem do velho jornal impresso que precisa mudar para não morrer.

Ler jornal impresso de manhã, ultimamente, soa como uma retrospectiva do que já lemos na rede mundial de computadores. Sem novidade, portanto. Porém, um colunista com olhar analítico e opinativo poderia dar muito mais peso ao texto. É como transformar a maioria das reportagens em colunas. Para mim, isso garantiria a sobrevivência dos jornais impressos por um longo tempo. E, claro, tais colunas não deveriam ser expostas na internet, que ficaria apenas com o papel de transmitir o factual.

A própria internet, ao surgir, também criou uma linguagem própria. No aspecto textual e no gráfico também. Frases e parágrafos curtos e objetivos predominam nos textos. No formato, letras maiores facilitam a leitura, já que os olhos se cansam de ler em meios que emitem luz própria, como a tela do computador.

Por isso, acredito que os jornais impressos não morrerão. Mas devem moldar sua linguagem. Se ler no papel (meio que reflete a luz, em vez de emitir luz própria) não agride os olhos como a tela do computador, hoje agride a paciência, já que ninguém quer ler notícia velha. Mas esse é apenas um exemplo. É um debate longo, que fica para depois.

Para concluir o post de hoje, duas coisas. Primeira: todos devemos ficar atentos aos novos meios de comunicação e entender qual a melhor maneira de transmitir conteúdos por eles. Antigamente, era impensável que alguém pudesse ler uma notícia ou assistir a uma reportagem no telefone celular. Hoje isso é prática comum. Para não dizer quase uma obrigação. Hoje, as redes sociais já são essenciais para a comunicação.

Segunda: muita gente hoje acredita que a linguagem (meio de transmitir a informação) é mais importante do que o conteúdo (a informação que é transmitida). Balela. O conteúdo deve sim, ser transmitido em linguagem correta e de forma atraente. Até entreter, se for o caso. Mas jamais pode ser raso, com poucas informações ou mal apurado. Quem assim o faz, pratica o antijornalismo e age de maneira leviana com o público consumidor de informação. Ainda sou da geração que acredita que, em último caso, o conteúdo sempre será mais importante do que a linguagem. Um forte abraço.

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