terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Capa criativa é a melhor maneira de um jornal concorrer com a internet
Assim como os portais têm suas "home pages", a capa de um jornal é o cartão de visita da publicação. Se o leitor gostar e achar a diagramação curiosa e interessante, com certeza vai, no mínimo, parar para ver e, quem sabe, até comprar o velho e bom papel jornal. É a melhor arma que um veículo impresso tem hoje contra a internet.
Por mais que uma foto seja diferente, bem montada, com várias artes, a imagem impressa sempre vai atrair mais do que a foto virtual. Isso porque você pode "pegar" a imagem, trazer para diante dos olhos, manuseá-la, ainda que a capa seja "falsa". Explico. A capa é a isca para fisgar o leitor. E, às vezes, algumas publicações fazem uma capa inicial falsa, mais ousada e atraente, por cima de uma verdadeira.
Foi o que fez o jornal Estado de Minas (foto de abertura do post). Em novembro, mês da final da Copa do Brasil, competição futebolística nacional que, nesta decisão, reuniu os dois maiores clubes do estado (Cruzeiro e Atlético-MG), a capa foi ousada.
O destaque era única e exclusivamente para a decisão. Somente este assunto tinha texto. Os restantes, tinham fotos pequenas e os textos escritos apenas com "blá, blá, blá". A intenção era mostrar que nada mais importava naquele momento e que o estado parou por causa do jogo; só se falava nele e as outras notícias sequer seriam lidas.
Claro, esta capa era falsa. Abaixo, havia uma verdadeira, com os outros destaques e seus respectivos textos completos, embora o grande chamariz fosse, de fato, a final da competição. Por conta desse artifício, o jornal esgotou nas bancas em poucas horas. Por isso, continuo achando o jornalismo tão interessante. A capa atraente ainda é algo capaz de bater a internet. É preciso também que os editores e diagramadores tenham a liberdade para ousar, mesmo com "liberdade poética" nas manchetes.
Como fez o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, quando faleceu o humorista Chico Anysio (foto). A capa "Morreram Chico Anysio", com verbo no plural para apenas uma pessoa, foi uma clara alusão aos milhares de personagens que Chico brilhantemente interpretava. Coisas assim fazem a gente acreditar que jornalismo sempre vale a pena. E que, se o jornal impresso souber mudar e adequar sua linguagem aos novos tempos, jamais desaparecerá.
Em tempo: repare que não mencionei o uso de cenas chocantes, violentas e o sensacionalismo exacerbado nas capas. E sim a criatividade e a ousadia para atrair a atenção do leitor. São coisas bem diferentes. Um forte abraço.
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