segunda-feira, 30 de julho de 2012
O escorregão pode acontecer a qualquer momento - a gafe de Ana Paula Padrão
A jornalista Ana Paula Padrão, apresentadora do Jornal da Record, da Rede Record, cometeu, recentemente, uma das maiores gafes já vistas na televisão. O deslize pode ser considerado como o escorregão do ano na mídia, por todo o significado que envolve.
Ana Paula disse, ao vivo, que os telespectadores estavam assistindo ao Jornal da Globo em vez de falar Jornal da Record. Apenas isso. É de conhecimento público que Globo e Record têm uma grande rivalidade midiática. A Record tenta, a todo custo, desbancar a audiência da toda poderosa Vênus Platinada em território nacional. Para isso, apostou na exclusividade de transmissão das Olimpíadas de Londres.
Tem até obtido algum sucesso. Porém, falta planejamento à emissora do Bispo Edir Macedo. Mas esse é um outro assunto. O foco aqui é falar da gafe de Ana Paula. Quando um profissional trabalha em uma empresa durante muito tempo, é comum estar habituado a "ligar o piloto automático" e agir até de uma forma mecânica.
Por isso, o erro de Ana é muito mais comum do que imagina. Ela já cometeu esse mesmo deslize em outra emissora, o SBT. O único problema de isso ter acontecido na Record é a rivalidade que existe entre a emissora da Barra Funda e a do Morumbi.
Escorregões acontecem a todo instante. E nada melhor do que seguidas transmissões ao vivo para que eles apareçam com maior frequência. Inúmeros fatores podem levar a isso. Estresse, poucas horas de sono, cansaço, barulho ao redor (o que diminui a concentração), etc.
Ninguém está livre de escorregões. Para quem aparece em frente ao vídeo, esse tipo de coisa é o que de pior pode acontecer. Você fica absolutamente vendido, estático, imóvel, trava! É preciso muito jogo de cintura e experiência para sair por cima e com classe que, diga-se de passagem, Ana esbanjou.
Há quem diga que Ana é chata, mala, arrogante. Não a conheço pessoalmente. Então, não posso emitir nenhum juízo de valor. Apenas quero dizer que erros acontecem com todos, desde a equipe técnica até quem aparece em frente à câmera. O mais importante é passar por cima e executar o trabalho da melhor forma. Um forte abraço.
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sexta-feira, 27 de julho de 2012
Uma pitada sobre Globo, Record e as Olimpíadas de Londres 2012
Muita gente acusa constantemente a Rede Globo de omitir informações em sua programação sobre eventos dos quais não possui direito de transmissão. Li e ouvi muita gente criticar a Vênus Platinada por praticamente ignorar as Olimpíadas de Londres, espetáculo esportivo de importância mundialmente reconhecida.
Isso é meia verdade. A própria emissora esclareceu os telespectadores a respeito de suas limitações com relação à divulgação de imagens dos jogos, uma vez que a detentora da exclusividade de transmissão no Brasil, como TV aberta, é a Rede Record. Informações mais detalhadas sobre as limitações você pode encontrar na ótima coluna de Maurício Stycer, no portal Uol, neste link: http://olimpiadas.uol.com.br/analise/mauricio-stycer/2012/07/26/por-que-a-globo-preferiu-pagar-a-usar-imagens-de-graca-da-record.htm.
O uso de fotos é livre. Mas, em televisão, meio sedutor justamente pela imagem em movimento, ter de usar fotos significa uma derrota e tanto. A Globo poderia usar imagens da Record (com as devidas limitações) de forma gratuita. Porém, teria de usar o logo da rival.
A Globo preferiu então pagar à OBS (Olympic Broadcast Services) cerca de 19 mil reais para obter imagens em boletins, de 30 em 30 minutos, o que facilita a divulgação das informações. Existem ainda limitações de tempo e quantidade de vezes em que as imagens podem ser mostradas. Enfim, com essa medida, a Globo deve creditar as imagens à detentora dos direitos aqui no Brasil, a Rede Record. Mas não precisa exibir a logomarca da rival em sua tela.
Logo, a Globo não fala sobre as Olimpíadas porque, sem imagem, a informação perde muito na TV. Claro, já ouvi a Vênus Platinada dar alguns resultados de jogos e informar o telespectador na medida do possível. Ou seja, esqueçam a teoria da conspiração e do complô. Mas tenham uma coisa muito clara: a Globo só é a Globo porque jamais se curva. E só recebe tantas críticas porque é a emissora de maior audiência do país e está entre as cinco maiores do planeta.
