segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Os 66 anos de Osmar Santos, o "Pai da Matéria"


Na semana passada, o locutor esportivo e hoje também pintor, Osmar Santos, completou 66 anos. Conhecido como "Pai da matéria", o "garotinho" foi gênio, um gigante, o maior narrador que o Brasil já viu. Encontrei o Osmar em duas ocasiões. Em um jogo de homenagem ao já falecido Telê Santana (foto em que estou com a ficha na mão), organizado em 2011 pela amiga e jornalista, Ana Carla Portella e, no ano seguinte, no estúdio da UPTV (foto em que estou de preto, mais abaixo), no programa Esporte na Rede, que comandei por quase 7 anos.

Na atração, falamos sobre a "Gorduchinha", nome pelo qual Osmar costumava chamar a bola. Na época, uma equipe de publicitários tentava emplacar o termo como nome oficial da bola da Copa de 2014. Por uma série de questões de direitos autorais que a FIFA preserva, não deu certo. Mas a Gorduchinha saiu do papel e tornou-se a bola oficial do Campeonato Paulista deste ano. Justa homenagem.

Nestes encontros que tivemos, passei poucos minutos ao lado de Osmar. No dia de recebê-lo como convidado do Esporte na Rede, tive a honra de levá-lo até o estúdio em meu carro. E, num determinado semáforo em que paramos, ele quis abrir o vidro do passageiro. Uma pessoa, no carro ao lado, olhou na direção do meu e prontamente o reconheceu, abrindo um enorme sorriso ao vê-lo.


Recentemente, a emissora por assinatura, ESPN Brasil, exibiu um documentário contando parte da vida de Osmar. Uma obra emocionante, digna da trajetória pessoal e profissional dele. Osmar transmite paz, tranquilidade, espiritualidade e energia de vida, mesmo a quem fica a seu lado por poucas horas, como eu estive.

Não é à toa que é gênio e hoje pinta quadros com a mesma dedicação e empenho com que narrava esporte. Agradeço por, um dia, ter apresentado um programa com Osmar como convidado. Hoje não tenho feito muitas coisas no esporte, mas esse programa vou guardar comigo para a vida toda.

Parabéns, Osmar! Vida longa! E que você possa continuar a transmitir espiritualidade e emoção a tanta gente! Talvez até mais emoção hoje, com sua força de vontade e sua recuperação na vida, do que na participação como locutor das Diretas Já no início da década de 1980, ou quando narrou gols antológicos. Um forte abraço. A ele, e a você como de costume, amigo leitor.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Informalidade no telejornalismo: bom ou ruim?


Recentemente, dois episódios marcaram telejornais da TV Globo. Certa vez, durante uma edição do Jornal Nacional (foto), o editor-chefe e âncora, William Bonner, disse que um americano tinha "cara de maluco". Ao observar a repercussão de sua declaração nas redes sociais, Bonner pediu desculpas em público, no mesmo dia, no fim da edição.

No Jornal da Globo, a apresentadora, Christiane Pelajo, usou a expressão "enche o saco". Em ambos os casos, as expressões foram usadas sob a argumentação de que é preciso que os telejornais abandonem o formato quadradão e sejam mais informais.

Também em nome da informalidade, têm sido feitas mudanças nos cenários, posicionamentos e movimentos de câmera em telejornais de várias emissoras. A intenção é quebrar o padrão da mera leitura de notícias em uma bancada para transformar o programa em algo mais leve, palatável, como um bate-papo. A aproximação com os telespectadores é importante.

Mas afinal, a informalidade é boa ou ruim para o telejornalismo? Depende de como será usada. Devemos nos pautar sempre pelo bom senso. Chamar alguém de maluco pode render um processo de calúnia e difamação, além de ser um juízo de valor por conta da aparência. Logo, algo condenável de se fazer na TV. A expressão "enche o saco" também pode ofender a quem está assistindo.

Entendo que a informalidade e o bom humor são fórmulas interessantes para melhorar a audiência de um telejornal. Mas tem que ser um humor refinado, irônico na medida certa. Sem ofensas, nem juízo de valores. A apresentação de vídeo-crônicas poderia ser uma boa saída para brincar com texto e imagem. Mas tudo com bom senso, repito.

Não acredito que bom humor e informalidade tirem a credibilidade de um jornal estilo "hard news". Mas há sempre um limite, uma linha tênue para que as pessoas não confundam com piadas de mau gosto e baixaria. É difícil ter essa medida no ar. Por isso, os testes. Como termômetro, o público. Principalmente em manifestações nas redes sociais.

