segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O repórter que roubava perguntas


Se hoje a moda é assistir ao filme "A menina que roubava livros", saiba, amigo leitor, que existem repórteres que roubam perguntas. Algumas vezes, intencionalmente, outras, sem intenção. Já vivi as duas situações e, semana passada, isso também aconteceu com meu colega de profissão, Rafael Jacobucci, repórter da Web Rádio Esporte na Rede. Explico.

Quando falamos com autoridades, artistas, jogadores de futebol, técnicos, atletas e outras pessoas que tenham um certo reconhecimento popular, é comum participarmos das chamadas entrevistas coletivas.

Quando há organização, normalmente existe uma mesa, na qual os entrevistados ficam juntamente com os milhares de microfones e gravadores de diversas emissoras. Quando não há organização, o entrevistado fica em pé, em qualquer lugar, até mesmo na rua, cercado por um amontoado de repórteres com microfones, câmeras, gravadores e máquinas fotográficas.

Geralmente, nas entrevistas coletivas, cada repórter tem direito a fazer uma questão. Por isso, é importante estar antenado, bem informado e, acima de tudo, inspirado para, além de não passar em branco, contribuir de maneira importante para a entrevista. Leia-se: fazer uma pergunta decente e inteligente.

Às vezes, antes de o entrevistado chegar, é normal que os repórteres conversem entre si. Sobre tudo. Desde amenidades até o novo corte de gastos que a empresa deve fazer. E aí, alguns jornalistas costumam entregar o ouro para o bandido e falam para o colega o assunto que pretendem perguntar na coletiva.

Na verdade, a intenção do repórter, ao dizer para o colega o tema que pretende usar coletiva, é a seguinte: "olha, amigo, vou falar sobre isso; portanto, não pergunte nada parecido, ok?". Mas, alguns destes coleguinhas fazem justamente o contrário e roubam a pergunta do outro jornalista. Principalmente, se ela for melhor do que a que ele havia pensado. E mais ainda, se a vez dele de perguntar vier primeiro que a do "amigo".

Nas coletivas, existe uma ordem de quem pode fazer as primeiras perguntas. Geralmente, emissoras de TV são atendidas em primeiro lugar. Depois vem rádio e depois a imprensa escrita. Também tem prioridade, dentro destes segmentos, quem está ao vivo. E claro, quem estiver representando as emissoras mais consagradas. Justo. Isso é status adquirido.

Pois bem. Embora às vezes aconteça essa situação desagradável de um colega seu roubar sua pergunta propositadamente, também é possível que isso aconteça sem intenção. Meu amigo Rafael Jacobucci, que citei acima, esteve na coletiva de imprensa do São Paulo após o jogo contra a Portuguesa, válido pelo Campeonato Paulista.

O entrevistado era o técnico Muricy Ramalho. Jacobucci iria fazer uma pergunta, mas a assessora do clube pediu licença para que uma outra colega, de uma grande emissora, perguntasse primeiro. Eles não haviam conversado. Mas ela abordou exatamente o tema que Jacobucci iria usar como mote de sua pergunta. Absolutamente sem intenção. Acontece.

E o que devemos fazer nesse caso? Ter sempre um plano B na manga. Em coletivas, é preciso sempre ir munido de duas ou três perguntas. Todas boas e inteligentes, de preferência. Assim, você mostra bom preparo profissional e evita a surpresa de ser vítima do "repórter que rouba perguntas" (com ou sem intenção). Ossos do ofício. Um forte abraço.

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