quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Torcedores não podem impedir profissionais de trabalhar


A Copa do Brasil terminou no último dia 2 de dezembro. Normalmente, uma final de campeonato é transmitida ao vivo e com a presença de toda a equipe de cobertura das emissoras de rádio e televisão in loco, ou seja, no estádio. Não foi o que fez a TV Globo, simplesmente a maior detentora de direitos de transmissão do futebol nacional.

Isso não ocorreu por conta de uma decisão da emissora. E sim porque alguns torcedores (ou imbecis?) do Palmeiras impediram que o narrador Cleber Machado e os comentaristas Caio Ribeiro e Walter Casagrande (foto) chegassem ao Allianz Parque, em São Paulo, local da decisão.

Mesmo sem o logotipo da TV, essas pessoas reconheceram os profissionais da Globo, atacaram o veículo e quase o viraram. O narrador e os comentaristas tiveram de voltar ao estúdio para, de lá, fazer a transmissão. Embora nada justifique tal ato de idiotice, é preciso refletir para entender o ocorrido.

A TV Globo é uma emissora comercial e, como tal, vive de audiência e publicidade, com investimentos de patrocinadores. O Corinthians é um dos times de maior torcida do país. Logo, quando seus jogos são transmitidos, obviamente, rendem maior audiência. Quanto mais audiência, mais anunciantes. Por isso, a emissora paga uma cota maior referente aos direitos de transmissão ao Corinthians e exibe muitos jogos do alvinegro contra pouquíssimos dos outros times de São Paulo, que também são contemplados com menos dinheiro.

Do ponto de vista comercial, ótimo. Do ponto de vista jornalístico e esportivo, péssimo. Os torcedores dos times adversários não aceitam tal situação, pois fere a igualdade, a isonomia e o direito de poderem ver gratuitamente, na TV aberta, os jogos de seus times do coração, que também são disponibilizados em pay per view. A revolta gerada e guardada durante anos seguidos pela maneira de agir da Globo fez com que essas pessoas, transtornadas e alucinadas com a final, perdessem a razão e partissem para as vias de fato.

Algo inaceitável. Tanto o narrador como os comentaristas são funcionários da emissora e não os proprietários. Eles são cumpridores de ordens e não tomadores de decisão. Não são eles que determinam a linha editorial da emissora ou os rumos das transmissões das partidas. Eles apenas emprestam sua voz, seu talento, sua opinião e seu trabalho para a empresa. Portanto, não podem ser impedidos de trabalhar.

O melhor protesto contra uma emissora de TV é deixar de assisti-la. É fazer com que perca audiência. Assim, se algum torcedor sentir-se lesado jornalisticamente pela Globo, em vez de agredir os profissionais, não assista a NENHUM programa da emissora. Um forte abraço.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Alguém tem de levar a culpa


Estou escrevendo esta coluna na manhã de quarta-feira, 2 de dezembro de 2015. Portanto, sem saber o resultado da final da Copa do Brasil, entre Palmeiras e Santos, que ocorreria nesta noite, às 22h. No jogo de ida, o Peixe venceu o Verdão por um a zero, lá na Baixada Santista.

No final da partida, já nos acréscimos, o centroavante Nilson (foto), do Santos, perdeu um gol feito. Depois de jogada de Ricardo Oliveira, a bola sobrou pra ele, sem goleiro. O atacante mandou pra fora. A contextualização se faz necessária pela crítica que vou fazer. Não a Nilson, mas à mídia. Como não sei quem foi o campeão do torneio, não posso afirmar se o gol perdido por ele fez ou não falta para os santistas.

Isso posto, vamos à coluna propriamente dita. Depois que Nilson perdeu o gol feito, praticamente toda a mídia esportiva execrou e esculhambou o jogador, como se ele fosse o grande vilão dos alvinegros no confronto contra o Palmeiras. É claro que os comentaristas têm o direito de opinar e de acharem o jogador fraco tecnicamente. Mas também devem ser ponderados e justos em suas análises.