O post de hoje do blog começa realmente aqui. Uma vez exposta a situação, o que a Globo poderia fazer para abordar as Olimpíadas de modo mais aprimorado? Acredito que poderia fazer reportagens especiais com os atletas, familiares, e outras curiosidades sem, no entanto, transmitir as competições.
Agora pense comigo, amigo leitor. Isso não seria dar uma enorme munição a uma empresa diretamente concorrente? Se você, que lê este blog, tivesse um negócio próprio, iria ajudar seu concorrente de mão beijada? É claro que não!
E, em que pese o interesse popular na divulgação das informações, o viés comercial deve sempre ser levado em consideração pois, pelo que sabemos, o modelo de negócios da Rede Globo é baseado em publicidade e audiência, sem o apoio de qualquer entidade religiosa por trás.
Não tenho nenhuma procuração para defender a Globo. Até porque também é uma emissora com vários defeitos. Mas esse tipo de atitude é perfeitamente compreensível. Ainda mais diante do esclarecimento das limitações feito acima. Quer queiram, quer não, a Globo está muito à frente das rivais brasileiras, principalmente em planejamento. Mas esse é assunto para outro post.
A grande reflexão que se deve fazer é: por que, para transmitir eventos como as Olimpíadas, Copa do Mundo, campeonatos de futebol e automibilismo adota-se, sempre, o MONOPÓLIO? O problema está aí. No regime de venda do evento.
Por que o monopólio é bom para as emissoras? Porque todos os patrocinadores, se quiserem divulgar sua imagem neste evento, deverão comprar cotas da emissora detentora dos direitos de transmissão. Ou seja, as fatias do bolo de dinheiro não são divididas, mas sim vão para um único estômago.
Por que o monopólio é ruim para os telespectadores? Porque tira deles a opção de assistir ao evento no canal que quiserem, ficando presos às imagens que o detentor da exclusividade quiser mostrar e em horários por ele determinados.
Monopólio é sempre ruim para a disseminação da informação. Como sempre digo, para qualquer evento, sou a favor da livre concorrência. Basta colocar um preço. Algo assim: "transmitir os Jogos Olímpicos custa 'xis'. Todas as emissoras que pagarem o valor 'xis' poderão exibir a competição". Pronto, caso encerrado. Assim, quem assiste a qualquer campeonato teria a opção de acompanhar aquele que julga ser o melhor trabalho, com os profissionais de que mais gosta, etc. O monopólio é que deve ser questionado! Ele é, em última instância, o grande vilão dessa história. Um forte abraço.
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quarta-feira, 25 de julho de 2012
Fotos do programa Esporte na Rede, com Débora Eliza
O programa Esporte na Rede de ontem recebeu Débora Eliza, proprietária da Sal Produções. Ela falou sobre a dificuldade de montar e manter uma produtora de vídeos e explicou os desafios de produzir o Click Esportivo, programa feito pela Sal. Também contou os motivos pelos quais escolheu trabalhar com mídia e em particular com o Esporte.
Também teve Brasileirão, futebol olímpico, uma homenagem aos 110 anos do Fluminense, no "Vestindo a Camisa" e a análise do GP de Hockenheim da Fórmula-1, com Paulo Arnaldo Lima.
O Esporte na Rede é exibido pela emissora web UPTV (www.uptv.com.br). Vai ao ar toda terça-feira, AO VIVO, a partir de 20h. Tem 1 hora de duração e recebe muitos convidados do mundo esportivo. Foca na análise esportiva inteligente e bem-feita, com a participação do internauta em tempo real. A interatividade é nosso diferencial. Acesse nosso site: www.esportenarede.org
Abaixo, você pode ver as fotos de bastidores da edição e a atração na íntegra. Esporte na Rede, análise esportiva de qualidade! Um forte abraço.
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segunda-feira, 23 de julho de 2012
O texto na TV: escrever de forma simples não é nada simples
Jornal impresso, revista, internet, rádio e televisão. São esses os veículos de comunicação mais conhecidos na atualidade. Em todos eles, os jornalistas escrevem. E muito! Obviamente, cada tipo de mídia pede um tipo diferente de escrita, com diversas peculiaridades.
