terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Mais um capítulo sobre jornalismo, mídia e mercado de trabalho


Amigo leitor, feliz ano novo! Nada como voltar a escrever aqui no blog depois de merecido descanso para as festas e a comilança de fim de ano. Comecei 2015 com questionamentos de duas leitoras que me procuraram com indagações sobre o mesmo assunto: mercado de trabalho no jornalismo.

Por e-mail, uma leitora de Minas Gerais, que está em São Paulo há cerca de três meses, queria saber como fazer para divulgar seu trabalho em emissoras de rádio e TV. Ela fez pós-graduação em jornalismo esportivo e está tentando se estabelecer na capital paulista, mas notou dificuldade em encontrar vagas na grande mídia.

Para ela, recomendei que, para se sustentar por aqui, comece procurando um emprego até em outra área se for o caso. Já que é preciso ganhar dinheiro para pagar as contas do mês. Paralelamente a isso, aí sim, tentar buscar um lugar ao sol no jornalismo. Com as tradicionais fitas debaixo do braço e batendo à porta (sim!) das grandes emissoras. Nunca se sabe quando uma dessas portas vai se abrir e uma oportunidade vai surgir.

A moça reclamava, ainda, de que os espaços em mídia parecem ser destinados a quem tem boas indicações. Como eu não sou uma pessoa influente, não tenho costas quentes e não tenho contatos decisivos na grande mídia, nunca fui indicado para qualquer vaga. E meu espaço conquistei assim, com trabalho, ralação, persistência e insistência. Sem preguiça e sem esmorecer.

Também disse a ela que um concurso público pode ser uma opção. Mesmo na área do jornalismo. Algumas vagas para jornalistas têm surgido nos últimos anos em concursos. Considero um avanço, já que, via de regra, muitas vagas de comunicação em repartições públicas são preenchidas com cargos comissionados (ou ditos "de confiança"), uma vez que a comunicação é considerada como um setor estratégico de políticos e governos.

A outra leitora conversou comigo via Facebook. Queria saber como está o mercado em mídia e queria um conselho se devia ou não cursar jornalismo na faculdade. Como sempre, sou muito tranquilo para responder essa questão. Sou realista, sem ser pessimista, otimista ou mensageiro do apocalipse.

O mercado em mídia tem ciclos. Alguns mais expansivos, outros de maior retração. Hoje, especificamente neste momento, com a internet e a mudança da maneira do público de consumir informação, o cenário é de retração. Jornais, rádios e emissoras de TV estão demitindo muito mais do que contratando.

As vagas são poucas, poderiam existir mais. Mas o mercado é acirrado e restrito. A concorrência e a relação entre quantidade de vagas oferecidas e a procura por elas é injusta e desproporcional. Resultado: um mercado por vezes prostituído, com baixos salários, jornadas longas e sem a devida valorização ou reconhecimento do funcionário.

Perguntei à moça o que ela imagina na profissão: ganhar muito dinheiro ou fazer o que gosta? Sim, primeiro é preciso escolher uma das opções para, só depois, com anos de estrada, conseguir unir as duas. Ela disse que queria fazer jornalismo porque era o que gostava.

Minhas recomendações quanto a isso são: se você quiser ganhar muito dinheiro e rápido, seu lugar não é em mídia e jornalismo. Dinheiro sempre vem sim, como consequência de seu talento e de seu trabalho. Mas leva tempo. Como acredito que seja em qualquer profissão. Mas, no jornalismo, o tempo para se ganhar bem é maior, justamente pelas dificuldades do mercado. Segunda recomendação - feita para as pessoas que querem fazer o que gostam, independentemente do dinheiro: é sonho? Busque a realização.

Não importa o que lhe digam, quanto queiram lhe desanimar, o quanto de praga lhe roguem. Se for sonho, ainda mais de criança, procure realizar. O dinheiro é muito importante no trabalho e hiper bem-vindo.

Mas a felicidade profissional não se faz apenas com dinheiro. E sim com a disposição para o trabalho. Quando você acordar pela manhã, tem de ir para a empresa em que trabalha feliz, sereno e não com a sensação de que está indo para o matadouro feito gado. O bom trabalho é aquele que vai fazer você querer estar lá! Pense nisso! Boa reflexão e um feliz 2015! Um forte abraço.

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