Nilson perdeu um gol feito? Sim, UM! Mas não vi nenhum colega da imprensa falando que Gabriel, apesar de ter feito o gol da vitória, perdeu DOIS GOLS (um de pênalti e um cara a cara com o goleiro). Também não vi nenhum colega crucificando Ricardo Oliveira pela atuação PÍFIA que teve e pela perda de um GOL a cinco metros da meta, por ter sido absolutamente DISPLICENTE!

Só porque Nilson é (agora, era) desconhecido? Só porque ele não tem um nome no futebol ou não está na Seleção Brasileira? Trataram o Nilson como vilão de novela. Afinal, alguém tem de levar a culpa... Essa mania do ser humano de ser maniqueísta, sempre buscar o vilão, o mocinho e o bandido, o cara do bem e o cara do mal, irrita-me profundamente. Abomino qualquer tipo de caça às bruxas.

As análises não podem ser rasas. Precisam ser desenvolvidas em contextos mais amplos. O torcedor do Santos pode até ter ficado com raiva e xingado Nilson e toda sua árvore genealógica. Mas o jornalista não pode embarcar nessa. Na mesma partida, outros jogadores importantes também perderam gols inacreditáveis. E ninguém falou! Se Nilson, em algum momento, foi uma espécie de vilão, não foi sozinho.

E é sempre bom lembrar que o jogador, antes de ser atleta, é ser humano. Nilson ESTÁ atleta. A crítica apaixonada é sempre maléfica ao jornalismo e ao esporte. Isenção é fundamental em nossa profissão. O que não significa que jornalista não erra. Pelo contrário. Erra e bastante. Mas deve estar pronto para reconhecer e assumir os erros. E estar ligado em alerta máximo para conter excessos, ser objetivo, preciso e passar a informação e a opinião de modo inteligente. Um forte abraço.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Os aplicativos de celular e a desconstrução do jornalismo


A internet veio mesmo para mudar muitas coisas. Inclusive, a comunicação entre as pessoas e o modo pelo qual elas consomem informação. Alguns aplicativos que indicam as condições do trânsito, por exemplo, chegam a ser mais eficazes do que os repórteres. Porém, tais aplicativos, por serem fruto de programação e se desenvolverem em aparelhos eletrônicos, são falíveis.

Jamais vão substituir um jornalista (embora exista hoje até o conceito do "jornalista robô"), ainda mais se o profissional estiver in loco, ou seja, no local dos acontecimentos. Estes dias, vinha para o trabalho ouvindo o Jornal da CBN. Eis que o âncora pede as informações do trânsito e a repórter entra dizendo: "segundo o aplicativo Waze, tal rua está com lentidão e uma avenida está congestionada."

Oras... receber, via rádio, uma informação que pode ser encontrada em um aplicativo, é algo extremamente desnecessário. Basta que eu me informe pelo aplicativo e pronto. Simples assim. É claro que a repórter não disse isso porque quis, mas sim porque deve ser a linha editorial do jornal. Mostrar-se "antenado" às novas tecnologias, com uso da internet, de aplicativos de telefonia móvel, etc. E, com certeza, é muito mais barato repassar a informação obtida por um aplicativo do que mandar o repórter para a rua, seja de carro, seja sobrevoando o trânsito com o helicóptero da emissora.

Porém, repito. Os aplicativos são falíveis. Podem errar! A emissora e a repórter correm o risco de cometer um dos principais pecados do jornalismo: o erro de informação (baseado numa informação de terceiro - aplicativo - e sem ter o cuidado de checá-la).

É claro que nenhuma emissora tem condições de monitorar o trânsito em todas as ruas da cidade em tempo real. Mesmo a Rádio Sul América Trânsito, que é específica para isso. Os aplicativos auxiliam nesse aspecto. Mas podem levar ao erro, já que não são cem por cento precisos. Nesse caso, eu, se fosse o editor-chefe do jornal, mandaria o repórter monitorar os principais pontos da cidade por helicóptero (os mais problemáticos quanto ao trânsito) e transmitiria somente essa informação.

