terça-feira, 31 de maio de 2011

Fotos do Esporte na Rede com Anderson Lima

Fotos do programa de ontem, com o ex-lateral-direito Anderson Lima.

O Esporte na Rede vai ao ar pela UPTV (www.uptv.com.br), toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45!

Obrigado pelo carinho da sua audiência! Forte abraço!






segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como fazer uma reportagem para TV



O post de hoje se justifica por dois motivos. O primeiro: nem todo mundo que lê o conteúdo do blog é jornalista ou profissional da mídia. E muitos têm curiosidade de saber como é feita uma reportagem (ou vídeo - institucional, publicitário, etc) para TV.

O segundo: muitos jornalistas querem fazer TV, mas também não sabem como fazer a reportagem. Seja porque a faculdade não deu uma boa base, seja porque nunca trabalharam em televisão e, por isso, falta experiência. Pois bem. Vou tentar descrever os passos básicos para uma boa matéria em vídeo. Digo tentar porque, na prática, a teoria é sempre outra.

Pauta - tudo começa aqui. A pauta é o tema, a ideia, a história que vai ser contada e com ajuda de quem. Nesse momento, as fontes a serem ouvidas (entrevistados) devem ser listadas e discriminadas, com nome, cargo ou profissão e telefone de contato.

Produção - a segunda etapa é a produção. Definido o tema da matéria, o produtor vai traçar um roteiro de gravação das imagens e fazer todos os contatos necessários para que elas sejam captadas sem problemas. Ele deve pedir autorizações para gravar em determinados espaços. Também vai ligar para todas as fontes e marcar os horários de entrevista, para que o repórter possa desenvolver seu texto.

Repórter - o jornalista então, vai apurar as informações e escrever um pré-texto. É bom que o repórter saia da redação com algo previamente escrito, baseado nas informações que colheu. Isso facilita o fechamento da reportagem, agiliza a edição e possibilita ao jornalista já saber quais perguntas vai fazer para cada entrevistado, poupando o tempo de todos.

Dependendo da pauta e da urgência com que deve ser entregue, os offs (textos da matéria) são gravados no carro mesmo, na volta para a redação. Infelizmente, essa correria maluca faz com que muitos repórteres tornem-se "mecanizados", façam os textos automaticamente, sem exercitar a criatividade na hora de contar a história. Fica uma coisa engessada, quadrada, arroz com feijão. Falta tempero.

Decupagem - a seguir, o repórter assiste a fita gravada. Pode achar alguma imagem interessante para fazer um texto criativo. Também transcreve a fala dos entrevistados e separa os trechos que serão usados na reportagem.

Edição - com o material em mãos, o editor vai montar a reportagem. E usar também a criatividade para torná-la visualmente interessante. Para isso, é preciso que tenha boas imagens gravadas.

Isso parece óbvio, mas as boas imagens são raras. Por alguns motivos simples. Ou porque o cinegrafista não é bom, ou porque, durante a produção, as pessoas não entenderam que era necessário captar boas imagens. Isso vale para reportagens ou para vídeos institucionais. Mas, para espanto geral, não raras vezes, as gravações acontecem em cenários feios. E TV é imagem! É a ditadura da imagem! É preciso conteúdo, mas também uma boa imagem!

Finalizada a edição, a reportagem está pronta para ir ao ar. Às vezes, é necessária uma pós-produção ou a colocação de artes. Algumas vezes o editor mesmo resolve. Em outras, um arte-finalista termina o serviço.

Embora o processo pareça simples, tem de ser ágil. Os repórteres cobrem, quase sempre, mais de uma pauta por dia. E a edição demanda, em média, uma hora para cada minuto editado. Portanto, fazer reportagem em TV ou vídeo dá trabalho. São coisas que não podem ser feitas de uma hora para outra. É bom que as pessoas saibam disso, antes de cobrarem os envolvidos no processo. Um forte abraço.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Blog entrevista jornalista Carlos Fernando, do Bandsports e da Rádio Bandnews FM - parte 1


A entrevista de hoje é especial. Vai ser disponibilizada a você, amigo leitor, em duas partes. A primeira, nesta sexta-feira e a segunda, na sexta que vem. O longo bate-papo se justifica. Quem me concedeu a entrevista é um jornalista experiente.

É locutor da Rádio Bandnews FM e do canal a cabo Bandsports (ambos do Grupo Bandeirantes), além de escritor e professor por excelência. Tem três faculdades completas no currículo (Jornalismo, Rádio e TV e Publicidade e Propaganda) e uma trancada (Filosofia). O jornalista adora ensinar e trocar experiências com quem está ingressando na carreira.