Na escrita para a televisão, por exemplo, o texto tem de ser o mais simples possível. SIMPLES, eu disse. Não RASO. O texto televisivo, seja no jornalismo ou não, deve sempre estar próximo da fala coloquial das pessoas. Escrever dessa forma é condição obrigatória para os redatores de TV.
No entanto, por mais simples que seja a escrita em televisão, não é algo nada fácil desenvolvê-la. Isso porque não é assim que aprendemos a escrever na escola. Não estamos habituados a isso. Essa é a grande dificuldade em TV. Falar é fácil. Reproduzir nossa fala no papel é bem difícil.
A escrita em TV, além de simples, deve ser clara, precisa, objetiva e concisa, com frases curtas, que exprimam uma só ideia ou ação de cada vez. Em TV, usamos o artigo junto do substantivo para dar um tom de conversa com o amigo. Claro, os vícios de linguagem estão sempre proibidos como pleonasmos, gírias e a supressão do "S" final de algumas palavras no plural. E na TV, a ordem direta (sujeito + verbo + complemento) é regra.
Apesar de simples, a escrita em TV não pode ser grosseira ou rasa. Precisa conter muita informação. Aí é que a porca torce o rabo. Como explicar de forma simples ao público notícias complexas como o aumento das taxas de juros e da inflação na economia?
Escrever para televisão é um desafio diário. De tornar simples e facilmente compreensíveis para o telespectador as mais diversas, estranhas e complexas informações. Salvo raros aparelhos de TV, que possuem a capacidade de gravar a programação em tempo real, não é possível ao telespectador comum voltar atrás da notícia e vê-la novamente.
Por isso, o texto na TV é feito para ser compreendido direta e rapidamente. De uma vez só. E precisa descer redondo pela garganta de quem assiste. caso contrário, um jornalista de TV terá falhado em sua missão de informar bem o público.
Falando como telespectador, quando uma notícia não é compreendida rapidamente, fico com a sensação de que falta algo. Dá uma certa angústia no peito e uma confusão mental. Culpa única e exclusivamente do repórter? Não! Como telespectadores, também temos de nos fazer uma pergunta: estávamos mesmo prestando atenção ao que ouvíamos ou estávamos apenas de corpo presente, "deslig diante da telinha, "desligados", ouvindo nosso próprio pensamento?
Isso também conta. A atenção. E nada pode garantir que a atenção do telespectador seja capturada. Nada! Porque, no fundo, ouvimos mais a nós mesmos do que o mundo exterior. Por isso, assistir à televisão também é um momento de concentração. Apesar disso, a linguagem simples ajuda e muito na compreensão do conteúdo. Um forte abraço.
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sexta-feira, 20 de julho de 2012
Um dos segredos para um blog ser bem acessado é a atualização
A internet oferece hoje uma gama imensa de sites, portais de notícias, canais de vídeos, redes sociais e blogs. A rede mundial de computadores revolucionou e ampliou sensivelmente o nível de informação a que estamos expostos diariamente.
Tal constatação faz com que reflitamos em duas questões: 1) Como usuário, o que posso fazer para selecionar melhor o conteúdo que quero ler? 2) Como formador de opinião, o que posso fazer para alcançar destaque no emaranhado de informações existentes e conseguir formar um público cativo?
Vamos lá. Do ponto de vista de quem transmite a informação, uma coisa na internet é fundamental: a atualização. Imagine você, amigo leitor, quantos blogs iguais a este existem no universo de bites e bytes mundo afora. Porém, por alguma razão, você parou aqui e resolveu ler estas mal digitadas linhas.
Algo o atraiu. Alguns pontos são preponderantes para captar o leitor. Um deles, destacado logo de cara, é a estética. Qualquer site, blog ou portal precisa ser esteticamente atraente. A parte plástica, artística é necessária para atrair a atenção do leitor num primeiro instante. É o cartão de visitas. Ou seja, uso de imagens, vídeos e artes gráficas ajudam muito neste aspecto. Ainda mais no caso do blog, que é, eminentemente, em espaço de leitura.
Uma vez atraído, o leitor só vai continuar lendo a publicação se o autor for conhecido, famoso, renomado ou se escrever muito bem (se unir as duas características, melhor). A escrita em internet é diferente de um jornal impresso, por exemplo. Os textos devem ser curtos. As frases também.
