segunda-feira, 16 de maio de 2011

O "padrão Globo" muda o jeito de falar de alguns jornalistas



Sinto-me muito à vontade para falar sobre o tema, pois sempre elogiei o tal "padrão Globo" de qualidade. Mas hoje vou fazer uma crítica. Infelizmente, a emissora "encarioca" o modo como os jornalistas pronunciam as palavras.

Assistindo ao Bom Dia São Paulo em certa ocasião, percebi isso em uma colega de faculdade, hoje repórter da TV Globo. A Sabina Simonato, que é da região do ABC Paulista, pronunciava o "erre" normal, como os paulistas falam. Mas, depois integrar o quadro de funcionários da "Toda Poderosa", passou a falar quase com sotaque carioca, ao chamar a apresentadora Carrrrrrla Vilhena.

Parece ser uma obrigação que todos na Globo falem com aquele "erre" arrastado. É chato ouvir as pessoas falando sempre da mesma maneira. Em cada região do Brasil, há uma maneira de falar. E a Globo não respeita isso. Padronizou o sotaque carioca como regra. Todos os telespectadores têm de ouvir as palavras pronunciadas assim. E ponto final.

Não tenho nada contra os cariocas, mas não há a menor necessidade de mudar a maneira como as pessoas falam. Algumas gírias ou expressões tipicamente regionais sim, podem atrapalhar a compreensão do conteúdo de uma reportagem nacional. Para isso, deve haver um manual. Mas para o modo de falar não. Isso em nada prejudica o entendimento da matéria.

Pronunciar as palavras com clareza é necessário. Uma fonoaudióloga pode ajudar. Agora expandir o sotaque carioca para o restante do país é bobagem. É gostoso ouvir a maneira como as pessoas das diferentes regiões do Brasil falam. E isso é absolutamente ignorado.

Jornalistas e alguns outros profissionais da mídia têm, às vezes, o péssimo hábito de achar que sabem o que o telespectador quer ver. "Não vamos dar essa notícia, não é de interesse do telespectador", dizem. Como eles podem saber? Eu não quero ver todo mundo com o mesmo sotaque, mas, na Globo, sou obrigado! E ninguém nunca me perguntou o que eu queria ver! É uma opção da emissora padronizar a fala. Mas deixo claro que sou contra. Um forte abraço.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Blog entrevista jornalista Roberta Migliolo, da Rádio SulAmérica Trânsito



Quem vive e trabalha na capital paulista ou na chamada região da Grande São Paulo sabe: o trânsito é um dos motivos de maior irritação das pessoas. Se você, amigo leitor, não mora perto de onde trabalha, entende bem o que está escrito aqui. Para alguns, o deslocamento até o trabalho pode levar duas horas ou mais. Quatro horas no dia, se a volta para casa for na famosa hora do rush.

Para ajudar a resolver o problema caótico, que deveria ser alvo de estudo e de ações políticas também dos governantes, o Grupo Bandeirantes, em parceria com a SulAmérica Seguros, decidiu criar uma rádio específica sobre o assunto.

Há mais de quatro anos no ar, a Rádio SulAmérica Trânsito ajuda milhares de motoristas todos os dias a fugirem dos imensos congestionamentos que se formam nos principais centros urbanos da Grande São Paulo, especialmente na capital.

Com a criação de uma rádio segmentada, o mercado de trabalho jornalístico e midiático ganhou novas vagas e abriu espaço para jovens e experientes profissionais da comunicação. Na ala da juventude, está Roberta Migliolo. Aos 28 anos, a jornalista, formada pela UNIMEP (Piracicaba – SP) em 2005, já passou por diversas emissoras de rádio e TV, além de ter trabalhado com assessoria de imprensa.

Amante da profissão e dos estudos, ela cursa Especialização em Marketing Político e Propaganda Eleitoral pela ECA – USP (último ano) e não quer parar por aí. Tem ambição de ser assessora política e fazer coberturas fora do país. "Jornalista por formação e por amor" como ela mesma se define, Roberta Migliolo é a entrevistada de hoje do blog. Confira na íntegra nosso bate-papo.

Leandro Martins - O que achou do curso de graduação quando estudou jornalismo?
Roberta Migliolo - Gostei do curso desde o primeiro semestre e as disciplinas mais teóricas foram essenciais para o bom desenvolvimento da prática, mesmo sendo a favor de aulas que retratam mais a realidade nas ruas e em uma redação do jornalista.

LM - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
RM - Depende do comprometimento e vontade do futuro profissional. E em minha opinião, é fundamental cursar a graduação.

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
RM - Rádio Educativa – FM Municipal 105,9, Terra Vídeo Produções, Natural Soluções Setoriais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA) - todos esses em Piracicaba/SP e como estagiária de jornalismo. Depois, fui assessora de comunicação na mesma escola, mas no Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial / ESALQ – LOG. Aí passei à produção e reportagem na TV Bandeirantes de Piracicaba e região. Em seguida, fui para a Rádio Você AM 580, de Americana e região. Mais tarde, fui Assessora de Imprensa da Presidência do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba - SEMAE. Hoje, estou na Rádio BandNews FM, na Rádio Sulamérica Trânsito (ambas do Grupo Bandeirantes) e apresento o programa Talk News, na Bola Rádio, da Igreja Bola de Neve (todas em São Paulo).

