quarta-feira, 22 de julho de 2015

Informalidade no telejornalismo: bom ou ruim?


Recentemente, dois episódios marcaram telejornais da TV Globo. Certa vez, durante uma edição do Jornal Nacional (foto), o editor-chefe e âncora, William Bonner, disse que um americano tinha "cara de maluco". Ao observar a repercussão de sua declaração nas redes sociais, Bonner pediu desculpas em público, no mesmo dia, no fim da edição.

No Jornal da Globo, a apresentadora, Christiane Pelajo, usou a expressão "enche o saco". Em ambos os casos, as expressões foram usadas sob a argumentação de que é preciso que os telejornais abandonem o formato quadradão e sejam mais informais.

Também em nome da informalidade, têm sido feitas mudanças nos cenários, posicionamentos e movimentos de câmera em telejornais de várias emissoras. A intenção é quebrar o padrão da mera leitura de notícias em uma bancada para transformar o programa em algo mais leve, palatável, como um bate-papo. A aproximação com os telespectadores é importante.

Mas afinal, a informalidade é boa ou ruim para o telejornalismo? Depende de como será usada. Devemos nos pautar sempre pelo bom senso. Chamar alguém de maluco pode render um processo de calúnia e difamação, além de ser um juízo de valor por conta da aparência. Logo, algo condenável de se fazer na TV. A expressão "enche o saco" também pode ofender a quem está assistindo.

Entendo que a informalidade e o bom humor são fórmulas interessantes para melhorar a audiência de um telejornal. Mas tem que ser um humor refinado, irônico na medida certa. Sem ofensas, nem juízo de valores. A apresentação de vídeo-crônicas poderia ser uma boa saída para brincar com texto e imagem. Mas tudo com bom senso, repito.

Não acredito que bom humor e informalidade tirem a credibilidade de um jornal estilo "hard news". Mas há sempre um limite, uma linha tênue para que as pessoas não confundam com piadas de mau gosto e baixaria. É difícil ter essa medida no ar. Por isso, os testes. Como termômetro, o público. Principalmente em manifestações nas redes sociais.

Destas "pesquisas", é possível tirar conclusões para encontrar a medida certa da informalidade, do bate-papo mais descontraído entre apresentadores e repórteres. Também acho um certo exagero o uso de quase gírias nas previsões do tempo, como "chuvão", "toró", "sol de rachar mamona", etc. Apoio a "quebra" do estilo quadradão. Mas as mudanças devem sempre vir acompanhadas dos termos "bom senso". Sem isso, aí sim, a credibilidade pode ficar comprometida. E você? É a favor ou contra a informalidade nos telejornais? Um forte abraço.

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