Didático, atencioso e ligado nas questões atuais da mídia, Carlos Fernando Schinner, ou, simplesmente, Cacá Fernando, acumula passagens pelas principais emissoras de rádio e TV do país. Sua vontade de ensinar fez com que criasse o primeiro Curso de Narração Esportiva (CNE) em rádio e televisão, no Senac-SP, no ano 2000.

Também é autor dos livros "Manual dos Locutores Esportivos" (Pandabooks, 2004) e da biografia "Rui Viotti – histórias do rádio, da TV e do esporte" (Cia. dos Livros, 2011). E no segundo semestre deste ano, vem novidade. Mais uma biografia: "Coutinho, o 9 de ouro e parceiro do Rei (Pelé)".

O jornalista também é um dos idealizadores da Rádio CBN e dos canais voltados apenas à programação esportiva, como SporTV, ESPN, etc. Com tanta bagagem na carreira, esta entrevista não poderia ser simples. Jornalista deve ter poder de síntese, admito. Mas, nesse caso, seria muito desperdício não compartilhar informações tão preciosas com você, que sempre dá uma passadinha por aqui.

Nesta primeira parte, curiosidades sobre os 32 anos de carreira do santista (de nascimento e no futebol!) Cacá Fernando. Na semana que vem, opinião sobre questões polêmicas que envolvem o jornalismo e a mídia de modo geral. Ensinamentos valiosos para qualquer profissional da comunicação. Iniciante ou com bons anos de estrada. Acompanhe a entrevista.

Leandro Martins - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
Carlos Fernando - Acho nosso modelo de ensino muito fraco na área, para uma profissão tão viva como rádio e televisão. Na época em que ancorava a Rádio CBN, cheguei a discutir com o Paulo Henrique Amorim a necessidade de um curso tão longo, quando na verdade o importante seria a especialização em áreas de real valor. Hoje com as mídias eletrônicas, estamos numa época de enorme e rápida mutação, e duvido que as faculdades estejam acompanhando essa evolução dentro do mercado de trabalho. Na prática do dia-a-dia - quase sempre - a teoria é outra...

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
CF - Muitas rs... Rádios: A Tribuna, Atlântica e Cultura de Santos; Globo, CBN, Record e Gazeta de S.Paulo. Na TV: Band, ESPN, SporTV, Cultura, Record, Gazeta, DirecTV. Atualmente, sou narrador e apresentador do canal Bandsports desde 2003 e da Rádio Bandnews FM que transmite futebol desde março desse ano.

LM - Como é sua rotina hoje? Que horas você entra? Tem hora pra sair?
CF - Trabalhar em rádio e tv exige disciplina e tempo. Não temos horário para entrar ou sair e estamos conectados no fuso-horário do planeta. Às vezes, narro torneio de tênis no Japão, corrida na Austrália, futebol na Alemanha, atletismo em Roma, natação nos Estados Unidos, tudo com fuso-horário trocado.

LM - O que já fez fora do esporte?
CF - Fui âncora e um dos pioneiros da rádio CBN (jornalismo), em 1991. Também apresentei o lendário programa Balancê, em 1988, com Osmar Santos e equipe. O Balancê transformou-se em Perdidos na Noite e destacou Fausto Silva (o Faustão, da TV Globo).

OS LIVROS ESCRITOS POR CACÁ

LM - Já foi repórter ou sempre foi locutor?
CF - Sempre narrador e apresentador. Mas considero - e digo isso aos alunos do Senac (assim como defendi no Manual dos Locutores Esportivos) que TODOS SOMOS REPÓRTERES. Sempre!

LM - Quando decidiu que ia ser narrador? Como foi que tudo aconteceu?
CF - Tinha apenas 10 anos e já sabia que meu destino estava sendo traçado quando ouvi a primeira transmissão de Osmar Santos, na Rádio Jovem Pan, em 1972.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Você acredita que o jornalista ser amigo da fonte ajuda ou atrapalha o trabalho?
CF - Acho a fonte necessária. Mas não pode haver off (como costuma dizer Milton Neves). No rádio esportivo, ser "amigão de jogador ou técnico" não é bom negócio na hora de se revelar alguma notícia importante.

LM - Em muitas empresas, existe a tradicional puxada de tapete. Você já se sentiu alvo de perseguição no meio? Sentiu-se traído?
CF - Várias vezes. Mas o "meio rádio/TV" não é muito diferente das outras empresas, não. Como sou budista, sei o quanto o ego costuma atrapalhar as pessoas doentias e ambiciosas ao extremo. Quem é de bem (e do bem) não se preocupa com essas bobagens dos seres humanos.

