Na última segunda-feira, 27/10, estive na Universidade Anhanguera - Campus Guarulhos, para um bate-papo com os alunos dos Cursos de Comunicação e convidados externos. Tentei passar um pouco de minha experiência de quase 11 anos de carreira como jornalista de TV.
Mas o foco foi mesmo na versatilidade e empreendedorismo do profissional de comunicação. Hoje, não basta saber desempenhar apenas uma função. É preciso ser polivalente. Tem jornalista que sabe editar áudio e vídeos e, alguns, até operam a câmera. Outros, também são fotógrafos e diagramadores.
Alguns publicitários atuam como jornalistas e vice-versa. O mesmo vale para profissionais de marketing. Ou seja, quem sabe executar mais tarefas, encontra emprego com mais facilidade. Porém, a multifuncionalidade do profissional também pode prostituir o mercado. Não é raro ver empresas que contratam a pessoa com o salário de uma determinada função e, na prática, ela desempenha várias outras.
Logo, tentei mostrar ao alunos duas coisas importantes: o desenvolvimento de projetos próprios, paralelos a um emprego regular e a abertura de empresas e negócios individuais como alternativa a um mercado que hoje absorve pouca mão-de-obra contratada, principalmente com carteira assinada.
Dessa maneira, compartilhei com o público o projeto do Esporte na Rede, que sempre foi minha menina dos olhos. Um projeto paralelo às minhas outras funções, desenvolvido por conta da paixão pelo esporte, que me motivou, desde adolescente, a me tornar jornalista.
Nunca fui remunerado no Esporte na Rede. Sempre fui feliz. Toda semana, ao apresentar o programa, saía renovado do estúdio da UPTV, emissora parceira que, até a última terça-feira, foi a casa do ER por quase sete anos.
No ramo do empreendedorismo, falei sobre a LM Comunicação, minha empresa individual criada para dar cursos na área como apresentação em TV, oratória, media training e palestras sobre jornalismo, web TV e TV legislativa, além de outros serviços similares.
Expliquei como abrir a empresa individual e dei algumas dicas para evitar percalços e calotes por conta dos serviços oferecidos. Falei, por exemplo, sobre a importância de se fazer um contrato para cada serviço prestado. O contrato é um documento ajustado entre duas ou mais partes, que assegura direitos aos signatários. Logo, caso uma das partes falhe, é possível entrar na justiça para pleitear os direitos ali previstos.
Acredito que o encontro foi bastante produtivo. A plateia participou com perguntas pertinentes e foi bem receptiva. É um prazer participar destes eventos. Eles possibilitam que o jornalista e demais profissionais deixem, por alguns minutos, o mercado de trabalho, e respire novamente a vida acadêmica. É uma troca de energias revigorantes com os mais jovens. É um espaço para reflexão, para pensar no futuro das mídias, debater novas formas de comunicação, falar de inovação e proporcionar o nascimento de ideias e projetos. Excelente!
Agradeço demais pelo convite aos professores Erick Vieira, Yara Verônica, Luis Carlos, Elizete e Ana Paula que comandaram os trabalhos. Para mim, foi um grande aprendizado. Um forte abraço.
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