terça-feira, 16 de abril de 2013

A melhor maneira de contactar uma fonte



Com o avanço da tecnologia, temos uma certa tendência a ficar mais acomodados. Afinal, os recursos eletrônicos existem para facilitar nossa vida e não para complicá-la. No entanto, apesar de benéfica, a tecnologia deve ser evitada em alguns momentos como o contato com as fontes, por exemplo.

Hoje, vários são os jornalistas que, mal orientados, sempre preferem mandar um e-mail ou até mesmo uma mensagem nas redes sociais para suas fontes em vez de contactá-las por telefone ou pessoalmente. Claro, é importante ressaltar também que muitas fontes, por terem uma agenda atribulada, preferem o contato eletrônico.

Mas, tem jornalista que faz esse tipo de contato e fica esperando a resposta eternamente, sem mesmo insistir num retorno para poder fechar a reportagem. Falando o português bem claro, jornalista tem de levantar a bunda da cadeira. É preciso conversar com a fonte, sentir sua declaração, descobrir se ela fala a verdade. Isso vale para todos os veículos.

E-mail e mensagem em rede social são excelentes pretextos para as fontes que querem se esconder. Basta afirmarem que não receberam ou não viram tais mensagens. Por isso, pelo menos um contato telefônico é sempre importante. Seja para a mídia impressa, na qual o jornalista vai apenas escrever a declaração da fonte, seja para o rádio, para colocar a fonte no ar ou mesmo reproduzir sua declaração. Pela voz é possível perceber o tom da declaração e muitos outros indícios não verbais de veracidade do depoimento.

Em televisão, como a imagem é necessária, fica mais difícil apenas um contato por mensagem ou telefone, a menos que a fonte (caso seja muito importante) envie um documento oficial que possa ser mostrado com sua satisfação ou resposta a determinado questionamento.

Para produzir um programa de rádio ou TV, por exemplo, o contato telefônico ou mesmo pessoal (que é o melhor de todos) são mais recomendados. A fonte pode se sentir agraciada ao receber um convite em mãos para participar de uma atração. Enviar um e-mail e ficar esperando a resposta sentado diante da tela do computador é, além de um enorme risco, um péssimo jornalismo.

Se você, que lê este blog, ainda está na faculdade de jornalismo, leve o ensinamento para sua carreira. Não seja preguiçoso. Vá atrás, fuce, fareje, seja insistente, chato, irritante. Quem não incomoda não causa o impacto necessário para mudar as coisas.

Ligue para suas fontes, tome um café com elas, encontre-as pessoalmente. Só assim você vai cativá-las e conseguir boas declarações. Mas não seja acomodado. Relembre os tempos em que não existiam computador e internet (como na foto que abre o post). Mexa-se! Mãos à obra! Na carreira jornalística, a preguiça custa caro. Um forte abraço.

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2 comentários:

  1. Leandro, obrigado por compartilhar as suas experiências e dicas. Sou agora estudante de Jornalismo e as suas orientações estão sendo valiosíssimas para mim. Irei indicar o seu blog para os meus professores e colegas.

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    1. Imagina, obrigado Angelo. Como sempre digo, só tento fazer meu trabalho da melhor maneira possível. Aqui no blog, tento passar para as pessoas a realidade da prática do mercado, já que na teoria e no banco da faculdade é tudo muito diferente. Acho a formação acadêmica fundamental, desde que suplementada com a vivência de quem lida com a prática no dia-a-dia. Sorte e sucesso! Grande abraço!

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