O uso da ordem direta (sujeito, verbo e complemento) é fundamental para a fluência da leitura e para a compreensão imediata da informação pelo leitor. O estilo de cada um também faz diferença, é claro. Assim como o conteúdo que transmite. Obviamente, jamais maltrate a Língua Portuguesa. Erros de ortografia, concordância e regência, além de tornarem a leitura truncada, levam o autor à perda total de credibilidade.
Por fim, o grande segredo da internet, principalmente dos blogs, é a atualização (simbolizada na arte que abre o post). Um blog dinâmico é mais bem visto pelo leitor. O ideal é a atualização diária. Mas quando isso não é possível, uma frequência interessante de público pode ser atingida com atualizações de três a quatro vezes por semana.
De que adianta o blog ter ótima estética, excelente autor e não ser atual? Você já deve ter passado por essa sensação de raiva. Quando está navegando, encontra um post interessante em um site de busca, entra no blog e, minutos depois, percebe que não é atualizado há mais de três meses. Chato não?
Também não adianta o blog ser atual e bonito e o autor escrever pessimamente. Da mesma forma, não dá pra aceitar um blog bem escrito e atual com uma estética pobre. É um conjunto. Tudo tem de funcionar em sintonia e harmonicamente, tais e quais as alas de uma escola de samba-enredo.
Existem hoje muitos blogs simples, de autores desconhecidos do grande público, que fazem grande sucesso, recebem dezenas de comentários e até sorteiam prêmios para os leitores. Na rede mundial de computadores, a exposição é gigantesca. Amanhã mesmo, um "headhunter" pode descobrir seu talento e projetá-lo como escritor em grande escala.
Aproveito o post para agradecer as quase 44 mil visitas a este espaço (esqueça o contador do rodapé, ele é maluco). Pelas estatísticas oficiais do Blogger, hoje tenho 43.960 visitas, o que me deixa muito feliz. Ainda mais para um autor desconhecido e que inaugurou o blog em janeiro do ano passado.
Última dica. Vai escrever um blog? Escreva com paixão. Fale do que gosta. Blogs não devem se tornar um trabalho obrigatório e enfadonho. Blog é um espaço para trocar experiências, dividir curiosidades, compartilhar sucessos, fracassos e lições. A paixão é essencial. O leitor detecta sempre quem é apaixonado pelo que faz. Um forte abraço.
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quarta-feira, 18 de julho de 2012
Fotos do programa Esporte na Rede, com Servílio de Oliveira
O programa Esporte na Rede de ontem recebeu o ex-pugilista Servílio de Oliveira, único medalhista olímpico brasileiro da categoria. Servílio traçou um panorama do boxe olímpico no Brasil e falou sobre os momentos mais marcantes de sua carreira nos anos 1960 e 1970.
Também falamos sobre Seleção Brasileira, Brasileirão e Fórmula-1! O ER vai ao ar pela UPTV, AO VIVO, toda terça-feira, das 20h às 21h. Confira abaixo as fotos e o programa na íntegra. Para ver nossas edições anteriores, acesse www.esportenarede.org. Um forte abraço.
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segunda-feira, 16 de julho de 2012
O jornalista deve ser sempre solidário com a equipe de gravação
Normalmente, uma equipe de gravação de reportagem externa é composta por três pessoas: o jornalista (repórter), o cinegrafista e o assistente. No telejornalismo tradicional, o repórter, quando não é esportivo, usa, via de regra, terno e gravata.
Como o repórter costuma aparecer na tela, deve sempre estar bem vestido e com aparência impecável, o que inclui barba bem feita, cabelo penteado e maquiagem adequada. Não pode estar suado, nem ofegante. Enfim, precisa estar atento e preparado.
Por conta disso, quem carrega os equipamentos como câmera, cabos, kit de luz, fitas, etc são o cinegrafista e seu assistente. As "tralhas" televisivas são pesadas o que, muitas vezes, dificulta a locomoção. Ainda mais em reportagens feitas em locais de difícil acesso, como morros de favelas, trilhas ecológicas e coisas do gênero.
Durante as pautas mais importantes e elaboradas, sempre se exige do cinegrafista imagens perfeitas, bonitas, bem enquadradas. O tripé é o elemento fundamental para que as imagens não fiquem trêmulas. Porém, dependendo do ângulo que se quer atingir em uma imagem mais ousada, é preciso que o cinegrafista grave com a câmera sobre os ombros. Nesses casos, as mãos do cinegrafista devem estar firmes.