SIGA A RÁDIO SULAMÉRICA TRÂNSITO
NO TWITTER: @RSTNOAR

LM - Como é sua rotina hoje?
RM - Durante a semana apresento o Talk News às segundas e terças das 17 às 18h. Faço aulas de jazz pelo menos uma vez na semana. Faço as reportagens da RST de segunda a sexta, das 7 às 13h. Aos sábados, vou para a USP no curso de Marketing Político. Gosto e vou ao cinema/teatro e em reuniões com os amigos, sempre que tenho um tempinho.

LM - Qual área do jornalismo gosta mais?
RM - Gosto de todas, em especial as editorias de política e cultura. No Talk News falo de tudo e na RST e BandNews FM falo de trânsito.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Você acredita que o jornalista ser amigo da fonte ajuda ou atrapalha o trabalho?
RM - É normal e muito bom fazer novos amigos. Tenho vários amigos que antes eram somente fontes. Sabendo manter a relação profissional de igual para igual, não vejo problema e nunca tive problemas.

LM - Você já se sentiu alvo de perseguição no meio?
RM - Nunca me senti alvo de perseguição e nada do tipo.

LM - O que acha de uma rádio específica sobre trânsito em São Paulo?
RM - A RST é um case de sucesso, trouxe e traz oportunidades a novos profissionais, ajuda milhares de motoristas na capital. Para alguns ouvintes somos como anjos do trânsito (fico lisonjeada), mas apenas faço meu trabalho de prestação de informação/serviço.

O dia a dia é bastante agitado e o repórter precisa ser ágil, pensar rápido quando vai em busca de uma rota alternativa, estar todo o tempo ligado nas informações do âncora e dos próprios ouvintes. É preciso gostar do que faz, afinal, enfrentar o trânsito de São Paulo não é fácil e é um dos problemas mais caóticos da grande cidade.

Falamos de trânsito todos os dias, ou seja, um mesmo assunto sempre. Se não tivermos amor pelo trabalho e credibilidade para informar, fica difícil. Sei que cada profissional da RST tem isso e não é à toa que somos a segunda rádio mais ouvida em termos jornalísticos e a quarta mais tocada nos carros da cidade.

LM - Como vê a guerra pela transmissão do futebol brasileiro em 2012? Acha certo um regime monopolista?
RM - Não é legal a ideia de regime monopolista, mas sabemos que cada emissora busca sua audiência e o telespectador tem total liberdade para escolher o que quer assistir e em qual canal. Lógico que se todas as emissoras pudessem transmitir o futebol seria interessante, só que por outro lado, não teríamos a concorrência e nem mesmo poderíamos escolher o que assistir. Já pensou todos os canais transmitindo a mesma coisa?

LM - Para os estudantes de jornalismo ou jornalistas recém-formados que pensam que o jornalismo é só televisão, o que tem a dizer? E o que falaria para aqueles que pensam que não vão trabalhar muito e nem aos finais de semana?
RM - Ser jornalista é muito mais do que aparecer em uma tela quadrada. Ser jornalista é viver de perto, é presenciar cada dificuldade, cada alegria do seu entrevistado. É retratar aquilo que você viu, ouviu e ser o meio de campo entre o entrevistado e a população que espera ansiosa o noticiário diário. Fazer com amor e fazer o que gosta não tem preço. E é por isso que o jornalista precisa ter muito amor. Ser jornalista é trabalhar aos finais de semana, feriados e fim de ano para a população ficar informada.

LM - O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar? Que sonhos profissionais ainda alimenta?
RM - Gostaria de assessorar um político consolidado na carreira, além de continuar a minha carreira no rádio e fazer grandes coberturas fora do Brasil, entre outras reportagens.

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
RM - Ricardo Boechat, Luiz Megale, Maria Tereza Cruz, Evaristo Costa, Marília Gabriela, Sandra Annenberg, Heródoto Barbeiro, entre outros.

ALGUNS JORNALISTAS ADMIRADOS POR ROBERTA

LM - Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
RM - Uma vez tive que entrevistar o José Serra e em meio ao tumulto não conseguia chegar perto dele e nem mesmo alcançar o microfone ao ponto de captar as informações com clareza. Olhei ao meu redor e percebi que estava fora da roda onde o meu alvo estava no meio (quem vai a coletivas de políticos sabe o que é isso) e para não chegar na redação sem a entrevista, passei por debaixo das pernas de um cinegrafista e sai na cara do gol (risos). Ser pequena tem lá suas vantagens!

LM - É possível conciliar família e trabalho?
RM - Não tenho filhos, não sou casada, mas tenho saudades da família que está no interior. Mensagens e telefonemas durante a semana amenizam o sentimento e as visitas aos finais de semana matam a saudade. Sempre que posso estou com eles.

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira no jornalismo.
RM - Queira e faça por e com amor que dá certo.

Para quem quiser acompanhar mais de perto a simpática jornalista, pode ler seu blog http://robertamigliolo.blogspot.com. Um forte abraço e até segunda!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Jornalistas reclamam e Folha de S. Paulo deverá rever carga horária



Na seção de entrevistas, que publico toda sexta-feira neste blog, uma das perguntas que sempre faço é como tem sido a rotina de trabalho do profissional que estou entrevistando. Entre outras coisas, costumo indagar também aos colegas qual o horário que eles cumprem na jornada diária.

