segunda-feira, 22 de abril de 2013
Rádio Estadão aposta em "locutor torcedor" para atrair público
A Rádio Estadão voltou, na última quarta-feira (17/04), a transmitir futebol. Sem a parceria com a equipe de jornalistas da ESPN, a emissora aposta em um formato inovador e insere o "locutor torcedor" no microfone.
A partida de estreia foi logo um baita jogo válido pela Copa Libertadores da América. A disputa entre São Paulo e Atlético-MG valia a classificação do Tricolor Paulista para a próxima fase do torneio sul-americano. Um empate ou uma derrota da equipe paulista eliminariam o time ainda na primeira fase.
A rádio fez duas narrações distintas da mesma partida. No FM (92,9), a transmissão foi feita por Giuliano Biondi e era favorável ao São Paulo, voltada para o torcedor. A imparcialidade passava longe. Toda a equipe, aliás, tinha um certo vínculo com o São Paulo. O ex-jogador do Tricolor, Careca (que jogou pelo time na década de 1980), comentou o jogo.
O blogueiro Renato Salgado e o repórter Sérgio Quintella completaram o time. O plantão ficou com Weber Lima, a quem tive o prazer em conhecer na RIT TV. No AM (700) a transmissão foi voltada para o Galo. A narração foi feita por Ney Lopes, com comentários do ex-jogador Reinaldo (que jogou pelo Galo na década de 1970). Completaram o time o blogueiro Fael Lima e o repórter Marcel Naves. O plantão foi de Emanuel Bonfim.
Uma aposta ousada, eu diria. É bom ressaltar que a parcialidade foi feita no bom sentido, sem distorcer a informação. Por exemplo, quando acontecia uma falta, o locutor e o repórter admitiam que a mesma ocorrera, diferentemente do torcedor que quase nunca acha que a falta contra o time dele acontece.
A partir do momento que a equipe de transmissão assume um lado, um partido, tudo o que diz precisa de um cuidado ainda maior. Você passa a ser um representante do clube no ar. Eu, particularmente, não gosto. Mas que a iniciativa é interessante, isso é. É uma alternativa às transmissões tradicionais, com formato quadrado e até ultrapassado. No caso da Rádio Estadão sim, vale trazer um ex-jogador como comentarista, pois ele representa, de fato, o clube que está jogando naquele momento.
Para mim, infelizmente, o fim da parceria com a equipe de esportes da ESPN ainda deixa uma lacuna. Gosto demais do trabalho que os jornalistas da ESPN fazem e uso como modelo para o programa que eu apresento. Mas vamos aguardar e observar os efeitos do novo jeito de transmitir futebol da Rádio Estadão. Acredito que, por ser uma novidade, pode sim fazer muito sucesso e agradar o torcedor. É esperar para ver! Um forte abraço.
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