Normalmente, uma equipe de gravação de reportagem externa é composta por três pessoas: o jornalista (repórter), o cinegrafista e o assistente. No telejornalismo tradicional, o repórter, quando não é esportivo, usa, via de regra, terno e gravata.
Como o repórter costuma aparecer na tela, deve sempre estar bem vestido e com aparência impecável, o que inclui barba bem feita, cabelo penteado e maquiagem adequada. Não pode estar suado, nem ofegante. Enfim, precisa estar atento e preparado.
Por conta disso, quem carrega os equipamentos como câmera, cabos, kit de luz, fitas, etc são o cinegrafista e seu assistente. As "tralhas" televisivas são pesadas o que, muitas vezes, dificulta a locomoção. Ainda mais em reportagens feitas em locais de difícil acesso, como morros de favelas, trilhas ecológicas e coisas do gênero.
Durante as pautas mais importantes e elaboradas, sempre se exige do cinegrafista imagens perfeitas, bonitas, bem enquadradas. O tripé é o elemento fundamental para que as imagens não fiquem trêmulas. Porém, dependendo do ângulo que se quer atingir em uma imagem mais ousada, é preciso que o cinegrafista grave com a câmera sobre os ombros. Nesses casos, as mãos do cinegrafista devem estar firmes.
Agora, imagine você, amigo leitor, andar por uma trilha estreita, íngreme, com o chão escorregadio, entre outras dificuldades, com uma câmera de 12 quilos nas mãos. Ao final da trilha, o cinegrafista estaria tão cansado que suas mãos não conseguiriam ter a firmeza necessária para realizar a gravação.
Por isso, não custa nada ao jornalista ajudar a carregar equipamento em momentos de necessidade. O braço não vai cair. Além do mais, a reportagem é um trabalho coletivo. O sucesso do material coletado e editado depende do esforço de todos os envolvidos na gravação.
Digo isso porque existem muitos jornalistas extremamente arrogantes, que não levantam um dedo para ajudar os companheiros de gravação. Pior. Alguns ainda maltratam e humilham os integrantes da equipe, acreditando que são "superiores" intelectualmente. Isso também vale para artistas, apresentadores de TV, atores, etc.
Toda terça-feira, ao chegar à UPTV, sou eu que monto o cenário do programa Esporte na Rede. Recebo, quase sempre, alguma ajuda. Mas quem monta o grosso sou eu, já que chego mais cedo que os demais integrantes, que, aliás, sempre me são muito solidários. Mas, como chego antes, gosto de adiantar o processo. Na desmontagem, todos ajudam igualmente.
Não custa nada. Braços e pernas não cairão. Além disso, pequenas atitudes como essas unem mais a equipe, reforçam o companheirismo e a solidariedade e contribuem para um ambiente saudável entre os integrantes do programa.
Por isso, amigo jornalista, não tenha medo de ajudar seus companheiros. Você não vai ser julgado por isso, sua imagem não será arranhada ante seus pares e você não será visto como um serviçal. Pelo contrário, seu trabalho nunca será diminuído, você vai ter o respeito dos colegas de trabalho que també o ajudarão em momentos difíceis e vai contribuir para que o ambiente seja muito mais harmonioso. Um forte abraço.
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