LM - Como é cobrir um grande evento como a Copa do Mundo e as Olimpíadas? Dorme-se pouco e trabalha-se muito? Qual a emoção?
CF - Emoção total e necessária. Estar num evento dessa magnitude ou no IBC mexem positivamente com o profissional. Dormimos pouco sim, mas acordamos com prazer único, com o prêmio de fazermos parte da história do esporte. Cobrir uma Olimpíada ou Copa é colocar uma medalha de ouro do jornalismo esportivo. Felizmente já tenho algumas rsss. (Cacá cobriu quatro Copas do Mundo, três Jogos Olimpícos, além dos Jogos Panamericanos, esportes motorizados e X-Games).

LM - Lembra-se de qual jogo narrou que mais o emocionou? Qual foi a maior emoção da sua carreira?
CF - Dificil escolher "o" jogo, ou "o" gol. Mas lembro a decisão da Copa dos Campeões da Europa de 1999 quando Bayern de Munique e Manchester United decidiram o título em Barcelona. Até os 45 minutos do segundo tempo o Bayern era campeão europeu, quando em 2 minutos o time inglês virou o jogo e levou a taça. Narrei esse jogo pela TV Cultura. Quanto à maior emoção, acho que foi narrar as 16 medalhas de Michael Phelps (14 ouros) nas piscinas de Atenas 2004 e Pequim 2008. Além do ouro de Cesar Cielo na última Olimpíada.

LM - Narrar outros esportes que não o futebol é mais fácil ou mais difícil para o locutor? Por quê? Quais exigem mais técnica?
CF - O livro Manual dos Locutores Esportivos mostra tudo isso em detalhes. Adoro narrar atletismo e natação. Futebol é domínio público de brasileiro por ser nosso primeiro esporte. Todo mundo quer narrar. Ser bom no microfone e preciso na descrição dos lances é outra história...

LM - O que faz para preservar a voz?
CF - Evito beber gelado. Uma cervejinha de vez em quando, após o jogo não faz mal nenhum. Mas recomendo bebidas quentes (conhaque, uísque moderadamente é ótimo), e muita água em temperatura ambiente.

LM - Como vê a guerra pela transmissão do futebol brasileiro em 2012? Acha certo um regime monopolista?
CF - Cartas marcadas. Apenas isso.

LM - Para os estudantes de jornalismo ou jornalistas recém-formados que pensam que o jornalismo é só televisão, o que tem a dizer? E o que falaria para aqueles que pensam que não vão trabalhar muito e nem aos finais de semana?
CF - Trabalharão com o que realmente gostam, todos os dias, quando escalados. A web é um portal aberto a todos os novos (e velhos) profissionais.

LM - O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar? Que sonhos profissionais ainda alimenta?
CF - Tenho enorme expectativa em narrar uma Copa e uma Olimpíada no Brasil. Nosso país vive grande momento, apesar dos desmandos políticos, do excesso de burocracia, impostos e corrupção.

LM - Você acredita que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
CF - Nasci em Santos, vi o fim da carreira de Pelé e, portanto, não há o que esconder. Também gosto do Bayern de Munique na Europa. Há quase 30 anos levei o Milton (Neves) para conhecer a sala de troféus do Santos, na Vila Belmiro. Ele - declaradamente santista - nunca tinha ido lá. Quem se sentir mais confortável em esconder o time, que o faça.

O LOCUTOR OSMAR SANTOS
É UM DOS ÍDOLOS DE CACÁ

LM - É muito difícil narrar e ter de controlar as emoções quando seu time joga? Tem uma técnica para ensinar aos jovens que estão começando na profissão?
CF - Tenho narrado as finais do Paulistão 2011 pela Bandnews FM e da Libertadores pelo Bandsports e, realmente, fazer os jogos do Santos não é tarefa fácil. Mas contra equipes brasileiras me mantenho neutro e imparcial pois sei o que é ser profissional. Quanto às técnicas, escrevi um livro único sobre o assunto, e não daria para falar isso em duas ou três palavras.

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
CF - Sempre fui fã de Osmar Santos, como já disse antes. Tive a sorte de trabalhar com pessoas e amigos fantásticos como Heródoto Barbeiro, Pedro Luiz, Hélio Ribeiro, e tantos outros.

LM - Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
CF - Muitas histórias. Recentemente lancei o livro "Rui Viotti: histórias do rádio, do esporte e da televisão" repleto de ótimas histórias sobre o nosso meio.

LM - É possível conciliar família e trabalho?
CF - Já fui casado duas vezes e não tenho filhos. É possível sim, desde que a esposa seja compreensiva e saiba que o domingo é o nosso dia mais sagrado.

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira, principalmente no jornalismo esportivo.
CF - Aproveite para buscar conhecimento além do Google. Leia, leia, leia muito e aprenda tudo o que puder e sempre que puder. Boa sorte e seja muito feliz. Sou muito agradecido por tudo que aprendi e vivi em minha profissão.