Não são poucos que me respondem com a seguinte afirmação: "eu tenho hora para entrar, já para sair..." É um mal do jornalismo. Muita gente da mídia fala que tem apenas "hora para entrar". E alguns ainda sorriem e sentem orgulho disso. Ninguém sequer mostra indignação ou revolta. O medo de perder o emprego é maior do que pleitear boas condições de trabalho e melhor qualidade de vida. Nem se cogitam greves.

Uma pena. Não sei o que é mais revoltante. Um veículo fazer do profissional um escravo ou aceitar tudo isso de cabeça baixa. Jornalista também tem carga horária a ser cumprida. Ninguém é escravo. E quando precisa trabalhar na jornada além do tempo previsto em contrato, deve receber hora extra. Nada de banco de horas. Esse banco não tem dinheiro e não paga as contas de ninguém no fim do mês.

O site Comunique-se publicou, no dia 14 de abril, reportagem dizendo que o jornal Folha de S. Paulo terá de apresentar um controle sobre a carga horária dos jornalistas. Alguns profissionais reclamaram das condições de trabalho e denunciaram ao Sindicato que vinham tendo jornadas de 12 a 15 horas, sem direito ao famigerado banco de horas ou o pagamento de horas extras. Um absurdo.

Ainda de acordo com a reportagem do site, cada jornalista era responsável por mais de oito pautas diárias. Segundo o jornal, o volume de trabalho aumentou após a integração das redações da Folha e do jornal Agora SP.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo deu um prazo de 90 dias para que o veículo de comunicação reveja a postura e "coloque a casa em ordem". A decisão foi tomada em reunião mediada pela Secretaria Regional do Trabalho. Duvido que isso vá acontecer.

E, mesmo que aconteça, sempre encontram uma maneira de burlar o texto da lei. Amigos jornalistas iniciantes ou estudantes aspirantes a esta carreira, sejam bem-vindos à dura realidade da profissão. Toda vez que leio estes relatos ou converso com profissionais que trabalham em grandes conglomerados de comunicação tenho menos vontade de estar nas mídias mais conhecidas.

Não compensa. Para entrar e ter medo de perder o emprego ou me sujeitar ao "chicote" midiático, prefiro ficar na minha. É uma desilusão. Não tem glamour nenhum. Apenas muito suor. Não raras vezes, mais do que o necessário. A "classe" é desunida. E parece que o jornalista se acostumou a trabalhar excessivamente. O que é péssimo.

Tem gente que tem família, filhos. Precisa sustentar a casa. Aí não pode largar o emprego que o suga completamente. Mais tarde, junta algum dinheirinho suado que, pela falta de qualidade de vida, acaba sendo gasto para recuperar a saúde. Isso Dalai Lama já disse. "Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde". Mas isso precisa mudar. Na Folha de S. Paulo ou em qualquer outro lugar. Um forte abraço.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fotos do Esporte na Rede com Capitão

Nesta segunda-feira, dia 09/05, Capitão, ex-volante da Lusa, esteve no estúdio do Esporte na Rede. Ele chegou apenas no segundo bloco da atração e, por isso, já está convidado a voltar. Oleúde José Ribeiro estará novamente no Esporte na Rede no próximo dia 23 de maio.

Em pauta, a rodada de estreia do Barsileirão 2011, Copa do Brasil e Copa Libertadores da América. Vai ser 1 hora de bate-papo descontraído, bem humorado e cheio de informação para você! Acesse www.uptv.com.br. O programa é ao vivo, toda segunda, às 18h45.

E se você perdeu alguma edição, pode rever no site. O programa fica armazenado lá por uma semana, até que o novo inédito entre no ar. Fique com algumas fotos do programa de estreia e com as de ontem. Forte abraço.
























segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mais um capítulo sobre a transmissão do futebol brasileiro



Mais uma vez, a TV Globo vai transmitir com exclusividade os jogos do Campeonato Brasileiro até 2015. O monopólio continua. O contrato do Clube dos 13 com a Rede Tv! foi julgado inválido e a emissora dos Marinho conseguiu fechar acordo individual de direito de imagem com cada clube da Série A.

Porém, por conta do desgaste vivenciado com as emissoras rivais, a Globo deve ter pulso firme sobre o produto que adquiriu. A cobertura por outras emissoras de TV nos estádios, que já era limitada por conta da exclusividade global, pode ficar ainda mais restrita.

Segundo o blog do jornalista Anderson Cheni, da Rádio Capital e da RIT TV (http://cheninocampo.blogspot.com/), as emissoras de rádio só poderiam colocar um repórter em campo durante as transmissões. Normalmente, ficam dois repórteres; um atrás de cada gol.

O mesmo valerá para as outras emissoras de TV, que só poderiam ter um repórter e um cinegrafista em campo. Além das mudanças na Série A, há rumores de que a "toda poderosa" vai tirar a transmissão da Série B da Rede TV! por conta da guerra com o Clube dos 13.

O monopólio é lamentável e traz consequências sérias aos profissionais de mídia e aos telespectadores. Para os primeiros, diminuem ainda mais as vagas em um concorrido e estrangulado mercado de trabalho. Pior do que isso, as emissoras que não conseguirem manter jornalistas no quadro de funcionários, irão demiti-los.

