quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Os aplicativos de celular e a desconstrução do jornalismo


A internet veio mesmo para mudar muitas coisas. Inclusive, a comunicação entre as pessoas e o modo pelo qual elas consomem informação. Alguns aplicativos que indicam as condições do trânsito, por exemplo, chegam a ser mais eficazes do que os repórteres. Porém, tais aplicativos, por serem fruto de programação e se desenvolverem em aparelhos eletrônicos, são falíveis.

Jamais vão substituir um jornalista (embora exista hoje até o conceito do "jornalista robô"), ainda mais se o profissional estiver in loco, ou seja, no local dos acontecimentos. Estes dias, vinha para o trabalho ouvindo o Jornal da CBN. Eis que o âncora pede as informações do trânsito e a repórter entra dizendo: "segundo o aplicativo Waze, tal rua está com lentidão e uma avenida está congestionada."

Oras... receber, via rádio, uma informação que pode ser encontrada em um aplicativo, é algo extremamente desnecessário. Basta que eu me informe pelo aplicativo e pronto. Simples assim. É claro que a repórter não disse isso porque quis, mas sim porque deve ser a linha editorial do jornal. Mostrar-se "antenado" às novas tecnologias, com uso da internet, de aplicativos de telefonia móvel, etc. E, com certeza, é muito mais barato repassar a informação obtida por um aplicativo do que mandar o repórter para a rua, seja de carro, seja sobrevoando o trânsito com o helicóptero da emissora.

Porém, repito. Os aplicativos são falíveis. Podem errar! A emissora e a repórter correm o risco de cometer um dos principais pecados do jornalismo: o erro de informação (baseado numa informação de terceiro - aplicativo - e sem ter o cuidado de checá-la).

É claro que nenhuma emissora tem condições de monitorar o trânsito em todas as ruas da cidade em tempo real. Mesmo a Rádio Sul América Trânsito, que é específica para isso. Os aplicativos auxiliam nesse aspecto. Mas podem levar ao erro, já que não são cem por cento precisos. Nesse caso, eu, se fosse o editor-chefe do jornal, mandaria o repórter monitorar os principais pontos da cidade por helicóptero (os mais problemáticos quanto ao trânsito) e transmitiria somente essa informação.

Poderia não ser volumosa, mas seria precisa e, com certeza, ajudaria quem estivesse passando por esses pontos. É o que daria real sentido ao jornalismo feito por uma mídia dita tradicional. Hoje, esta tal mídia tradicional tem sofrido cortes de gastos gigantescos. A nova aposta é justamente em desenvolvimento de aplicativos, internet, conteúdos sob demanda e para plataformas móveis, maneiras cada vez mais comuns (e online) de transmitir informação. É assim que muita gente se comunica hoje.

É claro, uma cobertura política, esportiva, econômica ainda é melhor executada e tem mais credibilidade com os veículos tradicionais. Agora, informações mais simples, como os buracos da rua, o trânsito, acidentes em vias públicas, etc, podem ser compartilhados em tempo real em redes sociais. Qualquer pessoa hoje pode ser um "repórter em potencial" e informar sobre situações corriqueiras que interferem diretamente no tempo gasto no trajeto de quem se desloca até o trabalho ou tenta voltar para casa, por exemplo.

Até mesmo algumas informações mais complexas são colocadas nas redes, como vídeos de flagrantes de assaltos (o que ajuda na identificação de criminosos), infrações de trânsito cometidas por viaturas de órgãos públicos, como prefeituras e câmaras, entre outras coisas.

Deste modo, entendo que o jornalismo deve se concentrar hoje no que pode fazer a diferença. Em análise e opinião de colunistas isentos sobre os temas que citei e as transmissões ao vivo de eventos, principalmente esportivos, que sempre garantem uma boa audiência. Repassar ao público uma informação que pode ser encontrada num aplicativo (ainda que muita gente não tenha acesso a este instrumento), é limitar demais o jornalismo. É admitir a falta de criatividade e a derrota frente às novas tecnologias.