A segunda parte da entrevista com Carlos Fernando, mais aprofundada, será publicada na sexta-feira que vem, dia 03/06. Por enquanto, fica aqui meu agradecimento a essa simpática pessoa e brilhante profissional. Cacá é estudioso, letrado. Tem gabarito para estar onde está. Com um detalhe: muito educado e totalmente acessível. Sem marra, arrogância, ou indiferença com os colegas de profissão ou com o público.

Comprove o que digo e siga-o no Twitter: @cacafernando. Por hora, é isso. Semana que vem tem o segundo tempo desse bate-papo. Um forte abraço.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Administração do tempo é fundamental para o jornalista


Administrar bem o andamento dos ponteiros do relógio é uma tarefa árdua para qualquer profissional. No caso do jornalista, é fundamental fazer bom uso do tempo que, quase sempre, é pequeno para realizar tudo o que é necessário em uma jornada de trabalho

Normalmente, um jornalista de redação executa várias tarefas simultâneas. Apura informações, escreve, lê, decupa fitas, ajuda na edição. Dependendo da empresa e do veículo para os quais trabalha, chega a fazer mais de quatro pautas diárias (muito comum em jornal impresso e internet). É uma rotina, muitas vezes, estafante.

Tem gente que chega a desejar que o dia tenha 30 horas. Discordo. O volume de trabalho é que deve diminuir. Pelo bem da qualidade de vida. Na Inglaterra, por exemplo, existem horários fixos e rígidos de trabalho na mídia. Quando o horário aponta o final do expediente, o cinegrafista simplesmente desliga a câmera e vai embora. Esteja ele no meio de uma pauta importante ou não.

Acredito que não haja necessidade de tanto radicalismo, desde que a empresa também seja correta com o trabalhador e pague as devidas horas extras. Caso contrário, o radicalismo (da parte de TODOS) seria uma alternativa para provocar mudanças.

Mas, voltando ao tic-tac das horas, hoje, de fato, o tempo urge. Jornalista tem prazo para tudo e tempo para quase nada. O horário de fechamento é cruel e não espera. Não é à toa que o chamam de "dead-line", prazo final para a entrega dos materiais aos editores.

Por isso, cada minuto é precioso. Porém, se você, amigo leitor, trabalha com algo que dependa de terceiros, sabe como a situação é irritante. Depender dos outros significa não ter independência no trabalho. E, quando as coisas fogem ao seu controle, você não é o responsável direto por elas (embora seu chefe passe a cobrá-lo como se fosse). E, na maioria das vezes, ainda é obrigado a ouvir um sonoro "se vira"!

Quando um jornalista redige uma reportagem, para qualquer veículo que seja, ele sempre tem pressa. E muitas fontes não entendem isso. Portanto, fica aqui também um alerta para você, leitor, que é apenas curioso pelo meio jornalístico. Se, algum dia, um jornalista ligar para você pedindo uma entrevista, não demore a responder. Mesmo que a resposta seja negativa. Isso destrava o processo e o profissional da comunicação pode buscar outro entrevistado.

Mas, caso você possa atendê-lo com rapidez e prestatividade, o jornalista nunca vai esquecê-lo. E, com certeza, vai procurá-lo outras vezes para novas entrevistas, já que se mostrou tão prestativo na primeira oportunidade. Isso é muito ensinado em cursos de mídia training para diretores de empresas que desejam aparecer na mídia e divulgar a imagem do local onde trabalham.

Infelizmente, pelo grande estresse e pressão que sofrem, alguns jornalistas são rudes e grosseiros com as fontes que demoram a atendê-los ou que se negam a dar entrevistas. Isso é um erro. Uma prática abominável, que só afasta mais as fontes do profissional e o prejudica no mercado de trabalho. Por causa disso, algumas fontes até exigem que determinados jornalistas as entrevistem, pela maneira como tratam os entrevistados.

Para quem está começando, ficam essas preciosas dicas. Por mais estressado e pressionado que esteja, sempre é possível encontrar "tempo" para ser simpático e amável (na verdade, isso é mais um traço de personalidade e caráter do que uma simples falta de tempo).

Tenha calma que, no final das contas, a reportagem vai ser concluída. E não disperdice seu tempo bebendo cafezinhos, jogando conversa fora com subordinados, amigos ou patrões, ou mesmo lendo e-mails inúteis e fuçando na internet quando estiver cheio de coisas para fazer. Afinal, o tempo é implacável. E as horas só avançam. Nunca recuam. Forte abraço.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Fotos do Esporte na Rede do dia 23/05, com Capitão

Amigo leitor. Para você que sempre acompanha meu trabalho aqui no blog, sabe que hoje é dia de fotos do programa Esporte na Rede. Ontem, recebemos o ex-jogador de futebol, Capitão, que foi extremamente cordial com a nossa equipe.

