segunda-feira, 27 de abril de 2015

Faltam criatividade e profundidade aos jornalistas esportivos


Certamente, após uma partida de futebol, você já parou uns minutinhos para assistir às entrevistas coletivas dos técnicos dos times. O melhor desse tipo de entrevista não é observar as declarações dadas pelos treinadores, mas sim as perguntas feitas pelos jornalistas. Em transmissões ao vivo e sem cortes, fica claro e evidente como faltam criatividade e profundidade a estes profissionais da imprensa.

Não é à toa que técnicos e jogadores ficam doidos da vida e começam a responder as questões de modo displicente. No geral, são questões repetitivas, rasas e algumas até bizarras. Após a vitória do Palmeiras por um a zero sobre o Santos na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista deste ano, um repórter perguntou ao técnico do Verdão, Oswaldo de Oliveira, se a vitória tinha sido amarga.

Como assim, cara pálida? Já viu alguma vitória em decisão ser amarga? A pergunta foi motivada porque o time de Palestra Itália poderia ter vencido com um placar maior, após ter desperdiçado cobrança de pênalti, o que garantiria maior vantagem para o segundo confronto, na casa do adversário.

Ainda assim, repito: vitória amarga? Isso não existe. As outras perguntas, quase todas, giraram em torno do mesmo assunto. Repetitivas. Via-se a expressão de cansaço na cara do treinador alviverde ao responder a tanta baboseira. E o mesmo se dá, diariamente, com outros times, técnicos e jogadores.

Os repórteres são rasos. Insistentes em assuntos banais. Poucos analisam o jogo com profundidade tática e fazem perguntas inteligentes relacionadas a isso. Ou mesmo outras questões de cunho mais analítico. Só se prendem a fatos banais e repetem mil vezes as mesmas indagações.

O repórter precisa ser astuto, matreiro, esperto, perspicaz. E ter condições de, inclusive, analisar uma partida de futebol com um olhar crítico, envolvendo tudo que a cerca. As entrevistas coletivas são verdadeiras aulas de como não se faz jornalismo.

Por alguns anos, dediquei minha carreira ao jornalismo esportivo e, vez ou outra, ainda faço alguns trabalhos na área. Jamais fui raso. Caminhava na direção oposta ao fluxo. Quando todos faziam perguntas sobre um mesmo tema, eu ia pelo caminho contrário. E sempre obtive ótimas declarações. "Vitória amarga"? Nunca! Um forte abraço.

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terça-feira, 14 de abril de 2015

As demissões no jornalismo esportivo: apenas corte de gastos?


Numa manhã de sábado, 11 de abril, fui até o Colégio Singular, em Santo André, escola em que cursei o Ensino Médio. Para os mais antigos, os três anos do colegial. Todo ano, sou convidado a dar palestras de orientação profissional sobre jornalismo, a carreira que escolhi seguir.

E disse aos ouvintes que, em nosso meio, há três tipos de impressões com relação ao mercado de trabalho. Há os mensageiros do apocalipse, para quem tudo está ruim, nada presta, os salários são péssimos, as jornadas de trabalho são longas, um trabalho quase escravo. No extremo oposto, estão os otimistas coloridos, para os quais tudo está lindo, maravilhoso, acabaram de entrar no mercado e estão amando a carreira, as condições de trabalho e até mesmo o salário baixo.

E há os realistas, pés no chão, que procuram fazer uma análise mais fria sobre o assunto e tentar entender o que realmente acontece. Que a mídia passa por uma crise de emprego, é fato. Mas não podemos desvincular o mercado jornalístico do país. Hoje, o Brasil passa por graves problemas econômicos. O jornalismo, assim como a metalurgia, a engenharia, a moda, o direito e outras dezenas de carreiras, estão inseridas no contexto do país e, portanto, apresentam problemas de empregabilidade.

Frequentemente, observamos demissões em massa nos principais veículos de comunicação de são paulo, como Estadão, que demitiu 125 pessoas, Diário Lance!, Folha de S. Paulo, TV Bandeirantes e Rádio Jovem Pan. Muitos dos demitidos são jornalistas esportivos, assim como há profissionais de economia, política, etc.

Até pelo tema da coluna, vou ater-me aos colegas do jornalismo esportivo para fazer uma análise. A dança das cadeiras nos mostrou que a Rádio Bandeirantes, recentemente, desfez-se de um de seus ícones, Mauro Beting, que foi para a Jovem Pan. Esta, por sua vez, demitiu Anchieta Filho, Vander Luiz e um de seus patrimônios, com 58 anos de serviços prestados, Claudio Carsughi (de terno, ao meu lado, há 11 anos, na foto que abre o post).

Claro que, tanto Mauro Beting, na Band, como Carsughi, na Jovem Pan, pelo tempo de casa, deviam receber um bom salário. Mas não sei se foi apenas a folha de pagamento que contou para as demissões. Afinal, são jornalistas renomados, que sabem o que falam, dão audiência e serão sempre seguidos, estejam onde estiverem.

Hoje, a mídia tem tomado novas posições políticas e as deixado bem claras. A Jovem Pan, por exemplo, adotou o perfil e o discurso anti PT. Pretende receber investimentos de empresas que apoiaram a campanha de Aécio Neves à presidência da República e outras que odeiam o governo Dilma. Para isso, tinha de demitir jornalistas isentos, esclarecidos, com posições firmes diante da sociedade. Não foi um simples corte de custos. Foi também um corte ideológico. Um forte abraço.

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terça-feira, 7 de abril de 2015

A entrevista de Gugu com Suzane Von Richthofen - parte II


Como o prometido, hora e vez de falar sobre o segundo aspecto da entrevista que Gugu fez com Suzane Von Richthofen. O problema no áudio. Convenhamos, em uma gravação de tamanha importância e ainda logo no retorno de Gugu à TV, nada poderia sair errado. Era para estar tudo perfeito.

Provavelmente, um problema no microfone sem fio fez com que o áudio ficasse prejudicado. Dá para notar claramente que o som de Suzane foi captado pelo microfone de som ambiente e também pelo aparelho de lapela de Gugu. Ouvi dizer que o operador avisou que estavam com um problema e que não seria possível fazer nada para modificar o cenário. Mesmo assim, Gugu seguiu com a gravação.

O operador de áudio foi demitido. Mas, talvez ele nem imaginou a repercussão que o problema no áudio teria nas redes sociais. Hoje em dia, qualquer gafe ou falha na TV vira logo meme na internet. É espalhado rapidamente. O próprio Gugu sentiu isso, quando o playback com a cantora Wanessa Camargo (hoje só Wanessa) deu defeito.

A falha no áudio quase alcançou tanta projeção na internet quanto o próprio conteúdo da entrevista com Suzane. Foi praticamente um viral às avessas. Quem não lembrava mais do programa do Gugu ou quem não sabia que ele tinha reestreado na TV, com certeza passou a saber.

Pode não ter sido a coisa mais positiva do mundo, mas "bombou" na internet. Essas gafes são o que dão audiência na rede mundial de computadores. Vide a lambança da Rede TV! com a apresentadora Amanda Klein, que foi chamada de todos os nomes, menos o dela, por um entrevistado no jornal ao vivo.

Com certeza, o problema no áudio não deveria ter ocorrido. Mas, de uma forma ou de outra, a situação ajudou para que o vídeo fosse propagado ainda mais num momento em que as pessoas estão passando a assistir à televisão de uma maneira diferente. Logo, fica a pergunta que não quer calar: apesar do erro, você demitiria o operador de áudio? Um forte abraço.

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