Jornalismo e novas tecnologias devem se complementar e não se sobrepor ou se repetir, com informações redundantes. Pelo menos, a repórter foi honesta e mencionou que a informação vinha de um aplicativo. Pior seria se desse a informação sem crédito e fingisse estar ao vivo no local, quando efetivamente não estava. Pior é que tem muita emissora e muito jornalista que se sujeita a fazer isso. Que a morte do jornalismo possa ser evitada com mais vigor e mais criatividade! Um forte abraço.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Canais esportivos pagos estão se tornando popularescos


Até meados da década de 1990, os canais esportivos pagos eram a grande novidade da TV por assinatura. E para o consumo de poucos. Há quase 30 anos, os canais a cabo eram muito caros e apenas uma pequena parte da população (elite) tinha acesso a eles. Não que os preços tenham mudado muito de lá pra cá, na verdade. Mas o acesso, sem dúvida, foi ampliado.

De qualquer forma, a TV começava a ser segmentada para atrair nichos determinados de público. Dentre eles, não poderiam faltar os "fãs de esporte" (termo importado dos EUA, que trata os torcedores, apaixonados, aficionados como "sports fans").

A proposta desses canais era justamente serem diferentes da TV aberta. Em tudo. No oferecimento de conteúdos exclusivos, na maneira de cobrir e transmitir eventos, na linguagem e, principalmente, nas análises mais aprofundadas sobre as diversas modalidades esportivas, com a participação de especialistas gabaritados.

Agora, vem minha decepção. E a coluna passa a ser, a partir daqui, uma crítica ferrenha à mídia, de modo geral. Até dois anos atrás, considerava a ESPN como o exemplo mais bem acabado do que essa diferença entre TV aberta e canais pagos deveria representar. Meu sonho era trabalhar lá. Fui, por muito tempo, admirador da filosofia de trabalho da emissora. Sempre privilegiou o jornalismo dentro do esporte, a análise criteriosa e bem feita e a informação acima de tudo, com repórteres de primeira linha. Não à toa, o slogan da empresa era "informação é o nosso esporte". Assim foi, até a gestão do grande jornalista José Trajano como diretor.

A emissora sempre deu um banho de conteúdo nas concorrentes, SporTV, Band Sports, PSN, entre outras. O SporTV, apesar de ter exclusividade de transmissão da maioria dos campeonatos nacionais de futebol, sempre perdeu para as análises da ESPN. O canal das Organizações Globo apostava e continua apostando ferrenhamente em ex-jogadores como comentaristas. A ESPN ia na linha contrária e privilegiava o trabalho sério e embasado dos jornalistas.

Respeito muitíssimo o colega de profissão João Palomino. Mas, depois que ele assumiu a direção dos canais ESPN, a qualidade despencou. Parece ter se contaminado com a linha popularesca das concorrentes a cabo e da TV aberta. Tudo virou mais show do que análise. Ex-jogadores inundaram os comentários nos jogos e nos programas. Em alguns eventos, ainda havia um ex-jogador e um jornalista. Hoje, há jogos que a ESPN faz só com ex-jogadores.

Uma postura absolutamente lamentável, que jogou a única emissora esportiva que era diferente na vala comum das demais. Unindo-se a SporTV, Band Sports e outras. Atualmente, a FOX vem com um formato diferenciado, destacando-se nessa linha jornalística, melhor até do que a ESPN. Some-se a isso a exibição maçante de programas repetidos em várias edições diárias, todas ao vivo. Os documentários, filmes e reportagens especiais ficaram mais raros. E as demissões de jornalistas consagrados, mais frequentes.

O que era para ser exclusivo, aprofundado, tornou-se banal e vazio de conteúdo. A busca pela grana na parte comercial e pela audiência fez isso. Em vez de melhorar a qualidade, nivelou por baixo. Amigo leitor, desculpe. Mas a coluna de hoje foi um desabafo de alguém que prima pelo trabalho bem qualificado, acima de tudo. E não consigo ver mais na ESPN. Não pelos profissionais, que trabalham duro, dão o sangue e são muito bons no que fazem. Mas pela linha editorial que mudou para "agradar ao mercado". Um forte abraço.

Facebook: https://www.facebook.com/leandro.martins.1232760
LM Comunicação: http://www.comunicacaolm.com.br
LM Comunicação no Facebook: https://www.facebook.com/lmcomunicacaooficial
LinkedIn: http://www.linkedin.com/profile/view?id=158526010&trk=tab_pro

PORTIFÓLIO ONLINE:
Esporte na Rede (Apresentador): http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihlxNYE6IqfMsOfi-_9qC7W
Câmara em Pauta: (Apresentador) http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYig7m7XR73tuGbaYiKmO6dr_
Reportagens e entradas ao vivo: http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYiiehtWKOSNGSPwlQOrvO0Ws
Jornal da Câmara, Ponto de Vista e outras participações em TV: https://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihKUR2FcbjDFMSy6XFpOzT-



















sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Novelas têm formato ultrapassado para TV


Amigo leitor. Começo o post de hoje com um pedido de desculpas. Faz um bom tempo que não escrevo por estas bandas. Infelizmente, às vezes, a correria é tão grande que fica difícil nos dedicarmos a tantas tarefas. Porém, volto para atualizar este veículo uma vez por semana, prometo!