Para quem assiste os jogos pela TV, não terá a possibilidade de escolha de curtir o futebol com o narrador que mais gosta, o repórter e o comentarista que mais admira. É a ditadura da exclusividade. Ruim para quem assiste, ruim para quem trabalha, ruim para a pluralidade. Um forte abraço.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Blog entrevista jornalista Sylvio Montenegro




Com 28 anos de carreira, ele é jornalista formado e diplomado pela Metodista, em 1989. Tem pós-graduação em Comunicação e Marketing pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Foi, até pouco tempo, repórter esportivo da TV Gazeta e, hoje, é assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.

"Ferino, mas doce", como ele mesmo se intitula, Sylvio Montenegro acredita que a faculdade NÃO prepara bem o jornalista para o mercado. E ainda aconselha os que não conseguem conciliar família com a profissão a fazer terapia. Sincero e contundente, o assessor de imprensa foi um dos entrevistados deste blog que melhor concatenou as ideias por escrito. Resultado de seu estudo e inteligência. Uma leitura obrigatória para quem pretende iniciar na carreira jornalística. Acompanhe o bate-papo.

Leandro Martins - O que achou do curso de graduação quando estudou jornalismo?
Sylvio Montenegro - A passagem pela Universidade foi uma experiência muito boa em todos os sentidos. Na questão acadêmica específica, deixou a desejar, mas não foi tão ruim assim. À época, a Metodista era considerada uma das duas melhores faculdades de comunicação do Brasil ao lado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

LM - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
SM - Não. Não prepara bem não, mas tem melhorado a olhos vistos e sempre é um início de caminho. Nesse caso, um início bastante desejável.

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
SM - Rádio Manchete do Recife, Rádio Globo do Recife, Diário do Grande ABC, Folha de S. Paulo, Rede Gazeta de Televisão, Rádio Gazeta, Rádio Trianon, Terra TV (Portal Terra), entre outros...

LM - Como é sua rotina hoje?
SM - Hoje sou assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, com o horário característico da profissão (24 horas plugado em celulares, rádio-comunicadores, computadores) e, in loco, durante todo o dia.

LM - Ainda está no esporte?
SM - Neste momento só comento um pouco de esportes no meu blog pessoal (não jornalístico): "Ferino, Mas Doce!!!" (http://ferinomasdoce.blogspot.com/), mas continuo bem antenado no meio.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Você acredita que o jornalista ser amigo da fonte ajuda ou atrapalha o trabalho?
SM - Olha... Acredito que não exista "receita de bolo" para coisa nenhuma nesta vida. O jornalista pode ter vários amigos no seu círculo de fontes e ser um profissional extremamente correto e íntegro. E pode não conhecer absolutamente ninguém intimamente e não ter essas qualidades. Nesse quesito, eu diria, o jornalista deve ser honesto (como se isso não fosse obrigação de qualquer cidadão... hehehe).



HOJE, SYLVIO É ASSESSOR DE IMPRENSA
DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

LM - Você já se sentiu alvo de perseguição no meio? Ou já fizeram alguma "sacanagem" com vc? Sentiu-se traído?
SM - Não. Pelo contrário. Sempre tive ótimos colegas e ambientes de trabalho, tanto nas redações por onde passei, quanto nas coberturas que participei.

LM - Você já cobriu Copa do Mundo ou Olimpíada? É muito trabalhoso?
SM - Infelizmente não tive oportunidade de cobrir nenhum desses eventos no local de suas realizações, apenas fazendo a cobertura daqui do Brasil mesmo. Mas posso dizer que, em época desses eventos, não tem quem trabalhe pouco nas Editorias de Esportes. Nem quem vai, nem quem fica.

LM - Como vê a guerra pela transmissão do futebol brasileiro em 2012? Acha certo um regime monopolista?
SM - Isso é briga de cachorro grande. Tem muito interesse por todos os lados. O que eu diria, como jornalista é que quanto mais gente estiver fazendo, mais espaço de trabalho haverá para todos e mais opções para os telespectadores que já não aguentam mais as mesmas ladainhas televisivas.

LM - Para os estudantes de jornalismo ou jornalistas recém-formados que pensam que o jornalismo é só televisão, o que tem a dizer? E o que falaria para aqueles que pensam que não vão trabalhar muito e nem aos finais de semana?
SM - Quem acha que o jornalismo é só televisão é bom acordar para a vida, uma vez que a televisão, apesar de ser o mais massificante dos meios de comunicações, está cada dia mais longe de ser "a" opção de trabalho e de informações e entretenimentos. Já quanto a não trabalhar muito e nem nos finais de semana... só me vem uma expressão muito usada ultimamente na internet: "Aham...".

LM - O que gostaria de fazer na carreira e ainda não conseguiu realizar?
SM - A cobertura da Copa no Brasil será um grande sonho.

LM - Você acha que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
SM - Mais uma vez digo que não existe "receita de bolo" para nada. Eu sempre assumi, modéstia à parte, minha "santissidade". Nunca tive nenhum problema por isso. Pelo contrário. Mesmo em meio a coberturas difíceis com várias torcidas organizadas (Gaviões, Mancha, Independente, Jovem, Leões) sempre fui muito respeitado exatamente por responder claramente quando essa pergunta era feita, mesmo em jogos desses clubes contra o Santos. Acredito que, ao me declarar, o leitor, ouvinte, telespectador, internauta ficam com uma informação a mais. Jornalista tem que dizer a verdade. Mas quem não declara está no seu direito também.

