sexta-feira, 13 de maio de 2011

Blog entrevista jornalista Roberta Migliolo, da Rádio SulAmérica Trânsito



Quem vive e trabalha na capital paulista ou na chamada região da Grande São Paulo sabe: o trânsito é um dos motivos de maior irritação das pessoas. Se você, amigo leitor, não mora perto de onde trabalha, entende bem o que está escrito aqui. Para alguns, o deslocamento até o trabalho pode levar duas horas ou mais. Quatro horas no dia, se a volta para casa for na famosa hora do rush.

Para ajudar a resolver o problema caótico, que deveria ser alvo de estudo e de ações políticas também dos governantes, o Grupo Bandeirantes, em parceria com a SulAmérica Seguros, decidiu criar uma rádio específica sobre o assunto.

Há mais de quatro anos no ar, a Rádio SulAmérica Trânsito ajuda milhares de motoristas todos os dias a fugirem dos imensos congestionamentos que se formam nos principais centros urbanos da Grande São Paulo, especialmente na capital.

Com a criação de uma rádio segmentada, o mercado de trabalho jornalístico e midiático ganhou novas vagas e abriu espaço para jovens e experientes profissionais da comunicação. Na ala da juventude, está Roberta Migliolo. Aos 28 anos, a jornalista, formada pela UNIMEP (Piracicaba – SP) em 2005, já passou por diversas emissoras de rádio e TV, além de ter trabalhado com assessoria de imprensa.

Amante da profissão e dos estudos, ela cursa Especialização em Marketing Político e Propaganda Eleitoral pela ECA – USP (último ano) e não quer parar por aí. Tem ambição de ser assessora política e fazer coberturas fora do país. "Jornalista por formação e por amor" como ela mesma se define, Roberta Migliolo é a entrevistada de hoje do blog. Confira na íntegra nosso bate-papo.

Leandro Martins - O que achou do curso de graduação quando estudou jornalismo?
Roberta Migliolo - Gostei do curso desde o primeiro semestre e as disciplinas mais teóricas foram essenciais para o bom desenvolvimento da prática, mesmo sendo a favor de aulas que retratam mais a realidade nas ruas e em uma redação do jornalista.

LM - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
RM - Depende do comprometimento e vontade do futuro profissional. E em minha opinião, é fundamental cursar a graduação.

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
RM - Rádio Educativa – FM Municipal 105,9, Terra Vídeo Produções, Natural Soluções Setoriais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA) - todos esses em Piracicaba/SP e como estagiária de jornalismo. Depois, fui assessora de comunicação na mesma escola, mas no Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial / ESALQ – LOG. Aí passei à produção e reportagem na TV Bandeirantes de Piracicaba e região. Em seguida, fui para a Rádio Você AM 580, de Americana e região. Mais tarde, fui Assessora de Imprensa da Presidência do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba - SEMAE. Hoje, estou na Rádio BandNews FM, na Rádio Sulamérica Trânsito (ambas do Grupo Bandeirantes) e apresento o programa Talk News, na Bola Rádio, da Igreja Bola de Neve (todas em São Paulo).

SIGA A RÁDIO SULAMÉRICA TRÂNSITO
NO TWITTER: @RSTNOAR

LM - Como é sua rotina hoje?
RM - Durante a semana apresento o Talk News às segundas e terças das 17 às 18h. Faço aulas de jazz pelo menos uma vez na semana. Faço as reportagens da RST de segunda a sexta, das 7 às 13h. Aos sábados, vou para a USP no curso de Marketing Político. Gosto e vou ao cinema/teatro e em reuniões com os amigos, sempre que tenho um tempinho.

LM - Qual área do jornalismo gosta mais?
RM - Gosto de todas, em especial as editorias de política e cultura. No Talk News falo de tudo e na RST e BandNews FM falo de trânsito.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Você acredita que o jornalista ser amigo da fonte ajuda ou atrapalha o trabalho?
RM - É normal e muito bom fazer novos amigos. Tenho vários amigos que antes eram somente fontes. Sabendo manter a relação profissional de igual para igual, não vejo problema e nunca tive problemas.

LM - Você já se sentiu alvo de perseguição no meio?
RM - Nunca me senti alvo de perseguição e nada do tipo.

LM - O que acha de uma rádio específica sobre trânsito em São Paulo?
RM - A RST é um case de sucesso, trouxe e traz oportunidades a novos profissionais, ajuda milhares de motoristas na capital. Para alguns ouvintes somos como anjos do trânsito (fico lisonjeada), mas apenas faço meu trabalho de prestação de informação/serviço.