Hoje, quero fazer uma reflexão sobre as novelas. Toda semana, leio algumas notícias com as seguintes manchetes: "audiência da novela XYZ (nome fictício) cai e emissora resolve mudar roteiro"; "novela tem queda de audiência e emissora vai trocar o autor", entre outras.

O problema da queda ou da baixa audiência das telenovelas está mais no formato do que no conteúdo ou no modo como os autores as escrevem. Claro que, quanto mais realistas forem as novelas, menos atraentes ficam. Ninguém assiste a uma novela em busca de realidade, mas sim de ficção. As novelas que retratam muito fielmente a vida real afastam o telespectador, em vez de aproximá-lo.

No entanto, acredito que as telenovelas têm perdido audiência, de modo geral, por conta de seus formatos de exibição. O mundo moderno, hoje inteiramente sob demanda, praticamente não aceita um produto tão longo, com 100, 120 capítulos. As pessoas vivem na correria, em constante comunicação na internet. É o mundo online.

Os vídeos são assistidos "on demand". Curtos, de preferência. Até no celular é possível de se assistir a um vídeo ou à TV. Há pouca paciência e disposição em assistir capítulos e mais capítulos, que trazem suspenses e mistérios previamente revelados pela própria web, no tal formato de "spoilers" (palavra da moda)

Por que, então, uma novela como Os Dez Mandamentos, da TV Record, ou Verdades Secretas, da TV Globo, fizeram tanto sucesso? No caso da trama da Record, o grande atrativo é o roteiro bíblico, que, só por esse motivo, já atrai milhares de evangélicos e mesmo católicos para a frente da telinha (ou religiosos e outros curiosos, de modo geral). Este mesmo roteiro remonta a um tempo longínquo, configurando-se em pura obra de ficção, bem distante dos formatos de novelas realistas da atualidade.

Por outro lado, Verdades Secretas, apesar de abordar muitos aspectos da vida real, trouxe à tona temas fortes, pesados, como a prostituição de modelos através do famoso Book Rosa e o uso de drogas no meio, que pode levar muita gente a perder tudo na vida. Além do velho conflito do cara rico e poderoso que quer tudo a qualquer preço. E ainda, da filha que trai a mãe com o padrasto.

Ainda assim, creio que o principal elemento de atratividade para o público foi o formato. Pouco capítulos (68) e de curta duração. Como nas séries de TV, que fazem tanto sucesso entre os jovens. Uma novela com poucos capítulos obriga o autor a, em cada um deles, apresentar acontecimentos relevantes, de modo a aumentar o dinamismo e diminuir a enrolação.

A sociedade está imediatista. Ninguém quer ficar esperando 15 capítulos para saber o que vai acontecer na história. Tem que ser tudo para ontem. Em cada capítulo, algo novo e forte. Portanto, as novelas diárias, das seis horas, sete, oito, nove, estão com seus formatos ultrapassados e condenados ao fracasso. Ou as emissoras enxergam isso, ou a tendência é que a audiência continue a cair constantemente. Um forte abraço.

Facebook: https://www.facebook.com/leandro.martins.1232760
LM Comunicação: http://www.comunicacaolm.com.br
LM Comunicação no Facebook: https://www.facebook.com/lmcomunicacaooficial
LinkedIn: http://www.linkedin.com/profile/view?id=158526010&trk=tab_pro

PORTIFÓLIO ONLINE:
Esporte na Rede (Apresentador): http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihlxNYE6IqfMsOfi-_9qC7W
Câmara em Pauta: (Apresentador) http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYig7m7XR73tuGbaYiKmO6dr_
Reportagens e entradas ao vivo: http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYiiehtWKOSNGSPwlQOrvO0Ws
Jornal da Câmara, Ponto de Vista e outras participações em TV: https://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihKUR2FcbjDFMSy6XFpOzT-



















terça-feira, 8 de setembro de 2015

O preconceito de alguns professores universitários com o jornalismo esportivo


Estava conversando com uma amiga quando ela me fez uma revelação bombástica: "um professor meu, da faculdade, diz que jornalismo esportivo não é jornalismo". Revelou-me, ainda, que é daqueles que só consideram jornalismo as áreas de política e economia.