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
SM - Aí fica difícil. Depois de tantos anos na profissão, com tantos amigos e colegas excepcionais... Vou citar um que talvez nem saiba de sua importância para mim, já que não nos falamos há décadas: Márcio Calafiori. Quando fui trabalhar no Diário do Grande ABC, foi ele quem me colocou no caminho do texto jornalístico. Não esqueço nunca disso. Se não me engano, hoje ele está professor em Santos.




JORNALISTA MÁRCIO CALAFIORI
AJUDOU SYLVIO NO ÍNICIO DE CARREIRA

LM - Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
SM - Uma entrevista com o médico do Santos, Dr. Braga... Havia um jogador do Peixe que estava contundido para um jogo que iria acontecer e todo mundo em cima dele querendo saber se o cara ia jogar ou não. O Dr. Braga, uma pessoa muito legal e profissional, se enrolou todo com os números e as probabilidades. "Olha... De zero a dez eu diria que ele tem 85% de chance de jogar". Paramos a entrevista algumas vezes para mostrar a ele que de "zero a dez" não existia "85"... Aí ele mudava dizendo que "em termos percentuais, já que é isso que vocês querem, ele tem um número oito de chances". A entrevista ficou hilária. A minha foi para o ar na íntegra e o estúdio inteiro ria muito.

LM - É possível conciliar família e trabalho? Tem filhos?
SM - Para quem não consegue conciliar família e trabalho eu aconselho terapia. E vale para descanso... Diversão... Aprendizado... Espiritualidade... Dá tempo para tudo. Sou divorciado. Tenho dois filhos. Um de 23 anos, que estuda Direito no Largo de São Francisco, e outro de cinco anos, que acaba de entrar no primeiro ano do Ensino Fundamental. Os dois são santistas. Agradeço ao Giovanni e ao Edinho pelo mais velho e, pelo mais novo, ao Neymar e ao PH Ganso, apesar de achar que o Ganso está mais para ser afogado ultimamente.

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira, principalmente no jornalismo esportivo.
SM - Seja persistente. Não desista. Corra atrás dos seus sonhos. O máximo que pode acontecer é você não conseguir. Fracasso é nem tentar.

LM - Algo mais que gostaria de destacar?
SM - Gostaria de agradecer aos colegas e amigos que sempre me trataram de forma respeitosa e, mais que isso, carinhosa. Ah... Agradeço ao Charles Miller também (inglês que trouxe o futebol para o Brasil).

Para quem quiser seguir os passos do jornalista, pode acessar seu blog http://ferinomasdoce.blogspot.com/. Também é possível segui-lo no Twitter: @ferinomasdoce. Quero aproveitar para agradecer ao Sylvio, de coração.

Um cara estudado, inteligente e humilde, que, apesar de ter 28 anos de carreira contra apenas sete meus, sempre conversou comigo com simplicidade e me tratou de igual para igual. Mais do que um colega de profissão, passo a considerá-lo uma pessoa mais próxima, altamente atenciosa e de fino trato. Um forte abraço.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Atualização de portifólio - 04/05

Fazia tempo que não atualizava meu portifólio no blog. O estranho é que muita gente vem me falar que acha os vídeos engraçados e que se diverte assistindo às reportagens. Bom, o importante é que assistam. ;)

Hoje, são dois vídeos. Um mostra a inauguração de mais um CEU (Centro de Educação Unificado) em Guarulhos. Já é a terceira unidade e o prefeito, Sebastião Almeida (PT-SP), promete entregar dez até o final de 2012.

A outra reportagem é sobre a entrega do Selo de Empresa Parceira da Formação Profissional. É um prêmio idealizado pela Secretaria do Trabalho que incentiva as empresas da cidade a ajudarem na formação de jovens e adultos para o mercado. Foram inscritos 16 projetos e a matéria é sobre a cerimônia de premiação. Confira os vídeos abaixo! Na sexta, tem entrevista! Forte abraço.


GUARULHOS INAUGURA TERCEIRO CEU


ENTREGA DO SELO DE EMPRESA
PARCEIRA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 

terça-feira, 3 de maio de 2011

A estreia do programa Esporte na Rede



Assim como esqueci de colocar no ar a enquete do programa, levei minha câmera, mas também esqueci de tirar fotos. Reestreia, primeiro dia, três anos de programa, muitas novidades. Sim, a gente sempre fica um pouco ansioso e nervoso. Faz parte do jogo.

A única foto que me passaram está postada aqui, com a nova equipe, quase completa da atração. O Esporte na Rede vai ao ar toda segunda-feira, AO VIVO, às 18h45, só na UPTV (www.uptv.com.br). A julgar pela estreia, o programa promete. Quem viu, graças a Deus, gostou. Mas claro, ainda existem muitas coisas para serem corrigidas.

Pequenas falhas acontecem. Foram poucas, ainda bem. Mas vamos trabalhar para levar até você uma atração com o mais alto nível de qualidade. Na foto estão, da esquerda para a direita: a grávida Katia Verri; o coordenador de switcher, Marco Antonio Ribeiro; a câmera de estúdio Heloá Miranda, o apresentador Leandro Martins; a co-apresentadora Luciane Bruno; o comentarista Alexandre Aníbal e o diretor da UPTV Lucky Ravaneli.

Faltaram na foto: o diretor de imagem Marco Perin; o comentarista Reinaldo Leiva (apressadinho, saiu voando depois do programa!); a supervisora Mara Rodrigues Alves e a diretora artística da emissora Liliana Gonçalves. Ah, e se você perder a exibição ao vivo, poderá ver no site da emissora, pois o conteúdo fica armazenado por uma semana até que o conteúdo inédito da semana seguinte ocupe o espaço.