Agora, imagine você, amigo leitor, andar por uma trilha estreita, íngreme, com o chão escorregadio, entre outras dificuldades, com uma câmera de 12 quilos nas mãos. Ao final da trilha, o cinegrafista estaria tão cansado que suas mãos não conseguiriam ter a firmeza necessária para realizar a gravação.
Por isso, não custa nada ao jornalista ajudar a carregar equipamento em momentos de necessidade. O braço não vai cair. Além do mais, a reportagem é um trabalho coletivo. O sucesso do material coletado e editado depende do esforço de todos os envolvidos na gravação.
Digo isso porque existem muitos jornalistas extremamente arrogantes, que não levantam um dedo para ajudar os companheiros de gravação. Pior. Alguns ainda maltratam e humilham os integrantes da equipe, acreditando que são "superiores" intelectualmente. Isso também vale para artistas, apresentadores de TV, atores, etc.
Toda terça-feira, ao chegar à UPTV, sou eu que monto o cenário do programa Esporte na Rede. Recebo, quase sempre, alguma ajuda. Mas quem monta o grosso sou eu, já que chego mais cedo que os demais integrantes, que, aliás, sempre me são muito solidários. Mas, como chego antes, gosto de adiantar o processo. Na desmontagem, todos ajudam igualmente.
Não custa nada. Braços e pernas não cairão. Além disso, pequenas atitudes como essas unem mais a equipe, reforçam o companheirismo e a solidariedade e contribuem para um ambiente saudável entre os integrantes do programa.
Por isso, amigo jornalista, não tenha medo de ajudar seus companheiros. Você não vai ser julgado por isso, sua imagem não será arranhada ante seus pares e você não será visto como um serviçal. Pelo contrário, seu trabalho nunca será diminuído, você vai ter o respeito dos colegas de trabalho que també o ajudarão em momentos difíceis e vai contribuir para que o ambiente seja muito mais harmonioso. Um forte abraço.
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sexta-feira, 13 de julho de 2012
ESPN Brasil é exemplo de isenção no jornalismo esportivo
Sei que a imensa maioria da população brasileira ainda não tem acesso à internet e à TV por assinatura. Muitos não sabem sequer que ESPN é uma emissora de TV. Por isso, a grande massa acaba engolindo os lixos, modos e formatos de programação exibidos pelos conhecidos canais de televisão abertos.
Honestamente, desde que passei a assinar a chamada TV fechada, vejo pouquíssima coisa nas emissoras tradicionais. Apenas um ou outro programa é realmente interessante, bem feito e bem produzido. Mas, a maioria não serve.
Quando o assunto é esporte então, a coisa vai a níveis aterrorizantes. Entre os programas esportivos que ainda consigo ver na TV aberta estão Cartão Verde, da TV Cultura, Gazeta Esportiva, da TV Gazeta e a dobradinha Auto Esporte e Esporte Espetacular, da Rede Globo.
No restante, vejo um festival de baboseiras, polêmicas vazias, pouca análise séria, muito palpiteiro e torcedor, ex-jogadores que não sabem nem falar e se acham grandes comentaristas e muita tendência para privilegiar os times com maior torcida.
Entre esses programas estão: Globo Esporte (Rede Globo), Esporte Fantástico (Rede Record), Rede TV Esporte e Bola na Rede (Rede TV!), Mesa Redonda Futebol Debate (TV Gazeta) e Jogo Aberto e Terceiro Tempo (Rede Bandeirantes).
No entanto, quem tem TV por assinatura e gosta de uma cobertura esportiva isenta, séria, bem analisada e com profundidade, pode assistir a qualquer programa dos canais ESPN, em especial, da ESPN Brasil.
A emissora é mesmo um exemplo de bom jornalismo. Dá quase sempre o mesmo peso e tratamento para todos os times brasileiros da primeira divisão e conta com jornalistas do mais alto nível em seu quadro de funcionários. Entre eles, dois comentaristas que admiro muito: Paulo Vinícius Coelho e Paulo Calçade.
Aliás, todos os profissionais da emissora estão longe de ser tendenciosos para este ou aquele time e narram todos os gols de maneira igual, isenta e sem serem torcedores privilegiados. Até mesmo quando joga a Seleção Brasileira. Além disso, abordam também o lado investigativo do esporte, expondo as falcatruas políticas que existem nos bastidores e que quase não são citadas nas grandes redes de TV. Dedo na ferida!