Muito me entristece a postura de um profissional como esse, que se diz PROFESSOR universitário. Infelizmente, existem muitos outros que agem como ele, de forma preconceituosa com algumas áreas do jornalismo. Para mim, a pessoa que tem a missão de ensinar, difundir ideias e abrir mentes não pode se limitar a um pensamento tão mesquinho, tacanho e pequeno.

Aquele que age dessa maneira, também não pode ser chamado de professor. Claro que, como pessoa, obviamente, pode expressar sua opinião de forma livre. Mas não pode disseminar um pensamento preconceituoso como esse.

Assim que publiquei o comentário nas redes sociais, recebi inúmeros comentários indignados com a posição adotada pelo tal professor. Também teve uma ala que levou a discussão para outra esfera, dizendo que, do jeito que o mercado está e com os profissionais que tem militado na área, o jornalismo esportivo está morrendo. Que hoje, emissoras de rádio e TV só pensam em fazer programas circenses, sem informação e recheados de ex-jogadores de futebol, o que só corrobora para o pensamento de que, hoje, não existe mais jornalismo esportivo.

Esta é, de fato, uma outra discussão a ser feita. Sobre mérito, mercado de mídia, competência, audiência, área comercial e a atração de patrocinadores. Mas discordo veementemente de que jornalismo esportivo não é jornalismo. É sim! Onde existe informação, existe jornalismo. E o esporte é uma área repleta de análises e opiniões, mas também de notícias e informações.

Muitos veículos de mídia baseiam-se hoje no conjunto informação + entretenimento. Informar-se também é entreter-se. Quando você está se informando, o faz também como passatempo. Afinal, poucas pessoas utilizam informação apenas como trabalho. Logo, o jornalismo esportivo representa bem essa soma. Assim como qualquer outro: político, econômico, cultural, cotidiano, científico, etc.

Com certeza, o profissional que despreza qualquer das áreas do jornalismo ou o considera menor, também deve ter internalizados diversos outros preconceitos. Lamento demais, já que, na universidade, deve prevalecer o estímulo aos debates, às novas ideias e o combate a todo e qualquer preconceito. Um forte abraço.

Facebook: https://www.facebook.com/leandro.martins.1232760
LM Comunicação: http://www.comunicacaolm.com.br
LM Comunicação no Facebook: https://www.facebook.com/lmcomunicacaooficial
LinkedIn: http://www.linkedin.com/profile/view?id=158526010&trk=tab_pro

PORTIFÓLIO ONLINE:
Esporte na Rede (Apresentador): http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihlxNYE6IqfMsOfi-_9qC7W
Câmara em Pauta: (Apresentador) http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYig7m7XR73tuGbaYiKmO6dr_
Reportagens e entradas ao vivo: http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYiiehtWKOSNGSPwlQOrvO0Ws
Jornal da Câmara, Ponto de Vista e outras participações em TV: https://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihKUR2FcbjDFMSy6XFpOzT-



















terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brasil mais uma vez é sucesso no Parapan


Mais uma vez, o Brasil mostrou todo seu potencial esportivo em uma competição paralímpica. Não é de hoje que os brasileiros são muito bem representados em competições internacionais pelos atletas com algum tipo de deficiência. Desta vez, terminamos na primeira posição dos Jogos Parapan-Americanos, em Toronto, no Canadá.

O Brasil fechou o torneio com espetaculares 257 medalhas no total, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Tivemos 59 ouros a mais do que o segundo colocado e país sede, Canadá, que obteve 50 ouros, 63 pratas e 55 bronzes, totalizando 168 conquistas. Os Estados Unidos ficaram em terceiro, seguidos pelo México.

No esporte paralímpico, o Brasil é referência. Porém, o investimento nos atletas ainda é pequeno. A mídia não dá a devida visibilidade aos paratletas, sendo que eles nos representam com a mesma dignidade de um atleta sem deficiência.

A sociedade parece mesmo viver uma inversão de valores. Além da mídia, os paratletas deveriam ser bem mais valorizados também pela sociedade. A prova cabal de tal inversão não está no esporte e sim no dia-a-dia, no qual a pessoa com deficiência está muito longe de ser respeitada e incluída no convívio comum, tendo assegurados seus direitos de cidadã.

