quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sugestão de leitura - "O Texto na TV"


Para aqueles que não são profissionais da mídia e se interessam em saber mais sobre o jornalista de TV, indico a leitura do livro "O Texto na TV - Manual de Telejornalismo", de Vera Íris Paternostro.

A leitura possibilita maior compreensão da dinâmica televisiva. Como os textos devem ser confeccionados, que cuidados tomar quando estiver no ar, principalmente ao vivo, como gesticular, etc.

Uma observação. O livro também serve para muita gente formada ou que faz faculdade! Refiro-me aos jornalistas despreparados, que acham que podem fazer TV de qualquer maneira. A televisão lida com imagem. É importante ter carinho por ela.

Os detalhes são meticulosos. Maquiagem, cabelo no lugar, vestir-se bem. Tudo isso faz parte do show. Joias nunca devem ser grandes ou chamativas. O mesmo vale para os decotes nas blusas das mulheres. Unhas pintadas apenas com esmalte claro.

Nada pode chamar mais a atenção do que o conteúdo, do que a informação que o jornalista passa em dado momento. Por isso, as roupas precisam ser sóbrias, discretas. As vestes não podem dar espaço para comentários como: "você viu que roupa esquisita ela estava vestindo hoje?"

Se alguém fez esse comentário enquanto a repórter estava no ar, a informação já se perdeu. Então as pessoas se perguntam, muitas vezes, no instante seguinte ao término da reportagem: "mas o que a moça da TV disse mesmo"? Culpa do telespectador? Às vezes sim. Nesse caso específico, não. É da repórter!

Amigos e amigas jornalistas: deixem os ornamentos e peduricalhos para mostrar às suas amigas. Na TV, jamais! Listras também não são bem-vindas. As horizontais engordam. As verticais até causam efeito de maior estatura, mas muitas vezes causam batimento (defeito que dificulta a leitura da imagem pela câmera e causa ruído na qualidade).

Para terminar a dica fashion: branco quase sempre "estoura" a imagem. Ilumina demais. Evite. Preto liso parece luto. Cuidado. Esse tipo de manha você vai encontrar no livro de Vera Íris Paternostro. Li durante a faculdade. Para mim, fez diferença. Forte abraço.

4 comentários:

  1. Com certeza vou adquirir um exemplo, adoro materias a respeito. Agora fazendo uma citação sobre seu comentario sobre a vestimenta. Lembro que tempos atrás o SBT colocou a Cintia Benini e Analice Nicolau para apresentarem um telejornal com roupas justíssimas, saias curtas e decotes generosos. Como você mesmo disse lembro das roupas, já das notícias..............

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  2. Ah, no SBT o jornalismo sempre foi fraco. Mesmo com o Carlos Nascimento. É só para cumprir a lei de ter jornalismo na programação. O Silvio Santos não investe em estrutura e para ele isso é muito claro. Por isso, o figurino chamava a atenção. Alguma coisa tinha de chamar naquele jornal, fraco de conteúdo. Tanto é que vc lembra delas ao menos... hehehe. É bizarro, mas cada empresa tem sua linha editorial. Um abraço!

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  3. Por isso que mencionei a Tv cultura, Tv Brasil e Record News na postagem de ontem. Entendo que o Jornal da Cultura com a Maria Cristina Poli, que não sei porque diabos tinha voltado pra Globo pra atuar em campo, é um diferencial. Também gostava quando o Herodoto Barbero apresenrtava, grande profissional e professor.

    Ontem tive oportunidade de ver o programa do Alberto Dimes, observatório da Imprensa. Diga lá é um programa de conteúdo não acha ?

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  4. Sim, é bem segmentado né... mas eu acho um programa excelente. Para jornalistas é obrigação. Para os outros, uma baita fonte de informação. Séria, acima de tudo.

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