Poderia não ser volumosa, mas seria precisa e, com certeza, ajudaria quem estivesse passando por esses pontos. É o que daria real sentido ao jornalismo feito por uma mídia dita tradicional. Hoje, esta tal mídia tradicional tem sofrido cortes de gastos gigantescos. A nova aposta é justamente em desenvolvimento de aplicativos, internet, conteúdos sob demanda e para plataformas móveis, maneiras cada vez mais comuns (e online) de transmitir informação. É assim que muita gente se comunica hoje.

É claro, uma cobertura política, esportiva, econômica ainda é melhor executada e tem mais credibilidade com os veículos tradicionais. Agora, informações mais simples, como os buracos da rua, o trânsito, acidentes em vias públicas, etc, podem ser compartilhados em tempo real em redes sociais. Qualquer pessoa hoje pode ser um "repórter em potencial" e informar sobre situações corriqueiras que interferem diretamente no tempo gasto no trajeto de quem se desloca até o trabalho ou tenta voltar para casa, por exemplo.

Até mesmo algumas informações mais complexas são colocadas nas redes, como vídeos de flagrantes de assaltos (o que ajuda na identificação de criminosos), infrações de trânsito cometidas por viaturas de órgãos públicos, como prefeituras e câmaras, entre outras coisas.

Deste modo, entendo que o jornalismo deve se concentrar hoje no que pode fazer a diferença. Em análise e opinião de colunistas isentos sobre os temas que citei e as transmissões ao vivo de eventos, principalmente esportivos, que sempre garantem uma boa audiência. Repassar ao público uma informação que pode ser encontrada num aplicativo (ainda que muita gente não tenha acesso a este instrumento), é limitar demais o jornalismo. É admitir a falta de criatividade e a derrota frente às novas tecnologias.

Jornalismo e novas tecnologias devem se complementar e não se sobrepor ou se repetir, com informações redundantes. Pelo menos, a repórter foi honesta e mencionou que a informação vinha de um aplicativo. Pior seria se desse a informação sem crédito e fingisse estar ao vivo no local, quando efetivamente não estava. Pior é que tem muita emissora e muito jornalista que se sujeita a fazer isso. Que a morte do jornalismo possa ser evitada com mais vigor e mais criatividade! Um forte abraço.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Canais esportivos pagos estão se tornando popularescos


Até meados da década de 1990, os canais esportivos pagos eram a grande novidade da TV por assinatura. E para o consumo de poucos. Há quase 30 anos, os canais a cabo eram muito caros e apenas uma pequena parte da população (elite) tinha acesso a eles. Não que os preços tenham mudado muito de lá pra cá, na verdade. Mas o acesso, sem dúvida, foi ampliado.

De qualquer forma, a TV começava a ser segmentada para atrair nichos determinados de público. Dentre eles, não poderiam faltar os "fãs de esporte" (termo importado dos EUA, que trata os torcedores, apaixonados, aficionados como "sports fans").

A proposta desses canais era justamente serem diferentes da TV aberta. Em tudo. No oferecimento de conteúdos exclusivos, na maneira de cobrir e transmitir eventos, na linguagem e, principalmente, nas análises mais aprofundadas sobre as diversas modalidades esportivas, com a participação de especialistas gabaritados.

Agora, vem minha decepção. E a coluna passa a ser, a partir daqui, uma crítica ferrenha à mídia, de modo geral. Até dois anos atrás, considerava a ESPN como o exemplo mais bem acabado do que essa diferença entre TV aberta e canais pagos deveria representar. Meu sonho era trabalhar lá. Fui, por muito tempo, admirador da filosofia de trabalho da emissora. Sempre privilegiou o jornalismo dentro do esporte, a análise criteriosa e bem feita e a informação acima de tudo, com repórteres de primeira linha. Não à toa, o slogan da empresa era "informação é o nosso esporte". Assim foi, até a gestão do grande jornalista José Trajano como diretor.