Obviamente, não sou dono da verdade nem da razão. Tampouco uma unanimidade. Então, muita gente vai concordar e muita gente vai discordar veementemente do que escrevi aqui. A análise que fiz é muito subjetiva, fato. Mas, para quem gosta do BOM jornalismo, entende que a ESPN Brasil é ícone de isenção, objetividade e credibilidade no esporte brasileiro. Por isso, carrega em seu slogan uma palavra importante: informação (o slogan é "Informação é o nosso esporte").
Ou seja, informação em primeiro lugar. Jornalismo em primeiro lugar! Entretenimento, torcida e polêmicas vãs não fazem parte deste cardápio. Não combinam com ele. É uma pena que o monopólio impere no esporte brasileiro e que algumas competições sejam exclusivas de emissoras que não dão o tratamento sério que deveriam às modalidades e ao futebol em especial, que faz parte da cultura nacional.
A parte plástica pode ser excepcional, louvável, impecável. Mas a parte jornalística deixa a desejar nas grandes redes. Algo que jamais acontece na ESPN. É um dos lugares nos quais gostaria de trabalhar um dia. Acredito que, como toda empresa, também deva ter seus problemas internos, suas dificuldades e suas limitações, o que, falando como telespectador, jamais impediu que pudesse assistir a um grande trabalho. Um forte abraço.
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quarta-feira, 11 de julho de 2012
A campanha eleitoral e a campanha "antieleitoral" na TV
A foto acima foi extraída do Facebook, uma das maiores redes sociais do mundo. Em época de eleições, há três tipos de campanhas. A eleitoral, tradicional, que exalta os políticos e pede seu voto; a de alerta, que pede atenção do eleitor para votar de forma consciente, e a "antieleitoral", que afirma que nenhum político presta e que o melhor voto é o nulo.
Do ponto de vista televisivo, a última modalidade de campanha não se vê. A segunda é bem difundida. Já a primeira, é publicidade pura. Cada detalhe é pensado milimetricamente. Desde o penteado do candidato, até a cor da roupa, entonação da voz, gestos, etc.
Muitos jornalistas, por entenderem o funcionamento da mídia, são convidados para trabalhar em campanhas políticas junto com profissionais de marketing e publicitários. Às vezes, os jornalistas também escrevem os textos que vão ser lidos pelo candidato.
Já passei por essa experiência. É algo totalmente diferente do que se faz no dia-a-dia do jornalismo. Enquanto você aprende sempre a escrever textos objetivos, impessoais, isentos e imparciais, sem tomar partido algum, na política é justamente o contrário. No jornalismo, relatam-se os fatos. Na política, os exaltamos.
É preciso que você, leitor, fique atento. Os vídeos de campanha são altamente publicitários, apelativos, exaltadores e, alguns, bem mentirosos. Esqueça a televisão em época de campanha. A melhor maneira de você votar de forma consciente é buscar informações sobre os candidatos, conhecer os programas de governo e saber o que eles já fizeram em cargos e gestões anteriores em suas vidas públicas.
E se, mesmo assim, você não estiver certo quanto a seu voto, digite 99 e anule. Mas faça isso apenas com a convicção de já ter se informado e com a certeza de que nenhum candidato merece seu voto nas urnas. E não ligue para o discurso vazio que diz que "se você não votou em ninguém, também não pode cobrar".
Pode sim! E deve! Afinal, quem quer que seja eleito, tem de governar para todos! E você, amigo leitor, faz parte do "todos". Portanto, mesmo que anule seu voto, você tem total direito de cobrar melhorias públicas dos governantes. Apenas preste bem atenção e fique atento às armadilhas eleitorais. Busque várias fontes de informção. E, no horário da propaganda eleitoral gratuita, vá ler um livro. A propaganda é publicidade e não informação. Um forte abraço.
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segunda-feira, 9 de julho de 2012
"Jornal Nacional - Modo de Fazer"
O post de hoje deste blog é uma dica de leitura fácil, agradável e instrutiva. Terminei de ler recentemente o livro "Jornal Nacional - Modo de Fazer", do jornalista William Bonner. O âncora do jornal mais assistido do país é também seu editor-chefe.
No livro, Bonner explica como é montado o JN. Desde a reunião de caixa, em que são discutidos os assuntos de uma determinada edição, até o momento em que a atração entra no ar. Período durante o qual também poderá ser modificada.