No próximo post sobre o programa, que vai sair aqui todas as terças-feiras, prometo melhorar e colocar fotos de bastidores. O ex-jogador da Portuguesa, o eterno volante Capitão, estará no estúdio do ER. Obrigado pelo carinho que você, amigo leitor, tem com o nosso trabalho. Um forte abraço.

domingo, 1 de maio de 2011

Mais alguns tropeços das transmissões ao vivo



Já disse neste blog, diversas vezes, quão traiçoeiras podem ser as armadilhas de uma transmissão ao vivo. O cenário pode cair, o apresentador pode tropeçar, espirrar, engasgar; engraçadinhos podem "invadir" o relato de repórteres, passando atrás da imagem. São inúmeras as possibilidades de mico em uma transmissão ao vivo. Seja de TV ou rádio.

O motivo do tema do post de hoje é o relato de um jogador do Santos, chamado Zé Eduardo. Estava eu saindo de Guarulhos na última sexta-feira e ouvindo a rádio Estadão/ESPN quando o repórter Felipe Camargo, em Santos, entrevistava o jogador.

O atleta esbravejava contra a imprensa, que criticava o atacante por falta de gols. E eis que ele brada ao microfone: "tem gente falando muita m... de mim". Não preciso escrever por extenso. Você, leitor, sabe que palavra (ou palavrão) ele falou.

Essa é uma das armadilhas das transmissões ao vivo. Você jamais poderá prever o que o entrevistado vai falar. Seja ele de que nível social for ou qualquer que seja a profissão que exerça. Zé Eduardo soltou essa.

Abaixo, coloco áudios de outros dois jogadores que fizeram declarações parecidas em transmissões ao vivo. Uma delas de Gil, atacante que passou pelo Corinthians e, nesta oportunidade, defendia o Cruzeiro, de Belo Horizonte. A outra é de Marcinho, lateral-direito do Grêmio, substituído por causa de um probleminha, no jogo contra o Bahia, na Copa do Brasil de 2005. A terceira é do nosso lado. Do jornalista e publicitário Milton Neves quando trocou umas letrinhas e cometeu uma das gafes mais conhecidas das rádios brasileiras.

Ouça e divirta-se. Na hora, a gente não sabe onde enfiar a cara. Mas depois, acabamos rindo. São os espinhos do "ao vivo". Eles podem aparecer em qualquer momento. Forte abraço.


GIL, DO CRUZEIRO 



MARCINHO, DO GRÊMIO


MILTON NEVES

É hoje! - Aproveitando o espaço, nesta segunda-feira (02/05), reestreio no comando do Esporte na Rede, na UPTV (www.uptv.com.br). O programa é AO VIVO, semanal e começa às 18h45. Espero você, amigo leitor, para uma atração de alto nível. Conto com sua audiência. E seus elogios e críticas serão muito bem-vindos. Até lá!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Blog entrevista o experiente jornalista Fernando Vannuci: "Alô, você!"

 O JORNALISTA FERNANDO VANNUCCI
E A ESPOSA, ALESSANDRA TERRA

Ele já cobriu seis Copas do Mundo, seis edições das Olimpíadas e uma das Paraolimpíadas. Tem 39 anos de carreira na televisão e coleciona algumas situações inusitadas nos veículos de comunicação. Hoje, após a Sexta-feira da Paixão e o feriado de Páscoa (quando este blog não foi atualizado), o entrevistado da vez é o ex-global e atual Rede TV!, Fernando Vannucci.

O jornalista, que também é formado em Direito pela UNIUBE (Uberaba-MG, sua terra natal), fala das polêmicas que envolveram sua saída da TV Globo e explica a curiosa noite em que ficou "fora do ar" na Rede TV!, por misturar medicamentos com vinho. Casado e pai de três filhos, Vannucci hoje curte mais a carreira e a vida. Acompanhe a entrevista.

Leandro Martins - Você acredita que a faculdade prepara bem uma pessoa para o mercado de trabalho?
Fernando Vannucci - No caso de jornalista, não acredito que a faculdade seja primordial. É importante, claro, mas quem tem talento para tal, já nasce com ele. Escrever bem é cortar palavras, já dizia Carlos Drummond de Andrade.

LM - Em quais empresas de mídia já trabalhou?
FV - Comecei a trabalhar em jornal, em Uberaba. Era o "Lavoura e Comércio", que não existe mais. Depois, fui para o rádio, trabalhar na Rádio Sociedade e Rádio Sete Colinas (ambas de Uberaba). Mais tarde fui para a Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. A seguir surgiu a TV em minha vida: TV Globo-MG. Na sequência, fui para o Rio, para a Rede Globo. Só na Globo fiquei 26 anos. Vindo para São Paulo, trabalhei na Traffic que havia arrendado o esporte da TV Bandeirantes. Depois, Record (apenas por 6 meses para cumprir o contrato com a Traffic). Finalizado o contrato, fui chamado por José Emílio Ambrósio para assumir o esporte da Rede TV! onde estou até hoje.

LM - Como é sua rotina hoje?
FV - Não tenho horário fixo, apresento o Bola na Rede no final da noite de domingo, gravo as chamadas do esporte e os offs de todos os programas da emissora.

LM - O que já fez fora do esporte?
FV - Fora do trabalho, estou escrevendo um livro de memórias junto com um amigo, também jornalista.