A emissora sempre deu um banho de conteúdo nas concorrentes, SporTV, Band Sports, PSN, entre outras. O SporTV, apesar de ter exclusividade de transmissão da maioria dos campeonatos nacionais de futebol, sempre perdeu para as análises da ESPN. O canal das Organizações Globo apostava e continua apostando ferrenhamente em ex-jogadores como comentaristas. A ESPN ia na linha contrária e privilegiava o trabalho sério e embasado dos jornalistas.

Respeito muitíssimo o colega de profissão João Palomino. Mas, depois que ele assumiu a direção dos canais ESPN, a qualidade despencou. Parece ter se contaminado com a linha popularesca das concorrentes a cabo e da TV aberta. Tudo virou mais show do que análise. Ex-jogadores inundaram os comentários nos jogos e nos programas. Em alguns eventos, ainda havia um ex-jogador e um jornalista. Hoje, há jogos que a ESPN faz só com ex-jogadores.

Uma postura absolutamente lamentável, que jogou a única emissora esportiva que era diferente na vala comum das demais. Unindo-se a SporTV, Band Sports e outras. Atualmente, a FOX vem com um formato diferenciado, destacando-se nessa linha jornalística, melhor até do que a ESPN. Some-se a isso a exibição maçante de programas repetidos em várias edições diárias, todas ao vivo. Os documentários, filmes e reportagens especiais ficaram mais raros. E as demissões de jornalistas consagrados, mais frequentes.

O que era para ser exclusivo, aprofundado, tornou-se banal e vazio de conteúdo. A busca pela grana na parte comercial e pela audiência fez isso. Em vez de melhorar a qualidade, nivelou por baixo. Amigo leitor, desculpe. Mas a coluna de hoje foi um desabafo de alguém que prima pelo trabalho bem qualificado, acima de tudo. E não consigo ver mais na ESPN. Não pelos profissionais, que trabalham duro, dão o sangue e são muito bons no que fazem. Mas pela linha editorial que mudou para "agradar ao mercado". Um forte abraço.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Novelas têm formato ultrapassado para TV


Amigo leitor. Começo o post de hoje com um pedido de desculpas. Faz um bom tempo que não escrevo por estas bandas. Infelizmente, às vezes, a correria é tão grande que fica difícil nos dedicarmos a tantas tarefas. Porém, volto para atualizar este veículo uma vez por semana, prometo!

Hoje, quero fazer uma reflexão sobre as novelas. Toda semana, leio algumas notícias com as seguintes manchetes: "audiência da novela XYZ (nome fictício) cai e emissora resolve mudar roteiro"; "novela tem queda de audiência e emissora vai trocar o autor", entre outras.

O problema da queda ou da baixa audiência das telenovelas está mais no formato do que no conteúdo ou no modo como os autores as escrevem. Claro que, quanto mais realistas forem as novelas, menos atraentes ficam. Ninguém assiste a uma novela em busca de realidade, mas sim de ficção. As novelas que retratam muito fielmente a vida real afastam o telespectador, em vez de aproximá-lo.

No entanto, acredito que as telenovelas têm perdido audiência, de modo geral, por conta de seus formatos de exibição. O mundo moderno, hoje inteiramente sob demanda, praticamente não aceita um produto tão longo, com 100, 120 capítulos. As pessoas vivem na correria, em constante comunicação na internet. É o mundo online.

Os vídeos são assistidos "on demand". Curtos, de preferência. Até no celular é possível de se assistir a um vídeo ou à TV. Há pouca paciência e disposição em assistir capítulos e mais capítulos, que trazem suspenses e mistérios previamente revelados pela própria web, no tal formato de "spoilers" (palavra da moda)

Por que, então, uma novela como Os Dez Mandamentos, da TV Record, ou Verdades Secretas, da TV Globo, fizeram tanto sucesso? No caso da trama da Record, o grande atrativo é o roteiro bíblico, que, só por esse motivo, já atrai milhares de evangélicos e mesmo católicos para a frente da telinha (ou religiosos e outros curiosos, de modo geral). Este mesmo roteiro remonta a um tempo longínquo, configurando-se em pura obra de ficção, bem distante dos formatos de novelas realistas da atualidade.