O apresentador do JN explica tudo de maneira simples. Assim o livro pode ser lido por quem cursa ou não a faculdade de jornalismo, já que são poucos termos técnicos e, os que existem, são minuciosamente explicados. Bonner também conta vários casos interessantes, que permitem ao leitor entender como funciona a estrutura do programa e, de certa forma, da Rede Globo.
Durante a leitura, é possível entender por que o nível de estresse de alguns jornalistas é tão alto. A edição diária do Jornal Nacional pode ser modificada mesmo quando está no ar, dependendo da notícia que chega à redação naquele momento. E como notícia não tem hora e nem lugar, às vezes, o estresse passa para os repórteres, com a "encomenda" de reportagens "em cima da hora" do jornal ir ao ar.
Imagine você, amigo leitor, a responsabilidade de William Bonner, que, como editor-chefe, precisa escolher, dentre dezenas de assuntos, aqueles que estarão presentes em uma edição de telejornal de apenas 31 minutos líquidos. É muita loucura. E tudo que vai ao ar é, em primeiro grau, responsabilidade dele.
Bonner também fala sobre os bastidores da cobertura de grandes eventos e conta boas histórias com uma pitada de humor em seu texto. Ele explica, por exemplo, como conseguiu driblar milhares de fiéis que se aglomeravam na Praça de São Pedro poucos minutos antes de apresentar o JN do alto do Colégio Santa Mônica, em 2005, quando o papa João Paulo II faleceu.
Ele fala da ajuda abençoada que recebeu de algumas freiras e de um policial. Também conta como, horas antes de começar o JN, embarcou do Rio de Janeiro para São Paulo, para ancorar o jornal ao vivo da cidade onde ocorriam ataques do PCC (movimento intitulado como Primeiro Comando da Capital) a bases policiais de toda a cidade, em 2006.
O livro é bem didático e mostra detalhes importantes na confecção de um jornal, como a produção, a pauta, o uso de materiais de arquivo, das artes gráficas e até a maneira de montar um espelho. O subtítulo "Modo de Fazer" sugere que o Jornal Nacional possa ter uma receita habitual para ser preparado. Até tem, mas seu editor-chefe deixa bem claro como as coisas mudam até segundos antes do "boa noite" inicial ou mesmo antes do "boa noite" final.
Para fechar, Bonner também explica alguns critérios de seleção de notícias para a edição do dia do JN e explica como cada notícia é tratada, dependendo do grau de relevância que apresenta. Ele fala sobre qual notícia pode ser apenas uma nota de 20 segundos e qual deve ser reportagem, com texto, imagem e a condução de um repórter.
Fala ainda sobre como compor os blocos do jornal, que devem ser feitos com notícias que permitam ao telespectador compreender melhor os assuntos daquela edição, ou seja, com notícias-gancho. Eu, que também sou editor-chefe, sei bem o que Bonner passa (guardadas as devidas proporções, é claro).
É uma leitura que vale muito a pena para quem cursa ou pensa em cursar a carreira jornalística. O livro, da Editora Globo, faz parte de uma coletânea de fotos e vídeos que se chama "Memória Globo". Conteúdos que ajudam a preservar a história de um dos maiores conglomerados de mídia do planeta. Obviamente, tem sua pitada institucional, é claro, mas, mesmo assim, o conteúdo é bem interessante. Um forte abraço.
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quinta-feira, 5 de julho de 2012
O time do coração de todo jornalista deve ser o próprio trabalho
Ontem, pouco antes da final da Copa Libertadores entre Corinthians e Boca Juniors, perguntaram-me para quem eu iria torcer. Vi muitas pessoas boquiabertas diante da resposta de que não torceria para ninguém e apenas analisaria a partida, como jornalista que sou.
Quem é torcedor apaixonado, fica ainda mais indignado diante de minha neutralidade. Na última terça-feira, no programa Esporte na Rede, que apresento toda semana pela UPTV (www.uptv.com.br), ao vivo, a partir das 20h, disse que o Corinthians já era campeão e que o jogador decisivo seria o Emerson. Para quem quiser ver, está tudo gravado em alto e bom som e imagem neste link http://www.youtube.com/watch?v=T6LXfhRwPbs.
Alguns internautas insinuaram no ar que torço para o alvinegro paulista, por isso, adiantei-me e já respondi ali mesmo que não sou corintiano. O que eu faço é análise imparcial. Por isso, nosso programa tem o slogan de "análise esportiva de qualidade". Ontem, como sempre, torci única e exclusivamente para mim.
