CLARK KENT, O JORNALISTA SUPER-HERÓI
É verdade que quase todo jornalista sonha em mudar o mundo. Hoje, noto que essa visão é um pouco diferente. Muitos já admitem que mudar o mundo em grandes proporções é muito difícil. Mas em pequenas, é possível.
Começando pelo bairro onde mora, realizando reportagens que ajudem uma comunidade, procurando ser justo e honesto sempre. Isso já seria um excelente começo para muitos profissionais da comunicação.
No entanto, nem tudo está ao alcance dos jornalistas. É importante que todos entendam isso. Os próprios profissionais e as pessoas ou fontes com as quais se relacionam. Jornalista não é super-herói. Nem Deus. Portanto, não tem que se arriscar para salvar ninguém em lugares ou situações perigosas, como enchentes, tiroteios, atropelamentos, acidentes, etc.
Jornalista também não é investigador de polícia. Não vai acabar com o tráfico de drogas nem desmascarar todos os políticos corruptos. Vide Tim Lopes, assassinado por transgredir os limites da profissão. Foi ao morro para desmascarar traficantes por sua conta e risco. Acabou morto.
Jornalista não é político. Por isso, não tem como atender a pedidos desesperados de populares que insistentemente pedem para que ele fale com autoridades para melhorar a moradia, a saúde pública, o ensino. Esse papel é do povo.
O povo tem que se organizar, provocar revoluções (Egito e Líbia estão aí para mostrar). O jornalista pode sim dar voz para que essas pessoas sejam ouvidas. Mas não pode agir por elas. Tem mais coisas que não estão ao alcance dos jornalistas. Uma bem banal, mas que os entrevistados precisam entender.
Primeiro: nem todas as pessoas que forem entrevistadas vão aparecer na reportagem. Muito material coletado não será usado. Segundo. Jornalista não é responsável por fazer cópias de CD ou DVD das reportagens que faz e dar para os entrevistados. Isso é tecnicamente impossível. É dever sim, informar dia, horário e veículo em que vai ser exibida a matéria. Mais do que isso, infelizmente não dá.
Se todos entenderem que nem tudo está ao alcance dos jornalistas, será bom para ambas as partes. Profissionais, entrevistados e povo. Reflitam sobre a questão. Quase ninguém fala a respeito disso, mas é necessário. Forte abraço.
Gostei da reflexão. O que EU sempre espero dentro do possível e claro não me isentando das minhas obrigações enquanto cidadão é que o jornalista seja imparcial e correto. Falar de carnaval qdo é carnaval é normal, mas falar de política e esporte na mesma época é dificil. Mas fico maluco quando quero saber sobre sobre outros assuntos e a única coisa que vejo é uma mulada nua preenchendo o monitor da TV com seu bumbum avantajado.
ResponderExcluirAbraços
Tem épocas em que a mídia é mesmo pouco criativa ou tenta promover o próprio espetáculo com são as transmissões do Carnaval no Rio e em São Paulo.
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