segunda-feira, 13 de julho de 2015

A saída de Tiago Leifert do Globo Esporte e uma reflexão sobre o jornalismo esportivo


A despedida do âncora Tiago Leifert (foto) do comando do Globo Esporte, em São Paulo, repercutiu no meio da imprensa esportiva. Leifert é o responsável por uma mudança radical na linguagem da atração global e que, de certo modo, passou a ser adotada por outros telejornais da casa.

Leifert propôs o esporte como entretenimento, informação e, principalmente, bom humor. Um jornalismo descontraído, sem leitura de notícias em teleprompter (máquina que passa os textos para que sejam lidos pelos apresentadores de TV), sem amarras textuais, sem padrão definido. Algo mais solto, parecido com um bate-papo de bar.

Para ele, esse tipo de linguagem aproximaria o jornalista do telespectador. Assim, muitas vezes, o jornalista passou a ser o protagonista da notícia. O ator principal. A mudança de linguagem gera discussão nas principais faculdades de jornalismo do país. Esporte é jornalismo? É entretenimento? Qual a melhor maneira de tratá-lo?

Vou dar meu pitaco. Esporte é jornalismo e é entretenimento. Como área do jornalismo, deve trazer sempre a informação qualificada, precisa, correta, esclarecedora, objetiva e isenta. Como entretenimento, deve mostrar imagens espetaculares, transmitir paixão e usar o bom humor na medida certa, sem perder o bom senso. Isso significa que vale uma tiração de sarro da cara de um torcedor cujo time foi goleado. Mas não vale, jamais, fazer piadas maldosas por conta de nacionalidade de um atleta, cor, raça, credo, religião, etc.

Assim, acho válido. O importante é não perder o bom senso. O mesmo vale para os telejornais ditos mais sérios e quadradões. Hoje, é comum vermos uma linguagem mais solta, que tente aproximar o âncora do telespectador. No entanto, aquela linha tênue entre bom humor e bom senso deve ser preservada. Sem exagero. Sem beirar a ridicularidade.

Numa edição do Jornal Nacional, certa vez, William Bonner disse que um americano tinha "cara de maluco". Já numa edição do Jornal da Globo, a âncora, Christiane Pelajo, usou a expressão "enche o saco". Julgar alguém pela aparência é preconceito e uma gíria como "enche o saco" pode ser vista com falta de educação. Por isso, repito: a linha é tênue. O bom humor é válido, desde que com comedimento.

O maior problema desse tipo de linguagem, no entanto, é transformar o jornalista em ator principal da notícia. Isso não pode acontecer. Jornalista não é artista. É apenas o meio que faz com que a informação chegue ao público consumidor. Logo, a única estrela do jornalismo tem de ser a informação e não o jornalista. Por isso, toda cautela é pouca. Um forte abraço.

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