Os políticos ainda são, segundo algumas pesquisas, as pessoas que mais sofrem com a descrença e a falta de credibilidade no país. São muito desacreditados do ponto vista da carreira, do trabalho e da capacidade de brigar pelo interesse do povo. Em linhas gerais, são sempre tratados como demagogos, ladrões e criminosos.
No lado oposto estão os jornalistas, com um nível de credibilidade elevado perante à população. São profissionais com carreiras veneradas, glamourizadas pelo público, que os trata como verdadeiros deuses. Então por que alguns jornalistas decidem deixar o jornalismo e dedicar-se à política?
Recentemente, o programa Esporte na Rede, que apresento na UPTV, recebeu a ex-vereadora por São Paulo, Soninha Francine (foto), que também disputou as últimas eleições para a prefeiturta da capital paulista. Ela deu uma pista importante dos motivos pelos quais um jornalista ingressa na vida pública e política. Soninha já foi apresentadora na TV Cultura, nos canais ESPN e escreveu na Folha de S. Paulo.
Segundo ela, o trabalho jornalístico é prazeroso, mas insuficiente. O dever do jornalista é fiscalizar órgãos públicos e esclarecer a sociedade. Para isso, faz uso de instrumentos de mídia como jornais, revistas, rádio e televisão. Porém, Soninha diz que "você fala na TV, no rádio, escreve, faz denúncias e vê que nada acontece. Por isso, o jornalista tem vontade de estar na vida pública para poder tirar satisfações com os políticos cara-a-cara e efetivamente fazer algo pelo povo."
É um argumento válido. Embora a imprensa seja tida e havida como o "quarto poder", todos sabemos que os ocupantes dos cargos eletivos executivos e legislativos é que realmente mandam. Se eles quiserem, a coisa acontece. Se não quiserem, nada evolui. Por isso talvez o anseio de Soninha em ser eleita deputada federal no ano que vem.
Ela quer brigar mais efetivamente pela população, com um poder que os jornalistas não têm. Nunca tive intenção de ocupar um cargo eletivo. Meu negócio é mesmo o jornalismo. No meu caso, também fico indignado com as situações que vejo, com o descaso com o povo em muitas oportunidades, com as muitas metas sociais que faltam ser atingidas, com a falta de dignidade com a qual muitas pessoas são obrigadas a conviver.
Dá, realmente, vontade de tentar ser mais efetivo, ajudar de uma maneira melhor. Mas, além de tudo, não tenho talento. Só sei escrever, apurar e falar ao microfone. Essa é minha vocação desde criança.
Não critico o jornalista que decide tentar a sorte na política, desde que tenha intenções boas e sérias. A estes, desejo boa sorte e muito trabalho. Mas eu ainda prefiro digitar estas mal traçadas linhas. Gosto de fazer um texto que as pessoas leiam. Gosto de receber as críticas e elogios que a carreira proporciona. Gosto de trabalhar a escrita, a Língua Portuguesa, provocar sensações. Em suma, amo o que faço e não troco de profissão por nada no universo. Um forte abraço.
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