O Esporte na Rede vai ao ar toda segunda-feira, AO VIVO, pela UPTV (www.uptv.com.br), a partir das 18h45. Mas para quem perdeu o programa na segunda, pode assisti-lo quando quiser no próprio site da emissora, no prazo de uma semana. Confira as fotos! Um forte abraço.


















segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma pausa no jornalismo para falar sobre português

 
Dias atrás, assisti a uma reportagem na TV Globo sobre um polêmico livro didático, de língua portuguesa, lançado pelo MEC (Ministério da Educação). O livro faz parte da coleção "Viver, APRENDER" (será?) e recebe o título "Por uma vida melhor".

A polêmica está no conteúdo, que ensina sim, de fato, as crianças a falarem de forma errada. Na página 14, o livro traz a seguinte lição. A frase "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" é considerada aceitável. E explica: "Na variedade popular, basta que a palavra 'os' esteja no plural. A língua portuguesa admite esta construção."

Fala-se, nesse caso, em forma adequada ou inadequada da língua e não em certo e errado. Tudo isso, para que o aluno não se sinta constrangido ao se expressar na escola. Mas na página 15, vem a contradição.

"Mas eu posso falar 'os livro'?" "Claro que pode." "Dependendo da situação, a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico." Ou seja, não pode falar coisíssima nenhuma! Isso é um absurdo! Imagina um orador na formatura da turma falando uma barbaridade dessas! Ora, se ele vai sofrer preconceito linguístico, então tem de aprender a maneira certa desde pequeno para evitar tal situação.

UM LIVRO QUE O MEC PODERIA INDICAR ÀS ESCOLAS

O que acontece é que o Brasil é um país muito paternalista. Tem dó de qualquer coisa. Tudo coração mole! A pessoa não pode se sentir constrangida nem passar vergonha. Mas isso é para o bem! Enxergando o erro, ela vai buscar o acerto! Caso contrário, vão ter dó do cidadão depois, quando ele tiver uma lacuna de conhecimento! Como vai conseguir um bom emprego?

Aqui, pode-se tudo. Será que o todo-poderoso do FMI, Dominique Strauss-Kahn seria preso no Brasil? Com certeza, não. Os ricos e poderosos aqui são estrelas de cinema e cheios de privilégios. Aqui tem político "impeachmado" que foi novamente eleito. Outro fingiu uma dor de estômago e saiu da prisão. Isso aqui é um país sério?

Uma das autoras do livro, Heloisa Cerri Ramos (sim, o nome dela é sem acento!), explica na reportagem que "não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário." Concordo. Não tem que decorar nada. Tem é que melhorar a maneira de ensinar o português nas escolas da forma correta.

Tem de mudar a didática. Os professores das escolas públicas precisam sim, ter a chance de fazer cursos pagos pelos estados e municípios. Precisam estar em constante formação, discutir mais aspectos pedagógicos.

Com uma didática melhor, fugindo da decoreba, os alunos aprendem sim. Eles devem ser estimulados a ler mais. Em literatura não tem nada escrito errado. E tem boas histórias. Mas, para que os alunos consigam aprender e estejam dispostos a frequentar as aulas, é preciso também que tenhamos escolas boas (não sucateadas), merenda servida direito, em horários certos (sem desvio de verba dos políticos), espaços bem cuidados, quadras para a prática de esportes.

Não há como formar um cidadão consciente em um espaço sujo, com insetos, comida estragada, móveis escolares quebrados, falta de material, de uniformes, de vagas! Para aprender, é preciso sentir-se bem. Estar em um espaço aprazível. Sem isso, o aluno dificilmente terá vontade e cabeça para aprender alguma coisa, seja com o ensino do português culto ou não!

E aí me vem o MEC com a brilhante frase "É preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar. E a escrita deve ser o espelho da fala". Por isso, não podemos falar "nós vai". Se tal fala for aceitável, essa construção vai aparecer também na escrita.

A ESCRITA CORRETA É ESSENCIAL PARA O SER HUMANO

O MEC completa: "A norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida em provas e avaliações". Ou seja, aí é para enlouqecer qualquer um! Posso falar errado, mas tenho de escrever certo? Quando você, amigo leitor, interpreta o enunciado de uma prova e pensa na resposta, o que você "ouve" no seu pensamento? Sua voz, claro. Se você se ouvir de forma errada, como vai escrever? Errado, óbvio. Mas acreditando que está certo.

Esse tipo de coisa só contribui para empobrecer uma das poucas coisas ricas que temos no país e que pertence a todos: a língua portuguesa. Coitadas das pessoas que tentam ou tentaram fazer um bem à sociedade como Pasquale Cipro Neto e o programa "Nossa Língua Portuguesa", na TV Cultura, ou Sérgio Nogueira, que participa do quadro "Soletrando", no programa "Caldeirão do Huck", da TV Globo. São mártires numa terra de ninguém.

