terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A pobre visão da Globo sobre o esporte brasileiro


No último domingo (25), o Palmeiras realizou um jogo amistoso em seu novo estádio, o Allianz Parque. O adversário era o Red Bull Brasil, time recém-promovido à primeira divisão do Campeonato Paulista.

O evento teve transmissão ao vivo do canal SporTV, que pertence às Organizações Globo. Rígida na parte comercial, a Globo não pronuncia nomes de equipes, locais ou eventos que tenham algum apelo comercial. No caso da partida amistosa, tanto o estádio onde aconteceu o jogo como o nome de uma das equipes estão vinculados a empresas e, por isso, recebem o nome de marcas.

Seguindo a política interna da emissora, o narrador Linhares Júnior transformou o nome Red Bull em RB Brasil. E o Allianz Parque virou Arena Palmeiras. A mesma emissora teve a mesma atitude em outras modalidades esportivas que não o futebol. O voleibol, por exemplo, é recheado de equipes com nomes de empresas. E, no automobilismo, mais precisamente na Fórmula-1, a Red Bull Racing virou RBR.

Oras, quando uma empresa patrocina uma equipe, evento ou atleta de qualquer modalidade, espera que sua marca ganhe visibilidade e atinja o grande público. Isso pode, por exemplo, acontecer pelo contato visual, pela exibição da imagem de um logotipo no vídeo, em fotos de jornais, internet, camisetas ou mesmo em faixas e banners nos locais dos eventos.

Outra possibilidade é a sonora, ou seja, quando locutores, jornalistas, comentaristas, repórteres falam o nome da marca fantasia que apoia aquela modalidade, evento, atleta ou time, justamente por fazer parte do nome.

Ainda que, do ponto de vista comercial, a Globo tenha sido rigorosamente correta em não misturar jornalismo e setor comercial, foi extremamente incorreta ao negar uma informação ao telespectador. A informação precisa passa por dizer o nome da equipe e do local tais como sejam chamados. Se ambos têm o nome de uma empresa, paciência.

Imagine que você, amigo leitor, tenha ouvido o nome RB Brasil na TV. Toma aquilo como informação e, no dia seguinte, vai buscar na internet este nome para fazer uma pesquisa e saber mais sobre a equipe. Não vai encontrar nada! Isso é informação errada! E não há nada mais abominável para o jornalismo do que informação errada!

Pior do que isso, foi a emissora ter modificado o distintivo do Red Bull, só porque aparecia o nome por escrito (foto - reprodução SporTV). Isso é pior do que dar informação errada. É desinformar literalmente o público. É dilapidar e depredar um símbolo. Uma atitude pequena e mesquinha.

Ao agir desta maneira, os patrocinadores que não aparecem na maior emissora de TV do país e terceira do mundo, acabam não vendo vantagem em apoiar o esporte brasileiro. E deixam de investir.

Não bastasse a crise econômica em que nos encontramos, ainda temos de conviver com este tipo de mesquinharia e pequenez. Ser isento é uma coisa. Respeitar os limites éticos entre o departamento comercial e o jornalístico é outra. E desinformar o público é outra.

O esporte brasileiro merecia um tratamento melhor por parte da emissora que, contraditoriamente, detém os direitos de transmissão de várias modalidades e competições com exclusividade. Só tenho a lamentar. Um forte abraço.

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