Qual seu ídolo no jornalismo e na mídia?

Em determinada fase da vida, não importa qual, escolhemos (por obrigação ou por prazer) uma profissão. Os motivos que nos levam a optar por determinada carreira são os mais variados possíveis, mas, geralmente, seguimos alguns modelos de sucesso.

Muita gente escolhe a profissão motivada por um ídolo, um ícone que se destaca naquela área. Quando vem aquele tio que você não vê há muito tempo e, desde criança, pergunta o que você quer ser quando crescer, qual sua resposta? É baseada em quê?

Pode acreditar, seu consciente ou subconsciente vai buscar um modelo, uma referência, para motivá-lo a escolher a profissão. Eu sempre quis fazer jornalismo desde oito, nove anos de idade. Nunca tive um modelo muito claro de profissional em minha mente, nem vivia deslumbrado, querendo ser o âncora do Jornal Nacional. Muito pelo contrário.

Quando criança, meu maior contato com jornalismo era na área de esportes, via rádio. Sem internet e com pouquíssima oferta de TV por assinatura, ouvia jogos do meu time nas emissoras AM. E foi justamente as ondas do dial que me levaram a solidificar e ratificar interiormente a vontade que tinha de cursar a faculdade de jornalismo, embora meu pai quisesse que eu estudasse Direito.

Não tenho um ídolo na profissão, mas meus "incentivadores", no caso, estavam, à época, na equipe de esportes da Rádio Globo de São Paulo. Locutores: Osmar Santos (gênio!), Oscar Ulisses, Luiz Roberto (hoje na Rede Globo), Vanderlei Ribeiro, Paulo Soares. Repórteres: Osmar Garraffa, José Khalil, Romeu César, Carlos Lima, Sylvio Ruiz. Comentaristas: Luiz Augusto Maltoni, Juarez Soares, Paulo Roberto Martins. Plantões esportivos: Silvio Filho e Domingos Machado. Esse era o time que me encantava e que me fez ter a certeza de que queria ser jornalista (esportivo, de preferência).

Acredito que, por isso, sempre tive bom espírito de grupo. Tenho a total consciência de que jornalismo não se faz sozinho. Você precisa das fontes, de um orientador no início da carreira, de fotógrafos para que a matéria impressa seja bem feita, de cinegrafistas e assistentes na TV, do operador de áudio no rádio.

E uma vez que nunca tive como exemplo de jornalista uma única pessoa, meu senso de grupo foi bem desenvolvido. Hoje, comando uma equipe de oito pessoas no programa Esporte na Rede, da UPTV. Uma verdadeira família, sem guerras de egos nem vaidades. Cada um sabe seu lugar, suas funções e respeita os colegas. O mesmo ambiente tenho na TV Câmara Guarulhos, onde sou apresentador e repórter.

Tenho sim, um ídolo na mídia, que se chama Senor Abravanel, popularmente conhecido como Silvio Santos. Para mim, um gênio da comunicação. No mais, apesar de muitos bons colegas de profissão e gente de muito sucesso, admiro sempre o coletivo. E você? Qual seu ídolo no jornalismo e na mídia? Um forte abraço.

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