Para encerrar. Vejo todos dias um festival de assassinatos à nossa língua mãe nas redes sociais como Twitter e Facebook. Erros ortográficos sérios (não me refiro a erros de digitação ou à maneira de se expressar na internet - quando esrcrevemos "eh" em vez de "é", por exemplo).

Pior do que isso, é ver jornalistas que cometem erros crassos. Deveriam todos morrer de fome. Mas agora, com tal medida do MEC, até isso está "aceitável". Como disse o jornalista Alexandre Garcia, em uma crônica brilhante, "nivelar a educação por baixo é nivelar as pessoas por baixo". Sinceramente, é uma imensa vergonha para mim. Desculpe o desabafo de um jornalista que prima pela boa escrita. Amanhã tem fotos do ER e, na quarta, volto a falar sobre jornalismo. Um forte abraço.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Blog entrevista o locutor Jota Júnior, do SporTV



José Francischangelis Júnior é o nome de um locutor famoso de rádio e TV que nasceu em Americana-SP, no dia 7 de dezembro de 1948. Cobriu inúmeros eventos esportivos nacionais e internacionais e tem uma voz agradável a qualquer ouvido (que mantém ativa com mel e gengibre).

Sua frase principal em um lance perigoso nos gramados é: "Arrisca, bate, goooolll". Narrou milhares de gols no futebol, pontos no vôlei e no basquete, além de apresentar centenas de programas de TV. Embora meu texto de introdução se pareça mais com uma página da Wikipédia, ainda estamos no blog, caro leitor.

E se você não está reconhecendo essa amável pessoa da mídia pelo nome, é porque jamais ouviu alguém chamá-lo assim no ar ou durante uma transmissão esportiva. Mas com a abreviação, fica fácil.

Jota Júnior tem 42 anos de carreira. Em execelente forma, ele admite em nosso bate-papo que, na mídia, existem pessoas vaidosas e egoístas, mas nunca foi desse time. Diz ainda que, nos tempos de extrema violência em que vivemos, é prudente que o jornalista não assuma seu time de coração, pois os torcedores rivais nunca entenderiam uma atitude emocional vinda de um profissional. Ainda que o trabalho seja totalmente isento.

Hoje, o locutor da Globo/SporTV quer ensinar aos mais jovens tudo o que aprendeu com a profissão. Razão pela qual respondeu cordialmente à entrevista deste blog, que fala sobre a carreira jornalística. Abaixo, nossa conversa na íntegra e, entre as palavras, fotos que relembram novos e velhos tempos deste brilhante profissional. Confira.

Leandro Martins - Você é jornalista?
Jota Júnior - Não sou jornalista formado em faculdade, pois quando me iniciei na carreira, 1969, não havia faculdade para isso. Porém, depois, 1974, cursei dois anos em Comunicações. Tenho o registro profissional no Ministério do Trabalho como RADIALISTA.

LM - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
JJ - Acho a faculdade muito importante para a formação técnica, acadêmica, do jornalista.  Não habilita totalmente o cidadão para exercer plenamente a profissão, assim como outras faculdades em outras áreas. Apenas com o correr do tempo é que vem a aptidão completa, a experiência.

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
JJ - Trabalhei no jornal "O Liberal", de Americana, fui colaborador da extinta "A Gazeta Esportiva" e revistas periódicas. Em rádio, atuei na Rádio Clube de Americana (hoje Rádio Você), Jornal de Limeira (hoje Mix), Rádio Brasil de Campinas, Gazeta de São Paulo e Bandeirantes SP. Em televisão, Bandeirantes entre 1983 e 1998, depois SporTV a partir de 1999 até os dias de hoje.

JOTA JÚNIOR NA BAND, NOS TEMPOS EM
QUE A EMISSORA ERA "O CANAL DO ESPORTE"

LM - Como é sua rotina hoje?
JJ - Nos dias atuais fico à inteira disposição das empresas Globo, mais especialmente o canal SporTV. Cumpro escalas em apresentação de programas e transmissões externas.

LM - Já foi repórter ou sempre foi locutor?
JJ - Um pouco antes de me iniciar como locutor, narrador, eu era redator de noticias e também repórter de campo.

LM - Quando decidiu que ia ser narrador? Como foi que tudo aconteceu?
JJ - Passei a narrar quando a rádio Clube perdeu seu locutor titular e me foi dada a incumbência em Americana. Comecei ali, em fins de 1969. Apesar do improviso e das circunstâncias, desde pequeno eu almejava narrar futebol em rádio.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Você acredita que o jornalista ser amigo da fonte ajuda ou atrapalha o trabalho? Em que sentido?
JJ - Todo jornalista deve ter suas fontes e não vejo problemas em existirem amizades nesses casos, desde que o profissional cumpra fielmente suas obrigações éticas e morais.