O time do coração de todo jornalista deve sempre ser o próprio trabalho. Toda vez que recebo um elogio ou ganho um seguidor aqui no blog, é motivo de comemoração. Toda vez que leio comentários aqui de que "escrevo bem, tenho textos fáceis de ler e abordo os assuntos de maneira interessante" (palavras de leitores), vibro intensamente. E faço o mesmo quando recebo comentários elogiosos nas reportagens que divulgo em meu canal do You Tube: http://www.youtube.com/user/lsmartins100?feature=mhum.
Amigo leitor, raciocine comigo. Os jogadores de futebol torcem para mim? Não. Então, por que eu tenho de torcer por eles? Os jogadores comemoraram a merecida vitória e o título, pois torcem para o trabalho que desenvolveram ao longo da temporada.
O mesmo ocorre com um jornalista. Torce para o próprio trabalho sempre. Fiquei feliz em ter acertado 100% da minha análise no programa de terça. Também não sou um deslumbrado. Sei que não é todo dia que isso acontece.
Por isso, o que ocorreu no Pacaembu ontem é motivo de comemoração pessoal. Eu e os companheiros de programa analisamos o jogo melhor do que muito pseudo-comentarista de TV grande. E antes que a partida começasse.
Por que eu, que nunca tive uma ajuda sequer de um jogador para adentrar ao dificílimo mercado de trabalho na mídia, vou torcer para ele? Sempre me matei para conseguir vagas de emprego e, quando muito, conseguia ganhar o piso de jornalista de mil e poucos reais. Antes, trabalhei muito mais por muito menos. Enquanto isso, um jogador de futebol de time grande, em média, não ganha menos de 60 ou 70 mil reais mensais. Isso os mais rasos.
É claro, não sou hipócrita. É óbvio que tenho um time do coração. Afinal, é como torcedor que uma pessoa toma contato com essa paixão e foi com ela que tive despertado em mim o desejo de ser jornalista esportivo. Porém, devemos sempre ter consciência e controle emocional para separar o pessoal do profissional. Lidamos com paixões: as dos outros e não as nossas.
Minha torcida maior hoje em dia é para que o Esporte na Rede, na internet, torne-se referência nacional como atração esportiva de qualidade, com profissionais de altíssimo nível intelectual, reconhecidos no Brasil e no mundo e, de preferência, com o apoio de empresas sérias que nos ajudem nos investimentos presentes e futuros.
Os rojões que os torcedores jogaram ontem ao ar eu também jogaria se, amanhã, um empresário gente boa e bem intencionado me ligasse para dizer que gostaria de patrocinar nosso programa. Isso sim, é motivo para que eu vibre e comemore como se fosse um gol em final de Copa do Mundo.
O embate entre duas equipes é apenas um evento. O gol, a falta, o cartão vermelho... Tudo isso eu analiso. O carinho do internauta eu comemoro. Pelo Esporte na Rede, tenho imensa e verdadeira paixão, alucinação, obcessão.
Sou obcecado em fazer um bom trabalho. Em levar um programa de qualidade aos lares. Em transmitir a emoção que o esporte suscita para os internautas. A emoção do esporte eu transmito, mas a minha emoção pessoal se dá quando chega uma nova mensagem para que a Luciane Bruno leia no ar.
A minha vibração é quando chegam elogios gratuitos de teleinternautas que estão assistindo ao programa pela primeira vez e que sequer nos conhecem pessoalmente. A minha alegria é quando dizem que o ER é o melhor programa esportivo da web. Torço para meus companheiros de trabalho. Torço para mim, não para uma agremiação. Se eu não fizer isso, quem o fará? Um forte abraço.
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quarta-feira, 4 de julho de 2012
Fotos do programa Esporte na Rede, com Graziele Crizol
Ontem o Esporte na Rede recebeu a árbitra Graziele Crizol. Ela esclareceu a função dos dois árbitros adicionais, que ficam atrás dos gols e também falou sobre a carreira e as peculiaridades da profissão. Ainda falamos de Copa Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. E ainda, Vestindo a Camisa, com Alexandre Aníbal.
O ER vai ao ar pela UPTV (www.uptv.com.br) toda terça-feira, AO VIVO, a partir das 20h. Esporte na Rede, análise esportiva de qualidade! Confira abaixo as fotos e o programa na íntegra. Um forte abraço.
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