Destas "pesquisas", é possível tirar conclusões para encontrar a medida certa da informalidade, do bate-papo mais descontraído entre apresentadores e repórteres. Também acho um certo exagero o uso de quase gírias nas previsões do tempo, como "chuvão", "toró", "sol de rachar mamona", etc. Apoio a "quebra" do estilo quadradão. Mas as mudanças devem sempre vir acompanhadas dos termos "bom senso". Sem isso, aí sim, a credibilidade pode ficar comprometida. E você? É a favor ou contra a informalidade nos telejornais? Um forte abraço.

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segunda-feira, 13 de julho de 2015

A saída de Tiago Leifert do Globo Esporte e uma reflexão sobre o jornalismo esportivo


A despedida do âncora Tiago Leifert (foto) do comando do Globo Esporte, em São Paulo, repercutiu no meio da imprensa esportiva. Leifert é o responsável por uma mudança radical na linguagem da atração global e que, de certo modo, passou a ser adotada por outros telejornais da casa.

Leifert propôs o esporte como entretenimento, informação e, principalmente, bom humor. Um jornalismo descontraído, sem leitura de notícias em teleprompter (máquina que passa os textos para que sejam lidos pelos apresentadores de TV), sem amarras textuais, sem padrão definido. Algo mais solto, parecido com um bate-papo de bar.

Para ele, esse tipo de linguagem aproximaria o jornalista do telespectador. Assim, muitas vezes, o jornalista passou a ser o protagonista da notícia. O ator principal. A mudança de linguagem gera discussão nas principais faculdades de jornalismo do país. Esporte é jornalismo? É entretenimento? Qual a melhor maneira de tratá-lo?

Vou dar meu pitaco. Esporte é jornalismo e é entretenimento. Como área do jornalismo, deve trazer sempre a informação qualificada, precisa, correta, esclarecedora, objetiva e isenta. Como entretenimento, deve mostrar imagens espetaculares, transmitir paixão e usar o bom humor na medida certa, sem perder o bom senso. Isso significa que vale uma tiração de sarro da cara de um torcedor cujo time foi goleado. Mas não vale, jamais, fazer piadas maldosas por conta de nacionalidade de um atleta, cor, raça, credo, religião, etc.

Assim, acho válido. O importante é não perder o bom senso. O mesmo vale para os telejornais ditos mais sérios e quadradões. Hoje, é comum vermos uma linguagem mais solta, que tente aproximar o âncora do telespectador. No entanto, aquela linha tênue entre bom humor e bom senso deve ser preservada. Sem exagero. Sem beirar a ridicularidade.

Numa edição do Jornal Nacional, certa vez, William Bonner disse que um americano tinha "cara de maluco". Já numa edição do Jornal da Globo, a âncora, Christiane Pelajo, usou a expressão "enche o saco". Julgar alguém pela aparência é preconceito e uma gíria como "enche o saco" pode ser vista com falta de educação. Por isso, repito: a linha é tênue. O bom humor é válido, desde que com comedimento.

O maior problema desse tipo de linguagem, no entanto, é transformar o jornalista em ator principal da notícia. Isso não pode acontecer. Jornalista não é artista. É apenas o meio que faz com que a informação chegue ao público consumidor. Logo, a única estrela do jornalismo tem de ser a informação e não o jornalista. Por isso, toda cautela é pouca. Um forte abraço.

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terça-feira, 23 de junho de 2015

O bate-boca entre Boechat e Silas Malafaia e a nova postura dos âncoras de telejornal no Brasil


Depois de merecidas férias, hora de retomar os posts aqui no blog. E hoje, logo com uma pedrada: a resposta de Ricardo Boechat (foto), âncora de telejornais de Rádio e TV do Grupo Bandeirantes, ao pastor Silas Malafaia, que o acusava de incitar o ódio aos religiosos.

O conteúdo da resposta já é conhecido, mas pode ser ouvido novamente neste link: https://www.youtube.com/watch?v=BbDTS0kTglw. Segundo o âncora, Malafaia o havia chamado de idiota. Uma ofensa, portanto. Que foi rebatida com várias outras ofensas por Boechat, que mandou o pastor procurar uma ro... (isso mesmo que você está pensando!).

Entre outras coisas, Boechat chamou Malafaia de idiota, otário, charlatão, etc. A verdade é que Boechat explodiu. Ele estava falando sobre igrejas que tomam dinheiro de fieis e também de pastores sérios, que efetivamente ajudam as comunidades.