LM - Em muitas empresas, existe a tradicional puxada de tapete. Você já se sentiu alvo de perseguição no meio? Ou já fizeram alguma "sacanagem" com você?
JJ - O meio da mídia é totalmente inerente à vaidade, à competição, egoísmo e etc.  Por isso, há, algumas vezes, manobras para se conseguir esta ou aquela escala, uma viagem, entre outras coisas. Nunca participei disso e se algum dia fui prejudicado, não sei. O que sei é que a minha consciência sempre esteve limpa e tranquila quanto ao assunto aqui focado.

LM - Como é cobrir um grande evento como a Copa do Mundo e as Olimpíadas?
JJ - Importantíssimo o profissional do esporte cobrir Copas, Olimpíadas e eventos internacionais, que normalmente dão muito trabalho em função dos fusos horários e das dificuldades de comunicação fora do país. Mas é um trabalho árduo, gratificante. Cobri nove Copas e três Olimpíadas.

LM - Com tantos anos de carreira, lembra-se de qual jogo narrou que mais o emocionou?
JJ - Foram muitas as emoções na carreira, poderia destacar algumas, porém realço a decisão do terceiro lugar na Copa da Argentina, 1978, Brasil x Itália, que narrei pela Gazeta de SP.  Meu primeiro jogo de Seleção dentro de uma Copa, na minha primeira Copa.

LM - Narrar outros esportes que não o futebol é mais fácil ou mais difícil para o locutor? Por quê?
JJ - Narrar outros esportes sem ser futebol é importante demais. Faz com que o profissional estude, se prepare diferentemente, diversifique. O narrador cresce na profissão sabendo comunicar em várias modalidades esportivas. É um desafio gostoso e necessário.

LM - O que faz para preservar a voz?
JJ - Procuro preservar a voz com algumas técnicas aprendidas no dia-a-dia. Não grito, não elevo o tom de voz no cotidiano, evito gelados, faço uso de gengibre e mel diariamente, apelando para um bom gargarejo momentos antes das transmissões.

LM - O que falaria para os jornalistas recém-formados que pensam que não vão trabalhar muito e nem aos finais de semana?
JJ - Todo aquele que pretende ser jornalista de rádio e tevê, agora também a Internet, precisa saber que noticia não tem folga nos fins de semana, feriados e dias santos.  Ela acontece a todo instante e os órgãos de divulgação não fecham as portas às sextas-feiras. E o jornalista faz parte dessa máquina e desse mecanismo.

LM - O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar? Que sonhos profissionais ainda alimenta?
JJ - Minhas metas, nessa altura da minha vida, são as de continuar fazendo o trabalho com responsabilidade que ele exige. Fiz muitas coisas já, como eventos internacionais, viagens, experiências novas, mas hoje torço pela garotada que está chegando, emprestando o máximo de mim para que eles cresçam profissionalmente.

LM - Você acha que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
JJ - Nos dias atuais e do jeito que a violência impera também no futebol, é prudente que o profissional não divulgue seu time do coração. Poucas são as pessoas que entenderiam tal realidade. É inteligente e saudável preservar esse "segredo". (Eu sei qual é o time do Jota, mas como ele não contou, não sou eu que vou contar! hehehe)

LM - É muito difícil narrar e ter de controlar as emoções quando seu time joga? Tem uma técnica para ensinar aos jovens que estão começando na profissão?
JJ - Controlar a emoção narrando um jogo de futebol, excluindo seu lado sentimental clubístico, é de lei para o bom profissional. É só pensar que há duas torcidas acompanhando o trabalho e que ninguém pode ser discriminado na hora do relato. Se houver "um torcedor" apenas na escuta, pertencente ao time supostamente mais fraco ou mais inexpressivo, ele precisa ser respeitado. Não é justo pender para a equipe A ou equipe B. Não é responsável por parte do comunicador.

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
JJ - Admiro a muitos profissionais, contemporâneos e do passado. É arriscado citar um ou mais. São tantos.

 JOTA (C) NA COPA DE 1994, NOS EUA.
À ESQ., ELIA JR. E À DIR. ROBERTO RIVELLINO

LM - É possível conciliar família e trabalho? De que forma?
JJ - Sou casado, tenho 3 filhos e netos, minha mamãe ainda está entre nós, felizmente. É, sim, profundamente difícil ficar longe dos entes queridos. As viagens longas castigam os nossos corações e os dos entes queridos. Mas é da profissão. Precisa ser bem compreendido pelos familiares, e nesse aspecto nada posso reclamar. Sempre tive o apoio de todos eles.

