Há duas semanas, falei mais uma vez sobre as redes sociais. Convidei você, amigo leitor, a refletir sobre qual uso faz de seus perfis na internet. Questionei sobre a responsabilidade do que compartilha, do que escreve e das imagens posta.
Hoje, falo sobre as pessoas mal intencionadas nas redes sociais. Assim como na vida real, a internet está repleta de pessoas que querem fazer o mal ao próximo. Para isso, agem das mais variadas formas. Nas redes sociais, uma dessas maneiras é postar ou compartilhar notícias falsas e boatos.
Hoje, a internet é uma das mais poderosas fontes de informação dos brasileiros. Além da sociabilidade, a rede social pode ser útil na arte de informar. Por exemplo, quando um amigo seu está num congestionamento, ele pode fazer um post alertando para que seus seguidores na internet não utilizem aquele caminho.
Também pode compartilhar mensagens positivas, de utilidade pública, como campanhas do agasalho, de doação de sangue e alimentos para comunidades carentes, etc. E, claro, compartilhar notícias verdadeiras e interessantes que normalmente já circulam pela rede.
Mas, muitas vezes, as pessoas que usam a rede para o mal criam notícias falsas ou espalham boatos medonhos. E os outros usuários, que compartilham estes boatos, não agem por mal, mas podem contribuir para causar problemas enormes. Um exemplo disso foi a disseminação da notícia recente de que uma mulher estaria abusando sexualmente de crianças e as sequestrando.
Ela foi linchada e morta. Mais tarde, constatou-se que era inocente. No mínimo, quem criou este boato devia odiar a pessoa por algum motivo. E, como forma de tentar destruí-la, agiu assim. O compartilhamento do post pelos outros usuários fez com que o boato ganhasse proporções gigantes, sendo tomado como verdade.
Nem todo mundo é jornalista para ficar apurando informação o tempo todo. No entanto, todos devem ter a responsabilidade de não compartilhar uma notícia que não tem procedência, não foi checada anteriormente ou que não tem fonte confiável. Se até a grande mídia erra, que dirá alguém que faz um post na internet.
Não precisa checar. Mas não compartilhe se não tiver absoluta certeza de que aquilo é verdade. Esta atitude pode causar muitos danos a inocentes. Invenção de notícias e boatos sem fundamento, no jornalismo, recebem o nome de barriga. Não seja um barrigudo! Evite que inocentes possam ser feridos.
Há invenções de todos os tipos. Desde arrecadações falsas para crianças com doenças raras até invenções políticas, de organismos criados especificamente para falar mal de um ou outro partido. Esteja atento e esperto. Não seja usado e abusado por gente maldosa. Não seja manipulado.
Para finalizar, uma outra vertente que abre mais um debate para um próximo post. Além da disseminação de boatos e falsas notícias, existem pessoas que criam um ser imaginário (fake) ou ainda se passam por artistas, cantores e celebridades. É como se fosse uma espécie de alter-ego.
Para mim, que tenho na imagem meu maior bem, acho de uma falta de amor próprio enorme quando alguém age desta forma. Eu abominaria um ser que fizesse um fake meu, por exemplo. É de uma baixeza sem tamanho.
Claro, pode ser também uma doença. Mas existem pessoas que fazem isso de forma absolutamente consciente. E, com isso, denigrem imagens de famosos e pessoas públicas. Isso quando não fingem ser outras pessoas, se dizendo mais altas, mais magras, mais loiras, mais morenas, mais bonitas, etc.
Nas redes sociais, todo cuidado é pouco. Estamos expostos a todo tipo de gente, inclusive a mentes maléficas. Obviamente, é o preço que se paga por colocarmos nossa vida pessoal ou profissional à disposição de milhões de olhos espalhados pelo mundo inteiro.
O pacote é completo. Com benefícios e malefícios. Com pessoas boas e más. Ainda assim, vale o risco. Para mim, as redes sociais, até hoje, trouxeram muito mais coisas boas do que ruins. Mas, é sempre um risco. Um forte abraço.
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