LM - Já foi setorista de um clube? Como é essa experiência?
FV - Fui setorista do Cruzeiro em BH, quando trabalhava na Rádio Inconfidência. Era a época de ouro do Cruzeiro que tinha Tostão, Piazza, Raul, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Palhinha, etc. Foi um aprendizado.

LM - Alguns jornalistas tornam-se amigos de fontes pela convivência. Para você, o jornalista deve ser amigo da fonte?
FV - Acho que sim. Tenho vários amigos que me passam notícias de primeira. Mas prefiro não citar nomes.

LM - Você já foi alvo de algumas polêmicas conhecidas. A primeira, quando saiu da TV Globo, após o caso de ter comido a bolacha no ar. Quer dar sua versão do caso?
FV - Foi um lapso coletivo, meu, do diretor de TV, da minha colega de trabalho na época. Mas este não foi o motivo de minha saída da Globo. O meu amigo J. Hawilla da Traffic já vinha insistindo há meses para eu fazer parte do projeto Band. Aceitei e vim para São Paulo, cidade que me acolheu com muito carinho. Sou feliz!

LM - Você já se sentiu alvo de perseguição? Ou já fizeram alguma "sacanagem" com você? Sentiu-se traído?
FV - Infelizmente em todos os meios, em todas as profissões existem essas coisas. Mas, repito: Sou feliz!

LM - O que aconteceu exatamente no episódio da Rede TV! após a final da Copa de 2010, quando muitos o acusaram de estar embriagado? Você estava tomando remédio? Quer dar sua versão do caso?
FV - Não é versão. É a verdade: tenho problemas cardíacos (já fiz duas cirurgias no coração) e a mistura de vinho com remédios me deixou fora de mim. Infelizmente aconteceu, mas faz parte do passado.

LM - Como é cobrir um grande evento como a Copa do Mundo e as Olimpíadas? Dorme-se pouco e trabalha-se muito?
FV - Já cobri 6 Copas e 6 Olimpíadas. É a realização maior de um jornalista esportivo. Claro, trabalha-se muito, mas o prazer supera tudo.

LM - Como vê a guerra pela transmissão do futebol brasileiro em 2012? A Rede TV! vai transmitir o Brasileirão 2012?
FV - Se a Rede TV! vai transmitir ainda não sei, mas ela merece pois foi a única que dentro da legalidade apresentou uma proposta concreta. Vamos ver! Tomara que sim. Gosto muito da Rede TV! e quero vê-la crescendo sempre. É a mais nova das emissoras e já está incomodando muita gente.

LM - Para os estudantes de jornalismo ou jornalistas recém-formados que pensam que o jornalismo é só televisão, o que tem a dizer?
FV - Claro que jornalismo não é só TV. Isso é ilusão da meninada. É um trabalho penoso que requer muita dedicação.

LM - Que sonhos profissionais ainda alimenta?
FV - Meu sonho é ter um programa de entrevistas, mesmo que seja semanal.

LM - Você acha que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
FV - Não vejo nada de errado um jornalista assumir seu clube de coração. O que não é admissível é distorcer os fatos por causa disso.

 PARA VANNUCCI, ARMANDO NOGUEIRA FOI SEU MESTRE

LM - Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
FV - Vários da atual geração. É melhor não citar nomes pois é muita gente. Mas meus mestres foram Armando Nogueira e Pedro Luiz, um dos maiores narradores que o rádio já teve e que foi meu diretor na época da Globo.

LM - Tem alguma história curiosa ou engraçada da profissão?
FV - Os tropeços naturais de uma televisão ao vivo, são sempre traiçoeiros, mas engraçados. Tive vários. Quando estreei no Jornal Nacional, a emoção era tanta que misturei tudo. Era tudo ao vivo. Pensei até que seria punido, Mas fui compreendido na época e hoje dou risadas sobre a situação.

LM - É possível conciliar família e trabalho? Como suportar as viagens?
FV - Hoje já não viajo tanto. Mas esse é um dos problemas da profissão. A distância da família. Mas nada que seja insuportável. (Vannucci tem três filhos: um cirurgião torácico, um jornalista e uma que cursa Psicologia)

LM - Deixe uma mensagem para quem pensa em seguir carreira, principalmente no jornalismo esportivo.
FV - Estude muito, leia muito, e tente escrever as suas idéias. Não é uma profissão fácil como muita gente pensa. Além do mercado de trabalho, que hoje está muito pequeno para a quantidade de jornalistas que as faculdades despejam a cada seis meses. Trabalho e atenção, além da busca permanente da verdade, sempre ouvindo os dois lados. Nunca um lado só. Ser jornalista requer muita dedicação!

Quem quiser, pode seguir o jornalista no Twitter @FerVannucci. "Alô, você!" Um forte abraço.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Jornal Folha de S. Paulo divulga nomes de jornalistas no "Erramos": humilhação ou não?


O jornal Folha de S. Paulo adotou, como norma interna, a divulgação dos nomes dos jornalistas responsáveis por erros de informação no "Erramos". No segmento, estão escritos o nome do autor da reportagem, o equívoco cometido e sua correção (veja o exemplo abaixo, extraído do site da Folha, na imagem que ilustra este post).

