sexta-feira, 13 de abril de 2012

Uma pausa no jornalismo para falar de português: a diferença entre "ÃO" e "AM"


Ultimamente, tenho reparado que algumas pessoas, ao escrever, não SABEM aplicar a correta diferença de grafia entre os verbos conjugados no futuro do presente (com terminação ÃO) e os conujgados no pretérito perfeito ou presente do indicativo (com terminação AM). Como os textos que tenho lido com tais erros são de jornalistas formados, acredito que possa dar alguma contribuição ao explicar tal diferença (meu momento "Professor Pasquale").

Normalmente, os verbos conjugados no pretérito perfeito do indicativo (passado) e na terceira pessoa do presente (agora), TERMINAM suas conjugações com "AM". Já usei dois aqui neste post: "sabem" e "terminam" (presente). Outros PODEM estar no passado, como FORAM, VIERAM, PEGARAM, ABRIRAM, CURTIRAM, DOBRARAM, INFORMARAM, APURARAM, GOSTARAM, EDITARAM, GRAVARAM, etc. A ideia de passado ou presente é dada justamente pela terminação "AM".

A terminação "ÃO" é usada somente para verbos no futuro (fatos que IRÃO acontecer), jamais para o passado. Por exemplo, sei que alguns leitores ainda LERÃO este post (futuro). Outros já LERAM (passado). Eis o futuro de alguns verbos pertinentes ao jornalismo: INFORMARÃO, APURARÃO, ANALISARÃO, ESCREVERÃO, LERÃO, etc.

Outras palavras que não são verbos, mas sim, substantivos, já são escritas com a terminação "ÃO" e algumas pessoas também escrevem errado, com "AM" no final. Aqui vai a grafia correta de alguns: PORTÃO, INTERROGAÇÃO, CALDEIRÃO, ACENTUAÇÃO, AFEIÇÃO, INFORMAÇÃO, EDIÇÃO, ALÇAPÃO, etc.

Portanto, amigos jornalistas e demais cidadãos brasileiros, muito cuidado com a Língua Portuguesa. Ela é o instrumento de trabalho de todos nós. No momento em que você vai a uma entrevista de emprego, para qualquer que seja o cargo pretendido, se falar ou escrever errado, pode ter certeza de que acumulará pontos negativos.

Errar a língua pátria na fala ou escrita representa desleixo, falta de informação, de leitura e de cultura geral. E isso é ruim para qualquer profissional. O pedreiro, por exemplo, deve escrever corretamente a lista de materiais de que precisa para executar a obra. E mais, ele tem de fazer cálculos para saber o gasto desse material, tanto em quantidade, quanto em dinheiro.

Por essa razão, todos os concursos públicos exigem em suas provas um mínimo de conhecimento em português e matemática, o que considero muito válido. Por hoje é isso. Aproveitem bem a sexta-feira 13. Apesar das crenças e lendas que cercam esta data, não se esqueçam de sexta é sempre sexta. Portanto, um dia bastante propício ao lazer e à DIVERSÃO (substantivo terminado em ÃO). Tudo, é claro, com MODERAÇÃO (mais um!). Um forte abraço.

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Um comentário:

  1. É querido amigo... a língua portuguesa aos poucos vai desmorando, ou melhor dizer, morrendo. O Brasil não investe em Educação é isso que dá... Pessoas que se dizem alfabetizadas não saber conjugar os verbos... Para dar um exemplo ou se ter uma idéia da gravidade das pessoas que não sabem nada ou fazem questão de não pensar a menina (auxliar de escritório)que trabalha comigo com segundo grau completo outro dia foi escrever uma etiqueta e colocou dois pontos (:) depois da Rua (exemplo: Rua: Tristão), o meu chefe chamou atenção dela e fez cara feia e resmungou do meu lado "eu não tenho obrigação de saber, não sou jornalista". Ai não aguentei e soltei. "Isso não é coisa de jornalista não. É coisa que se aprende no primário. Já que não quer pensar entrar no Google e vê para que serve dois pontos". Hoje ninguém quer pensar vai direto na internet.
    É o retrato do nosso país

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