Quantas vezes não presenciamos "espertinhos" que estacionam nas vagas destinadas às pessoas com deficiência? "Ah, mas é rapidinho. Só cinco minutinhos". De modo geral (ou seja, na média), infelizmente, a mentalidade de cidadania, direitos e coletividade ainda não está presente no brasileiro.

Hoje, quase todas as frotas de ônibus de grandes cidades possuem carros com os elevadores para as pessoas com deficiência. Louvável. Agora, pergunte quantos destes elevadores efetivamente funcionam? Ou melhor, pergunte quantos são os motoristas que sabem como tratar uma pessoa com deficiência ou que lhes dispensem boa vontade para esperar que embarquem no transporte coletivo?

Ou seja, se a pessoa com deficiência é desprezada pelos próprios entes sociais, como pedir que os patrocinadores e a mídia valorizem os paratletas? Eles são apenas a ponta de um iceberg muito maior. O do estado de garantia de direitos. Direitos e deveres de cidadãos, que muita gente não considera nem seres humanos. Isso é o que precisa mudar. Um forte abraço.

Facebook: https://www.facebook.com/leandro.martins.1232760
LM Comunicação: http://www.comunicacaolm.com.br
LM Comunicação no Facebook: https://www.facebook.com/lmcomunicacaooficial
LinkedIn: http://www.linkedin.com/profile/view?id=158526010&trk=tab_pro

PORTIFÓLIO ONLINE:
Esporte na Rede (Apresentador): http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihlxNYE6IqfMsOfi-_9qC7W
Câmara em Pauta: (Apresentador) http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYig7m7XR73tuGbaYiKmO6dr_
Reportagens e entradas ao vivo: http://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYiiehtWKOSNGSPwlQOrvO0Ws
Jornal da Câmara, Ponto de Vista e outras participações em TV: https://www.youtube.com/playlist?list=PLRGSEWuLuYihKUR2FcbjDFMSy6XFpOzT-



















segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Os 66 anos de Osmar Santos, o "Pai da Matéria"


Na semana passada, o locutor esportivo e hoje também pintor, Osmar Santos, completou 66 anos. Conhecido como "Pai da matéria", o "garotinho" foi gênio, um gigante, o maior narrador que o Brasil já viu. Encontrei o Osmar em duas ocasiões. Em um jogo de homenagem ao já falecido Telê Santana (foto em que estou com a ficha na mão), organizado em 2011 pela amiga e jornalista, Ana Carla Portella e, no ano seguinte, no estúdio da UPTV (foto em que estou de preto, mais abaixo), no programa Esporte na Rede, que comandei por quase 7 anos.

Na atração, falamos sobre a "Gorduchinha", nome pelo qual Osmar costumava chamar a bola. Na época, uma equipe de publicitários tentava emplacar o termo como nome oficial da bola da Copa de 2014. Por uma série de questões de direitos autorais que a FIFA preserva, não deu certo. Mas a Gorduchinha saiu do papel e tornou-se a bola oficial do Campeonato Paulista deste ano. Justa homenagem.

Nestes encontros que tivemos, passei poucos minutos ao lado de Osmar. No dia de recebê-lo como convidado do Esporte na Rede, tive a honra de levá-lo até o estúdio em meu carro. E, num determinado semáforo em que paramos, ele quis abrir o vidro do passageiro. Uma pessoa, no carro ao lado, olhou na direção do meu e prontamente o reconheceu, abrindo um enorme sorriso ao vê-lo.


Recentemente, a emissora por assinatura, ESPN Brasil, exibiu um documentário contando parte da vida de Osmar. Uma obra emocionante, digna da trajetória pessoal e profissional dele. Osmar transmite paz, tranquilidade, espiritualidade e energia de vida, mesmo a quem fica a seu lado por poucas horas, como eu estive.

Não é à toa que é gênio e hoje pinta quadros com a mesma dedicação e empenho com que narrava esporte. Agradeço por, um dia, ter apresentado um programa com Osmar como convidado. Hoje não tenho feito muitas coisas no esporte, mas esse programa vou guardar comigo para a vida toda.

Parabéns, Osmar! Vida longa! E que você possa continuar a transmitir espiritualidade e emoção a tanta gente! Talvez até mais emoção hoje, com sua força de vontade e sua recuperação na vida, do que na participação como locutor das Diretas Já no início da década de 1980, ou quando narrou gols antológicos. Um forte abraço. A ele, e a você como de costume, amigo leitor.