Boechat tem muitos anos no jornalismo e, com certeza, detesta quem dê palpites sem nexo no seu trabalho, como fez Malafaia. A explosão foi estrondosa. E virou motivo de comentários em todas as redes sociais.

Apesar de muita gente ter apoiado Boechat, eu não diria o que ele disse no ar. Pelas redes sociais, até poderia rebater com as mesmas palavras usadas pelo âncora. Mas no ar, não tomaria tal postura. Até porque Boechat disse que não queria dar mídia, dar cartaz a Malafaia. E, agindo assim, foi justamente o que fez.

Enquanto Boechat ganhou novos seguidores e também novos inimigos, Malafaia disse o que quis e ouviu o que não quis, mas também ganhou força de alguns seguidores. Ou seja, obteve a repercussão na mídia que tanto queria.

O que eu faria se fosse Boechat? Sequer leria a mensagem de Malafaia no ar. O melhor a fazer quando se quer evitar que o nome de alguém repercuta na mídia é simplesmente ignorar. Fingir que a pessoa não existe. Eu nem leria a mensagem e continuaria a tocar o programa normalmente.

As atitudes de Boechat refletem hoje a mudança de postura de alguns âncoras de telejornal no Brasil. Principalmente os mais cascudos. Antigamente, jamais um apresentador responderia a esse tipo de provocação de Malafaia desta forma. O comum era ficar quieto e enfiar o rabo entre as pernas.

Com as novas linhas editoriais dos jornais, menos quadradas, mais informais e com mais liberdade aos âncoras, alguns têm se soltado e mais e agido até excessivamente em seus posicionamentos.

Ricardo Boechat deu uma resposta a Malafaia que muitos ouvintes gostariam de ter dado naquele momento ou em algum dia de suas vidas. Mas, até agora, não se sabe bem a que preço. Malafaia prometeu processar o âncora por calúnia e difamação. Uma ação desnecessária, que poderia ter sido evitada com uma simples ignorada. E você, amigo leitor? Como agiria diante da situação se estivesse ancorando o jornal da emissora? Um forte abraço.

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terça-feira, 12 de maio de 2015

Uma pitada histórica: Chacrinha e os programas de auditório dos anos 80


A década de 1980 é considerada, por muitos envolvidos com a mídia, como o período de ouro da TV e da música brasileira. Foi, realmente, uma explosão de cultura, de todos os tipos e modos que se pode imaginar. Eram anos de transição do final da ditadura militar para as famosas eleições diretas. Ou seja, a sociedade estava experimentando uma mudança enorme.

Durante a ditadura, a Censura determinava o que ia ou não ao ar na TV, proibia ou permitia composições musicais e cinematográficas. Torturava e perseguia pessoas. Ninguém aguentava mais tanta repressão. Era sufocante.

Por isso, nos anos 80, todas as áreas de cultura mudaram e explodiram em várias produções artísticas. Era como uma libertação, na qual a Censura não daria mais pitaco. Pensando assim, tais produções passaram até a abusar do bom senso. As músicas tinham letras mais soltas e contundentes, até mesmo retratando o ato sexual. O cinema exibia nudez explícita e os programas de TV passaram a fazer quadros apelativos ou chamativos.

Estava, dia desses, revendo um dos programas do Cassino do Chacrinha, exibido num sábado à tarde. Só o nome já deixava claro o tom ferrenho contra a ditadura e à subversão às leis, já que os cassinos eram e são probidos no Brasil até hoje.

O Chacrinha fazia um programa absolutamente popularesco. Para o povão mesmo, a massa. Entre um quadro maluco e outro, lia anúncios dos programas do governo Sarney. Uma transição, sem dúvida. Recebia juradas como Cláudia Raia, Monique Evans e Elke Maravilha para apurar talento musical de calouros. Fazia concursos de quem levava o maior pepino ao estúdio ou o cão mais pulguento. Distribuía chaveiros de plástico do programa para a plateia. Era quase surreal.

Num período em que ninguém imaginava que a internet poderia existir um dia, a TV e o rádio eram as grandes formas de lazer eletrônicas da população. Formavam opinião. Fato que, hoje, graças às redes sociais, está mudando. Ou seja, o que o Chacrinha exibia, todo mundo via!


