quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Alguém tem de levar a culpa


Estou escrevendo esta coluna na manhã de quarta-feira, 2 de dezembro de 2015. Portanto, sem saber o resultado da final da Copa do Brasil, entre Palmeiras e Santos, que ocorreria nesta noite, às 22h. No jogo de ida, o Peixe venceu o Verdão por um a zero, lá na Baixada Santista.

No final da partida, já nos acréscimos, o centroavante Nilson (foto), do Santos, perdeu um gol feito. Depois de jogada de Ricardo Oliveira, a bola sobrou pra ele, sem goleiro. O atacante mandou pra fora. A contextualização se faz necessária pela crítica que vou fazer. Não a Nilson, mas à mídia. Como não sei quem foi o campeão do torneio, não posso afirmar se o gol perdido por ele fez ou não falta para os santistas.

Isso posto, vamos à coluna propriamente dita. Depois que Nilson perdeu o gol feito, praticamente toda a mídia esportiva execrou e esculhambou o jogador, como se ele fosse o grande vilão dos alvinegros no confronto contra o Palmeiras. É claro que os comentaristas têm o direito de opinar e de acharem o jogador fraco tecnicamente. Mas também devem ser ponderados e justos em suas análises.

Nilson perdeu um gol feito? Sim, UM! Mas não vi nenhum colega da imprensa falando que Gabriel, apesar de ter feito o gol da vitória, perdeu DOIS GOLS (um de pênalti e um cara a cara com o goleiro). Também não vi nenhum colega crucificando Ricardo Oliveira pela atuação PÍFIA que teve e pela perda de um GOL a cinco metros da meta, por ter sido absolutamente DISPLICENTE!

Só porque Nilson é (agora, era) desconhecido? Só porque ele não tem um nome no futebol ou não está na Seleção Brasileira? Trataram o Nilson como vilão de novela. Afinal, alguém tem de levar a culpa... Essa mania do ser humano de ser maniqueísta, sempre buscar o vilão, o mocinho e o bandido, o cara do bem e o cara do mal, irrita-me profundamente. Abomino qualquer tipo de caça às bruxas.

As análises não podem ser rasas. Precisam ser desenvolvidas em contextos mais amplos. O torcedor do Santos pode até ter ficado com raiva e xingado Nilson e toda sua árvore genealógica. Mas o jornalista não pode embarcar nessa. Na mesma partida, outros jogadores importantes também perderam gols inacreditáveis. E ninguém falou! Se Nilson, em algum momento, foi uma espécie de vilão, não foi sozinho.

E é sempre bom lembrar que o jogador, antes de ser atleta, é ser humano. Nilson ESTÁ atleta. A crítica apaixonada é sempre maléfica ao jornalismo e ao esporte. Isenção é fundamental em nossa profissão. O que não significa que jornalista não erra. Pelo contrário. Erra e bastante. Mas deve estar pronto para reconhecer e assumir os erros. E estar ligado em alerta máximo para conter excessos, ser objetivo, preciso e passar a informação e a opinião de modo inteligente. Um forte abraço.

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