segunda-feira, 12 de maio de 2014

O "jornalista" e o "publicitário" de si mesmo


Todo jornalista que se preze, um dia já passou pela reportagem. Na verdade, um bom jornalista é um eterno repórter, com faro apurado e crítico. E todo bom repórter gosta de dar notícias, divulgar fatos, contar histórias.

Já o publicitário gosta de dar visibilidade a qualquer coisa BOA, desde que tenha apelo de venda ou de aglomeração de pessoas, ainda que à distância (audiência) acerca de um fato, notícia, produto, promoção, etc. Gosta de fazer a propaganda das coisas BOAS e das pessoas, inclusive de si mesmo.

Na prática, é isso que acontece nas redes sociais, em especial, no Facebook. Hoje, as pessoas agem como publicitárias e jornalistas de si mesmas. Pergunto, qual a importância de postar a foto de um prato de comida senão dar publicidade a um fato corriqueiro e aparentemente desinteressante para qualquer um que não seja envolvido diretamente com tal situação? Resposta: publicidade, visibilidade.

Foi o que vimos no Dia das Mães, celebrado ontem. Milhares de fotos com as pessoas lado a lado com as mães, apenas para dar publicidade a um fato que só diz respeito ao filho e à mãe. Para mim, é muito mais importante a prática do amor verdadeiro do que colocar uma foto na internet. É muito melhor o abraço, o carinho da vida REAL do que a postagem da foto na rede social. Parece que as pessoas se esqueceram de viver as vidas reais.

E por que então as pessoas fazem isso? Porque, ao que parece, elas têm a necessidade de fazer sua propaganda pessoal e divulgar uma boa imagem de si mesmo. Por mais que sejam justas homenagens a todas as mães, as fotos visam refletir uma boa imagem dos filhos, mesmo daqueles que vivem distantes e pouco ligam para elas.

As pessoas parecem ter a necessidade de dizer ao mundo que são felizes, honestas, trabalhadoras e, principalmente, com boas índoles. É como se pendurassem um letreiro sobre suas cabeças dizendo: olhem, sou uma boa pessoa. Porém, sabemos que isso não é uma coisa que se divulga. Isso se prova com atitudes corriqueiras em seu trabalho, sua vida profissional e suas relações pessoais e não na vida virtual, muitas vezes, IRREAL.

Muitas pessoas também parecem ter o desejo de mostrar ao mundo como são felizes, quando, na realidade, suas vidas estão a um segundo de desabar. Outras admitem o caos e já usam a rede social como muro de lamentações, esperando atenção de amigos, também não raras vezes falsamente preocupados e desesperados com a doença ou com o problema de uma pessoa. Afinal, isso também contribui para a boa imagem da pessoa.

Outros ainda utilizam a rede social como válvula de escape da solidão e como um diário no qual relatam seus problemas pessoais e desabafam sobre a vida. Fazem da rede uma espécie de terapeuta.

Não estou dizendo que todos fazem isso. E longe de mim julgar o melhor uso que as pessoas podem fazer de tais ferramentas, mas que, em algum momento, agem como publicitárias e jornalistas de suas vidas, isso agem. Divulgando fatos (às vezes importantes, às vezes não) de suas vidas pessoais e dando publicidade a eles.

Eu também já fiz isso. Mas me atenho ao profissional, até porque minha profissão é pública e necessita de uma ampla visibilidade. O que eu não faço é expor minha vida pessoal, nem fico pagando de bom moço com fotos que, muitas vezes, não refletem a realidade.

Se agirmos como jornalistas de nós mesmos, o mínimo que podemos fazer é propagarmos a verdade. Afinal, um bom repórter sempre está em busca da verdade! Mas, as perguntas que ficam são: para que você usa sua rede social? Somente para fazer novos amigos? Para desabafar mágoas e tristezas? Divulgar uma boa imagem de você mesmo? Receber atenção das pessoas? Mostrar sua felicidade para o mundo? Apenas profissionalmente? Ficar mais próximo (ainda que virtualmente) dos amigos? Isso ajuda você em algum momento?

Já tentou fazer esta reflexão? Faça, pois a rede social pode ser um instrumento muito útil se usado corretamente. E, de quebra, pode ajudá-lo a se conhecer melhor. Um forte abraço.

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2 comentários:

  1. Eu sempre defendi a internet e as redes sociais, pois já fiz novos amigos na vida real graças a ela, já arrumei emprego graças a ela, conheci o meu namorado graças a internet e já reencontrei pessoas graças a essa ferramenta genial que é a internet. Mas, claro, já passei por calunias e difamações graças as redes sociais e até pensei em dar o fora do mundo virtual. Entretanto, ainda aposto que a internet, quando existir um código penal eficaz para o uso dela, vai dar um grande salto rumo a evolução do conhecimento e do relacionamento entre as pessoas. A internet é uma ferramenta que muitas pessoas ainda não aprenderam a usar e que vai crescer ainda mais. O grande problema da humanidade é que a internet individualiza as pessoas e faz com que muitas delas vivam ainda mais em seus mundinhos particulares e esquecem do olho no olho. Por exemplo, eu estava viciada em Whats app e parei de usa-lo com tanta frequência, pois se vc pode ligar pra pessoa é bem melhor, que um simples contato virtual. Internet é um mal necessário. Em relação ao que as pessoas postam em suas páginas, eu acredito que a partir do momento que vc possui uma página pública em uma rede social, vc vai deixar de qualquer forma sua vida ao alcance das pessoas. Vc se torna uma pessoa pública. Quem não quer q as pessoas vejam e saibam sobre os acontecimentos de suas vidas, não façam páginas no Facebook ou similares. E a página é particular, e cada um posta o que bem quiser. Já a falsa imagem de si mesmo, é um problema grave. Postar foto com a mãe não é o principal problema, o problema é qdo a pessoa cria um fake e acredita nele ou usa a rede para difamar e prejudicar as pessoas, como foi o caso daquela mulher de Santos que foi linchada e morta por pessoas que acreditaram em um boato veiculado pela internet. Isso sim é grave. Isso sim merece atenção especial, pois não pode continuar acontecendo. De resto a internet é muito útil e ajuda sim no dia-a-dia.

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  2. Adoro internet e rede sociais. No meu caso ela aproxima pessoas que não posso ter contato pessoal devido a distância. Colegas, de infância, vizinhos, colegas de escola, faculdade, ex-colegas de trabalho. No passado já fui mais " viciado " em redes sociais, mas estou me policiando bem mais. Já tentei fazer network em redes sociais para arrumar trabalho mas não tive sucesso, embora tenha ganhado muita experiência. Fiz novas amizades também, aprendi. Mas não deixa de ser uma via de mão dupla. Devemos nos policiar para que não façamos mal juízo de pessoas/instituições e tudo mais, compartilhar noticias sem saber sua origem, já se provou ser muito perigoso.

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