Tenho lido muita coisa a respeito da separação de William Bonner e Fátima Bernardes, tido como o grande casal "fofo" de jornalistas da TV brasileira. "O pivô da separação foi tal pessoa", "Bonner é que pediu o divórcio", "eles já estavam separados faz tempo", etc... Vi muitas pessoas lamentando a separação nas redes sociais, como se fosse a irreparável perda de um ente. O que só reforça a tese que eu tenho de que as pessoas, hoje, vivem num absurdo estado de carência!
Parece que muita gente projeta sua felicidade nas outras pessoas e, quando algo não dá certo com elas, é como se a situação fosse conosco. Aí, lamentamos e ficamos tristes. Mais do que isso. O choque duro de realidade faz com tenhamos de admitir que Bonner e Fátima são seres humanos, do mundo real. E, assim como a gente, não vivem em um mundo mágico, de contos de fadas, de príncipes e princesas, de Alice no País das Maravilhas!
Tudo nesta vida tem começo, meio e fim. E, ainda que a situação possa causar surpresa em alguém (mesmo em pleno século XXI), o término dos relacionamentos é regra e não exceção. Exceção é justamente o contrário. Aquela pessoa que beija pela primeira vez alguém, torna-se seu primeiro namorado e, para sempre, permanece com ela, é algo raríssimo.
Acredito que todo mundo já tenha terminado um relacionamento um dia. Ou teve algum relacionamento interrompido pelo parceiro. Quase ninguém começa e termina a vida com seu primeiro amor! Ou estou errado?!
O Brasil tem uma clara carência de ídolos! A massa sempre clama por um brasileiro que tenha sucesso no esporte, na vida, que seja exemplo para o mundo e vire herói nacional. E a carência se estende para várias áreas, como a afetiva! Não importa o motivo (estritamente pessoal) que levou ao fim da união de Bonner e Fátima. Por mais que sejam pessoas públicas, nacional e internacionalmente conhecidos, sua vida pessoal única e exclusivamente diz respeito apenas a eles. Lembra-se da expressão "foro íntimo"? Pois é...
Democraticamente, as pessoas têm o direito de comentar a situação (tornada pública pelo ex-casal) nas redes sociais? Obviamente que têm! Mas entendo que, quando sua vida está devidamente preenchida, um fato como esse deveria passar absolutamente batido. Até porque é algo comum à existência de qualquer um de nós! Todos os dias, milhares de relacionamentos começam e terminam, milhares de divórcios de pais de centenas de filhos acontecem. Não é pra causar comoção e nem espanto. Bom, ainda bem que não levo tão a sério esse mundo paralelo virtual chamado rede social...
Mas, o que deveria, em tese, causar comoção e indignação diárias às pessoas, é o estado de vida de pobreza de milhares de brasileiros e até estrangeiros, cujos países vivem em guerra constante. Crianças que ficam sem família. Refugiados... Um terremoto que mata milhares de pessoas, um acidente aéreo, um assassinato brutal, um estupro de uma moça jovem de periferia, a falta de educação pública de qualidade do país, que mantém milhões de pessoas ignorantes, mal informadas e feitas de massa de manobra. A situação da saúde pública, que deixa idosos nos leitos e corredores de hospital, sem um pingo de dignidade no atendimento de um sistema corrompido que enriquece ilicitamente os bolsos de muito marginal do colarinho branco. Isso sim, é de comover! Não uma separação!
O amor ideal não existe! Julguem-me! O próprio nome diz: é ideal, algo que apenas imaginamos e com que sonhamos, muito difícil ou quase impossível de se concretizar! Não estou dizendo que não existam casais felizes, ou aqueles que (por uma raridade gigantesca) ficaram com seu primeiro amor até o fim da vida! Claro que isso acontece, mas os exemplos que tenho não enchem uma mão! Se você tiver mais do que isso, fique à vontade para comentar no blog!
Lógico que existem casais felizes, mas os obstáculos sempre surgem! O amor ideal nos remete à imagem de uma felicidade eterna, sem brigas ou rusgas, sem envelhecimento, sem períodos distantes, sem aborrecimentos, sem chateações e turbulências! Isso não existe! O importante é que, entre Bonner e Fátima, e acredito piamente que foi assim, sempre existiu lealdade. E os filhos são laços que os manterão unidos (acredito que amigos, parceiros e cúmplices) para a vida toda.
Agora, lamentar uma dissolução de união em rede social, como se fosse com alguém da família, ou como se eles tivessem a obrigação de ficar juntos e felizes para sempre, acho um pouco demais. Repito, democraticamente, todos têm o direito de se manifestar a respeito (exatamente como estou exercendo a democracia aqui, neste momento), uma vez que a situação foi tornada pública. Mas acho que é coisa de mente vazia e vida oca, sem preenchimento. Ou de gente muito inocente, que acredita em amor de contos de fadas. Acabou, e daí? Que sejam felizes à sua maneira! Encontrando ou não um novo amor! Apenas desejo, do fundo do coração, que tenham paz para seguir a vida sem se importarem com os comentários do mundo virtual. Já devem fazer isso há muito tempo, aliás. Um forte abraço.
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