Passado o Dia Das Crianças, cabe a nós, jornalistas e profissionais da mídia, uma reflexão. Com exceção de alguns poucos canais de TV por assinatura específicos, é difícil de vermos, hoje, bons programas infantis em emissoras abertas.
A TV Cultura ainda exibe alguns infantis de qualidade como Tintim, Cocoricó e o eterno Mundo da Lua. O SBT ainda exibe, após mais de 30 anos, o lendário Chaves. Também fazem parte da grade atrações como Carrossel Animado e Bom Dia e Cia, que incita a participação da criançada pelo telefone. E a emissora de Sílvio Santos ainda deve promover a volta de Bozo ao ar.
Analisando a escassa grade de programas infantis de hoje, vem à tona a pergunta: onde foram parar as atrações infantis com presença de auditório (público) ao vivo? Fazer programas próprios de TV dá trabalho e custa muito caro. Muitas emissoras terceirizam a programação com encomendas de atrações de outras produtoras. Outras ainda preferem vender horários de sua grade.
Isso tem um motivo. Criança não compra, não consome, pois não trabalha e não tem salário para tal. No máximo, pede para o pai ou a mãe comprar. E, por ter uma produção cara, a televisão precisa rentabilizar seus programas com patrocinadores, anunciantes e parceiros.
Dessa forma, alguns programas infantis acabam sendo deficitários comercialmente para as emissoras. Como o dinheiro hoje tornou-se essencial, tais programas acabam sendo deixados de lado. Uma pena. As crianças mereciam atrações de qualidade e educativas como os antigos Bambalalão e Catavento, da TV Cultura, além do próprio Bozo, no SBT.
Faltam hoje programas como os das loiras e morenas famosas, que traziam muita meninada aos auditórios, como Xuxa (nos bons tempos, na TV Globo, na foto que abre o post), Mara Maravilha, Mariane e, claro, Angélica. Lembro-me de um na extinta TV Manchete (hoje Rede TV!) que tinha um nome engraçado Lupu Limpim Clapa Topo, com Lucinha Lins e Claudio Tovar.
Enfim, resta mesmo a saudade. Hoje, é muito mais barato apenas exibir desenhos animados do que produzir toda aquela parafernália em estúdio. Os proprietários das emissoras comerciais devem ter esquecido que um dia foram crianças e, atualmente, pensam apenas no dinheiro e não em contribuir com conteúdo educativo e divertido para os pequenos.
As emissoras hoje são mais rasas e ajudam menos na formação de cidadãos mais conscientes. Não existem mais aqueles programas com competições saudáveis de meninos contra meninas, com perguntas de conhecimentos gerais que estimulavam o estudo na escola. Uma pena, repito. Um forte abraço.
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Confesso que nunca gostei dos programas infantis com apresentadoras. Era mais do mesmo e não tinha valor algum, só serviam pra vender brinquedos. Entendo que o programa " Quintal da Cultura "
ResponderExcluiré de muito boa qualidade, temos programa na Rede Vida, Tv aparecida e Rede Brasil, são emissoras pouco vistas, mas os programs tem alguma qualidade. mas não é de hoje que afirmo que as Tv´s visam única e exclusivamente o lucro, por isso a programação não tem conteúdo algum.