terça-feira, 14 de outubro de 2014

A mídia e as crianças: o dia delas não é só 12 de outubro


Neste último domingo, 12 de outubro, as emissoras de TV, de modo geral, homenagearam as crianças. As emissoras de TV fechada, que possuem uma programação mais flexível, exibiram desenhos e animações. As emissoras abertas tentaram mostrar as crianças em sua programação nos tradicionais dominicais.

No entanto, não custa lembrar: dia da criança é todo dia. E quando menciono todo dia, refiro-me à ausência de programação infantil e educativa, principalmente nas emissoras abertas. Isso acontece porque criança não consome, não compra. E a TV, teoricamente, é um meio publicitário, feito para vender produtos.

Com essa postura mesquinha e lamentável, as grandes emissoras fazem, no dia das crianças, um discurso demagógico. Sua programação diária não contempla as faixas etárias da tenra infância. É muito bonito fazer mil homenagens neste 12 de outubro. Porém, e os outros dias? Onde está a programação educativa de qualidade?

Não existe. Pelo contrário, hoje, o que se vê na TV aberta, em nada contribui para a formação das crianças como futuras cidadãs de bem. Cenas fortes de violência, programas policiais sensacionalistas, teledramaturgia com cenas de sexo (às vezes quase explícito) e realities de quinta categoria demonizaram a TV brasileira e a tornaram pouco atraente para as crianças.

Não é mais possível mostrar aos pequenos um mundo de magia, de faz de conta, de fantasia. Hoje, os raros programas infantis apenas exibem desenhos. Nenhum mais leva as crianças para o auditório, como os antigos programas das décadas de 1980 e 1990, como Xuxa (nos bons tempos), Marianne, Mara Maravilha, Angélica, Gigi Anhelli e a turma do Bambalalão (foto do topo), Catavento, Bozo, Cláudio Tovar e Lucinha Lins com o Lupulimpimclapatopo, Mundo da Lua e Castelo Rá-Tim-Bum, mais recentemente. Programas que movimentavam as manhãs e as tardes da molecada.

Nossas crianças hoje são absolutamente CARENTES de programação na TV. A questão comercial dizimou a programação infantil. Portanto, desconsidero as homenagens feitas aos pequenos pelas emissoras de TV. Não passam de conversa mole para boi dormir.

Se quiserem realmente ajudar as crianças deste país, desenvolvam uma programação infantil de qualidade. Façam programas educativos que mostrem a meninos e meninas um mundo com um pouco mais de amor e de esperança. Atrações que ensinem a elas como lidar com o mundo da correria, da impessoalidade, da individualidade, do capitalismo e da tecnologia.

Claro que esse é um papel primordial da família. Mas a mídia pode contribuir. Lembro que o Catavento, exibido pela TV Cultura, ensinava a amarrar o tênis, falava da importância de escovar os dentes, etc. As crianças precisavam de programas que as fizessem entender como usar bem o celular, como usar as redes sociais para o bem, mostrar que o coletivo ainda deve prevalecer diante do individualismo e que o mais importante é ter caráter, ética, SER correto.

E não estimular o consumismo desmedido, num mundo materialista em que TER é mais importante do que SER. Esse também deveria ser o papel da mídia hoje. Mas está muito longe disso. Infelizmente. Um forte abraço.

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