Nos programas de auditório atuais, as apresentações musicais são apenas com uma ou duas bandas. Elas cantam várias músicas. Praticamente, um mini show. Muitas, cantam ao vivo. Chacrinha levava artistas renomados da época. E a procura deles por espaço num programa como o do Velho Guerreiro era tanta que iam, cantavam apenas uma música em playback (sem direito à entrevista posterior como acontece hoje) e saíam.

Nesta edição que vi, Chacrinha recebeu sete bandas e artistas em estrondoso sucesso na época. Nomes como Katia (a cantora cega da música "não está sendo fácil"), Tim Maia, Titãs, Ultraje a Rigor, Fábio Júnior e outros entravam no palco, cantavam só uma mísera música em playback e saíam como se nada tivesse acontecido.

Léo Jaime cantou três e fechou o programa. Entravam no tom popularesco do programa, iam até a plateia, beijavam as fãs, tiravam a camisa e jogavam para o público, deixavam-se pegar, tocar, tomavam beliscões. Levavam pessoas do auditório para o palco para dançarem juntos. Hoje, tudo está muito blasé. Os artistas ficam distantes do público.

Nos tempos atuais, nestes de jornalismo de celebridades, se um artista tirasse a camisa no palco, teríamos várias manchetes. "Fulano tirou a camisa e foi para a galera". "Fulano mostrou boa forma ao tirar a camisa em público". Ou "Fulano mostra a barriguinha no palco do Faustão". Até mesmo o beijo na fã seria notícia e geraria várias fotos em close do momento ou fotos da tela da TV. Os artistas iriam se cansar de tanto fazerem selfies com as pessoas da plateia.

Sinal dos tempos. Não há como negar que a década de 80 era bem romântica. Tais atos hoje soariam premeditados, calculados. Naquela época, o artista sentia a energia e fazia as coisas por emoção. Não tinha tanta assessoria de imprensa ou pessoas do marketing preocupadas com sua imagem. Tempos românticos, repito!

E fica a constatação de que Chacrinha sempre foi genial. Fazia um programa que, até hoje, serve de modelo para muitas atrações de auditório. Era atemporal. Dava closes gigantes nas bundas das Chacretes. Sem o menor pudor. Liberdade de censura! Que saudades dos anos 80... Um forte abraço.

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

As diferenças entre o esporte do campo e o da TV


Até que provem o contrário, a tecnologia existe para nos ajudar (embora, às vezes, atrapalhe bastante). Não é de hoje que atletas, árbitros e técnicos de muitas modalidades apoiam-se em recursos eletrônicos para medir distâncias, estudar adversários, melhorar preparação física, técnica e nutricional. A tecnologia melhora até as transmissões da TV.

Graças a isso, os árbitros também podem fazer uso de imagens (em esportes que permitem, como o tênis) para julgar lances e, dessa forma, diminuírem as injustiças que provavelmente ocorreriam contra o trabalho dos atletas.

O tênis, por exemplo, usa o recurso tecnológico na própria competição. Ou seja, durante a prática esportiva. É possível que, em determinados lances, os jogadores peçam "desafios" para comprovar eletronicamente se a bolinha pingou fora ou dentro da quadra. Já o futebol é relutante em adotar a tecnologia dentro do campo de jogo. Ou, quando faz isso, não é para se decidir sobre um lance.

Hoje, os árbitros usam microfones, dispositivos eletrônicos de comunicação mais rápida com os auxiliares, spray de espuma para demarcar cobranças de falta. Estão até tentando implantar o chip na bola para determinar se ultrapassou a linha do gol ou não. Mas não admitem usar o recurso televisivo para marcarem ou não um impedimento, falta ou pênalti, por exemplo.

Há dois tipos de esporte. O mostrado pela TV e o que acontece no local, seja campo de jogo, quadra, ginásio, etc. Naquele momento, um árbitro de qualquer modalidade tem poucos segundos para decidir um lance. É tudo muito rápido e, mesmo que você esteja cem por cento concentrado, algo sempre escapa à sua visão e dos auxiliares.

Logo, usar um recurso eletrônico para determinar se uma bola foi fora ou não em uma certa modalidade é possível e acho até válido. Mas, os esportes coletivos, de modo geral, apresentam regras mais complexas e interpretativas. E isso um computador ou robô jamais saberá julgar.

Por isso, o esporte do mundo real é diferente do mostrado pela TV. Nenhum árbitro dispõe, apenas com o olho humano, do recurso de parar um lance, voltar três ou quatro vezes, revê-lo em câmera lenta. O erro faz parte do esporte. De árbitros e de atletas. O que ambos não podem jamais é agir de má fé. Um forte abraço.

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