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira, principalmente no jornalismo esportivo.
JJ - Minha mensagem final aos que pretendem enveredar pela carreira é simples e objetiva.  Vestir a camisa do compromisso com a verdade e do respeito a quem estiver te lendo, ouvindo ou assistindo. Não esmorecer ante às dificuldades naturais da carreira. É uma profissão que requer muita dedicação, empenho e lealdade aos princípios éticos.

Jota Júnior é das pessoas mais cordiais que atuam em uma grande empresa de mídia. Enquanto muita gente esnoba ouvintes e telespectadores ou não dá atenção a colegas de profissão menos favorecidos e que ainda buscam um lugar ao sol, Jota vai na contramão.

Extremamente cordial, sempre fala com tom pausado e sereno. Ele olha nos olhos enquanto conversa com alguém. Conheci o Jota no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, durante a transmissão de uma partida pela Série B do Campeonato Brasileiro em 2008. Jamais foi arrogante. Sempre atencioso. Trata todos de maneira igual e com respeito. É, realmente, uma pessoa muito distinta.

Agradeço profundamente pela entrevista e pelo carinho com a minha pessoa, meu trabalho e com este blog. Quem quiser seguir os passos do locutor, seu Twitter é @jotasportv. Sigam-me também no Twitter: @leandropress. Um forte abraço.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vergonha alheia: muitos jornalistas recebem propostas para trabalhar de graça



É uma pouca vergonha, mas acontece de verdade. Muitos jornalistas, não raras vezes, recebem propostas para trabalhar de graça. Principalmente nas mídias de bairro ou de cidades do interior. A prática é comum e os "empregadores" não fazem a menor cerimônia ao oferecer um cargo nestas condições. Para jornalistas iniciantes ou experientes, formados ou ainda na faculdade.

Outro dia mesmo, um amigo contou-me que havia sido aprovado para trabalhar numa rádio do interior de São Paulo. "Passei na entrevista", disse ele. Dei-lhe os parabéns. Mas, na sequência, desabafou: "estou frustrado. O emprego que me ofereceram é para trabalhar de graça".

Um absurdo! Pela proposta, meu amigo ganharia algum dinheiro somente se trouxesse anunciantes para o veículo. Como um autêntico vendedor. Uma coisa é montar um projeto, convidar alguns amigos a participarem e trabalharem para que aquilo vingue. Nesse caso, TODOS vão em busca de recursos e alternativas. E TODOS partem do zero. Sem dinheiro. Porém, conscientes disso. Acabam transformando-se em sócios de uma ideia, o que é muito válido.

Outra, é ser dono de um veículo de comunicação e "contratar" pessoas para um trabalho grátis, oferecendo em troca apenas o espaço de "aprendizado" (leia-se cobrança, como qualquer profissional tem). Ainda que o anúncio da vaga deixe bem claro que é sem remuneração, é um disparate. Não há sociedade. Nem com ideia, nem com projeto, nem com trabalho.

Há sim, exploração. O funcionário trabalha de graça enquanto o dono da tal rádio ganha um repórter. Ganha em cobertura, em conteúdo, em programação. Às custas de um trabalhador sem remuneração e sem encargos trabalhistas.

Muitos veículos de comunicação fazem tais absurdos. E não apenas os pequenos. Outro amigo confidenciou-me recentemente que trabalhou de graça durante um bom tempo em uma emissora de TV aberta de São Paulo, enquanto fazia graduação. A sensação que pairava no ambiente da empresa é que ele seria contratado assim que se formasse. Tão logo isso aconteceu e ele foi "despedido" (mesmo sem ter um cargo remunerado) no dia seguinte.

O mercado midiático já é estrangulado. E tal prática contribui para agravar a situação. Pois, pelo que pudemos observar, vagas até existem, mas não são preenchidas adequadamente ou mesmo dentro da legalidade. O Sindicato deveria ser mais atento a essas questões.

E os jornalistas mais conscientes. Sempre que receberem uma proposta dessas, gravem e denunciem ao Sindicato. É importante para ajudar a melhorar o mercado de trabalho. O estágio e a primeira oportunidade profissional são importantes na carreira, mas não a esse preço. Sinceramente, tem dias em que sinto muita vergonha alheia. E hoje foi um deles. Um forte abraço.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fotos do Eporte na Rede com José Renato Sátiro Santiago Jr.

Para quem acompanha o programa Esporte na Rede, aí vão as fotos da edição de ontem, com José Renato Sátiro Santiago Jr., autor do livro "Os Arquivos dos Campeonatos Brasileiros". Foi um bate-papo descontraído, com muita informação e análise.

O Esporte na Rede vai ao ar pela UPTV (www.uptv.com.br), AO VIVO, toda segunda-feira, às 18h45! Com participação do internauta em tempo real. Depois de exibido, o programa fica disponível no site da emissora por uma semana. Veja as imagens. Um forte abraço.