Por outro lado, Verdades Secretas, apesar de abordar muitos aspectos da vida real, trouxe à tona temas fortes, pesados, como a prostituição de modelos através do famoso Book Rosa e o uso de drogas no meio, que pode levar muita gente a perder tudo na vida. Além do velho conflito do cara rico e poderoso que quer tudo a qualquer preço. E ainda, da filha que trai a mãe com o padrasto.

Ainda assim, creio que o principal elemento de atratividade para o público foi o formato. Pouco capítulos (68) e de curta duração. Como nas séries de TV, que fazem tanto sucesso entre os jovens. Uma novela com poucos capítulos obriga o autor a, em cada um deles, apresentar acontecimentos relevantes, de modo a aumentar o dinamismo e diminuir a enrolação.

A sociedade está imediatista. Ninguém quer ficar esperando 15 capítulos para saber o que vai acontecer na história. Tem que ser tudo para ontem. Em cada capítulo, algo novo e forte. Portanto, as novelas diárias, das seis horas, sete, oito, nove, estão com seus formatos ultrapassados e condenados ao fracasso. Ou as emissoras enxergam isso, ou a tendência é que a audiência continue a cair constantemente. Um forte abraço.

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terça-feira, 8 de setembro de 2015

O preconceito de alguns professores universitários com o jornalismo esportivo


Estava conversando com uma amiga quando ela me fez uma revelação bombástica: "um professor meu, da faculdade, diz que jornalismo esportivo não é jornalismo". Revelou-me, ainda, que é daqueles que só consideram jornalismo as áreas de política e economia.

Muito me entristece a postura de um profissional como esse, que se diz PROFESSOR universitário. Infelizmente, existem muitos outros que agem como ele, de forma preconceituosa com algumas áreas do jornalismo. Para mim, a pessoa que tem a missão de ensinar, difundir ideias e abrir mentes não pode se limitar a um pensamento tão mesquinho, tacanho e pequeno.

Aquele que age dessa maneira, também não pode ser chamado de professor. Claro que, como pessoa, obviamente, pode expressar sua opinião de forma livre. Mas não pode disseminar um pensamento preconceituoso como esse.

Assim que publiquei o comentário nas redes sociais, recebi inúmeros comentários indignados com a posição adotada pelo tal professor. Também teve uma ala que levou a discussão para outra esfera, dizendo que, do jeito que o mercado está e com os profissionais que tem militado na área, o jornalismo esportivo está morrendo. Que hoje, emissoras de rádio e TV só pensam em fazer programas circenses, sem informação e recheados de ex-jogadores de futebol, o que só corrobora para o pensamento de que, hoje, não existe mais jornalismo esportivo.

Esta é, de fato, uma outra discussão a ser feita. Sobre mérito, mercado de mídia, competência, audiência, área comercial e a atração de patrocinadores. Mas discordo veementemente de que jornalismo esportivo não é jornalismo. É sim! Onde existe informação, existe jornalismo. E o esporte é uma área repleta de análises e opiniões, mas também de notícias e informações.

Muitos veículos de mídia baseiam-se hoje no conjunto informação + entretenimento. Informar-se também é entreter-se. Quando você está se informando, o faz também como passatempo. Afinal, poucas pessoas utilizam informação apenas como trabalho. Logo, o jornalismo esportivo representa bem essa soma. Assim como qualquer outro: político, econômico, cultural, cotidiano, científico, etc.

Com certeza, o profissional que despreza qualquer das áreas do jornalismo ou o considera menor, também deve ter internalizados diversos outros preconceitos. Lamento demais, já que, na universidade, deve prevalecer o estímulo aos debates, às novas ideias e o combate a todo e qualquer preconceito. Um forte abraço.

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