"Erramos: Alckmin corta aulas da rede pública em escola de idioma
Diferentemente do informado por Fábio Takahashi em "Alckmin corta aulas da rede pública em escola de idioma" (Saber - 25/04/2011 - 09h23) publicada na Folha e reproduzida na Folha.com, os 80,8 mil alunos que se inscreveram no programa no ano passado não estão sem aulas porque já concluíram o curso em 2010."

No trecho, está o nome do repórter Fábio Takahashi. Alguns funcionários entenderam a medida como humilhação aos profissionais. Discordo. Claro que a exposição negativa do nome não é algo bom. Mas o repórter assina a matéria. Então, tem de ser responsável pelo seu conteúdo. Se passou informação errada, faltou apuração e checagem correta dos dados. O leitor deve saber quem errou.

Como já escrevi em outro post, o erro de informação é o pior que o jornalista pode cometer. Não entendo a publicação do nome do repórter como algo constrangedor. Muito mais humilhante é o editor passar sermão aos berros em um jornalista no meio da redação para que todos ouçam e vejam. Isso sim é assédio moral. Divulgar o nome, não.

Existem outros meios de se constranger um profissional. Ameaças, chantagens pessoais, bilhetinhos indiscretos, oferecimento de benefícios e vantagens ou corte deles. A atitude da Folha é legítima e honesta. Não ofende nem humilha ninguém.

E outra. Jornalista que tem humildade para assumir um erro perante o público tem a sua credibilidade aumentada e não o contrário. Assumir o erro é uma corajosa virtude. É digno, honesto. E o leitor, ouvinte, telespectador ou internauta sabem reconhecer isso. Portanto, para mim, não há motivos para reclamação. Um forte abraço.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vou voltar a apresentar um programa esportivo na web


Hora de tornar pública uma boa notícia. Voltarei a apresentar um programa esportivo na web tv. Vou ninar novamente um filho meu, o Esporte na Rede, na UPTV (http://www.uptv.com.br/). O ER foi idealização minha e contou, no início, com a colaboração de vários amigos, como Katia Verri e Reinaldo Leiva.

Foi a atração que inaugurou as transmissões da emissora, no dia 6 de maio de 2008. Por lá já passaram inúmeros convidados conhecidos no meio esportivo. E agora passarão muito mais. Estrearemos num formato remodelado, no próximo dia 2 de maio, às vésperas de três anos do programa e da TV.

Comigo estarão, nesse momento, colaboradores de confiança e da mais alta competência. Katia Verri saiu temporariamente. Vai ter bebê. Para seu lugar, vem a jornalista e radialista Luciane Bruno. Reinaldo Leiva e Alexandre Aníbal serão os comentaristas. Eu, o âncora (pelo menos, se a coisa afundar, já sei que a culpa será minha!).



ACOMPANHE UM TRECHO DO PROGRAMA

Por trás das câmeras estarão Heloá Miranda como câmera de estúdio. Marco Antonio Ribeiro será o coordenador de switcher, responsável por não me deixar fugir do roteiro (árdua tarefa, Marcão!). Na direção de imagem (o "cortador" do programa), Marco Perin. A supervisão geral cabe a Mara Rodrigues Alves. Na direção da UPTV, Lucky Ravaneli e Liliana Gonçalves.

O programa é um bate-papo com bom humor e descontração. E tem alguns quadros que necessitam da colaboração do internauta. Um deles é a "Piada do Internauta". Você pode nos enviar uma piada tirando sarro de um time rival, desde que sem ofensas ou termos pejorativos. E vamos ler no ar.

Outro quadro é o "Torcedor na Rede". Aqui, internautas enviam fotos demonstrando o amor pelo seu time, seja com camisa, bandeira, no estádio, etc. Também exibimos no ar. E para darmos os devidos créditos, lembrem-se sempre de mandarem nome completo, cidade e estado de onde falam.

No ar, o contato será ao vivo, pelo próprio site da UPTV (no espaço lateral ao vídeo, à direita) e também pelo Twitter (@uptvweb). Fora do ar, você pode mandar sua piada ou foto para uptvesportenarede@gmail.com. E tem mais novidade. Ainda vamos dar uma "Dica Cultural" relacionada ao esporte em cada programa. E um novo quadro envolvendo camisas de times está sendo desenvolvido.

Não perca! A atração vai ao ar apenas pelo site http://www.uptv.com.br/, ao vivo, a partir das 18h45. Vamos com você até às 19h45, todas as segundas-feiras, a partir do próximo dia 2 de maio. A interatividade será garantida. E faremos o possível para levarmos sempre convidados mais do que especiais.

Agradeço demais o carinho que você, amigo leitor, tem com o meu trabalho. Obrigado a você que acompanha minha carreira. E você pode fazer parte dela, comentando neste blog e no programa. É só participar! Quero deixar claro que continuo firme em Guarulhos. Vamos bater escanteio e correr pra cabecear. Fazer tudo junto! Correria grande, mas que vale a pena. Então agora, toda segunda-feira, te espero também na telinha! Um forte abraço.

Saiba quem é quem no ESPORTE NA REDE


HELOÁ MIRANDA, câmera de estúdio



MARCO ANTONIO RIBEIRO, coordenador de switcher



MARCO PERIN, diretor de imagem



REINALDO LEIVA, comentarista



ALEXANDRE ANÍBAL, comentarista



LUCIANE BRUNO, contato com o internauta



MARA RODRIGUES ALVES, supervisora



LUCKY RAVANELI, diretor


LILIANA GONÇALVES, diretora


LEANDRO MARTINS, editor-chefe e apresentador