O dia a dia é bastante agitado e o repórter precisa ser ágil, pensar rápido quando vai em busca de uma rota alternativa, estar todo o tempo ligado nas informações do âncora e dos próprios ouvintes. É preciso gostar do que faz, afinal, enfrentar o trânsito de São Paulo não é fácil e é um dos problemas mais caóticos da grande cidade.

Falamos de trânsito todos os dias, ou seja, um mesmo assunto sempre. Se não tivermos amor pelo trabalho e credibilidade para informar, fica difícil. Sei que cada profissional da RST tem isso e não é à toa que somos a segunda rádio mais ouvida em termos jornalísticos e a quarta mais tocada nos carros da cidade.

LM - Como vê a guerra pela transmissão do futebol brasileiro em 2012? Acha certo um regime monopolista?
RM - Não é legal a ideia de regime monopolista, mas sabemos que cada emissora busca sua audiência e o telespectador tem total liberdade para escolher o que quer assistir e em qual canal. Lógico que se todas as emissoras pudessem transmitir o futebol seria interessante, só que por outro lado, não teríamos a concorrência e nem mesmo poderíamos escolher o que assistir. Já pensou todos os canais transmitindo a mesma coisa?

LM - Para os estudantes de jornalismo ou jornalistas recém-formados que pensam que o jornalismo é só televisão, o que tem a dizer? E o que falaria para aqueles que pensam que não vão trabalhar muito e nem aos finais de semana?
RM - Ser jornalista é muito mais do que aparecer em uma tela quadrada. Ser jornalista é viver de perto, é presenciar cada dificuldade, cada alegria do seu entrevistado. É retratar aquilo que você viu, ouviu e ser o meio de campo entre o entrevistado e a população que espera ansiosa o noticiário diário. Fazer com amor e fazer o que gosta não tem preço. E é por isso que o jornalista precisa ter muito amor. Ser jornalista é trabalhar aos finais de semana, feriados e fim de ano para a população ficar informada.

LM - O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar? Que sonhos profissionais ainda alimenta?
RM - Gostaria de assessorar um político consolidado na carreira, além de continuar a minha carreira no rádio e fazer grandes coberturas fora do Brasil, entre outras reportagens.

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
RM - Ricardo Boechat, Luiz Megale, Maria Tereza Cruz, Evaristo Costa, Marília Gabriela, Sandra Annenberg, Heródoto Barbeiro, entre outros.

ALGUNS JORNALISTAS ADMIRADOS POR ROBERTA

LM - Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
RM - Uma vez tive que entrevistar o José Serra e em meio ao tumulto não conseguia chegar perto dele e nem mesmo alcançar o microfone ao ponto de captar as informações com clareza. Olhei ao meu redor e percebi que estava fora da roda onde o meu alvo estava no meio (quem vai a coletivas de políticos sabe o que é isso) e para não chegar na redação sem a entrevista, passei por debaixo das pernas de um cinegrafista e sai na cara do gol (risos). Ser pequena tem lá suas vantagens!

LM - É possível conciliar família e trabalho?
RM - Não tenho filhos, não sou casada, mas tenho saudades da família que está no interior. Mensagens e telefonemas durante a semana amenizam o sentimento e as visitas aos finais de semana matam a saudade. Sempre que posso estou com eles.

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira no jornalismo.
RM - Queira e faça por e com amor que dá certo.

Para quem quiser acompanhar mais de perto a simpática jornalista, pode ler seu blog http://robertamigliolo.blogspot.com. Um forte abraço e até segunda!

5 comentários:

  1. Viu Lê não falei que ia conseguir postar hoje... é questão de paciência (rs)...
    Brincadeiras a parte gostei da entrevista.... saiu um pouco da área de esporte abrangendo mais ainda seu campo de atuação e para variar impecável.

    Agora um desabafo... com todo este transtorno do Blogger (Google) meu post de ontem sumiu... será que vai voltar..... triste estou...
    bjs

    ResponderExcluir
  2. Oi Leandro, tudo bom?
    Gostei bastante. Valeu!!
    bjos
    Roberta Migliolo

    ResponderExcluir
  3. Leandro,
    A Robetinha é minha colega de pós, é uma pessoa belíssima e encantadora. Parabéns pela entrevista e pelo Blog. Beijo.
    Elaides.

    ResponderExcluir
  4. Elaides! Que mundo ovo esse hein! Hehehe

    ResponderExcluir
  5. Pois é, já conteceu coisa parecida com o Goswin também. Que doidera! Rsrsrs.
    Beijo.

    ResponderExcluir