sexta-feira, 4 de maio de 2012

O mercado jornalístico está cada vez mais saturado no sudeste



Uma reportagem publicada anteontem pelo site Comunique-se trouxe números importantes sobre os cursos de jornalismo oferecidos no Brasil. Segundo o texto, "as instituições de ensino particular são responsáveis por 90% das vagas que são oferecidas ao curso de jornalismo, aponta a pesquisa realizada pelo Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina".

Por incrível que pareça, nem a querela do diploma faz com que a procura pelo curso de jornalismo sofra uma queda drástica. Porém, costumo dizer que jornalismo é dom, missão, religião e até uma sina. Tem prazo para tudo, estresse, trabalho de fim de semana, feriado e não pode ter reclamação.

Recentemente, outra pesquisa realizada pelo site americano Carrer Cast apontou que as profissões de jornalista (repórter) e apresentador (ou locutor) de TV estão entre as dez piores do mundo. Então, por que tanta gente ainda quer fazer jornalismo?

Porque é paixão. Claro, tem muita gente que cai de pára-quedas na faculdade e faz o curso apenas para saber como é. Mas a maioria ainda faz por vocação. O mais complicado é arrumar trabalho para todo mundo. O texto do site Comunique-se ainda traz outros pontos interessantes.

"Mais de 115 mil registros de jornalistas foram emitidos de 1930 a 2010 e, atualmente, a maioria dos profissionais são jovens do sexo feminino". Claro que o número de registros é dado num período amplo, de 80 anos, mas, convenhamos, é muita gente para poucas empresas absorverem a demanda.

Muitos universitários ainda se iludem com uma possível fama ou prestígio que o jornalismo poderia trazer para suas vidas. Porém, quando vão à luta no mercado de trabalho, deparam-se com esta situação caótica, que inclui extensas jornadas de trabalho, salários baixos e nenhum glamour.

"A pesquisa também registrou que há 316 cursos de Jornalismo no País, sendo que 255 são privados e 61 públicos (responsável por apenas 10% desses alunos). Com relação à distribuição regional, 56% dos cursos de Jornalismo estão na região Sudeste, 23% na região Sul, 11% no Nordeste, 5% no Centro Oeste e 2% no Norte".

Ou seja, com os números, fica mais fácil entender os motivos pelos quais a região Sudeste está com o mercado saturado. Um fenômeno que não está descrito no texto e é importante relatar é que muita gente de outras regiões do país vem para o sudeste por acreditar que aqui os cursos de jornalismo são de melhor nível e mais gabaritados do que os oferecidos em suas regiões.

Isso contribui com a saturação do mercado e a diminuição da oferta de cursos nos demais estados e regiões do Brasil. Há como reverter a situação? Difícil... O mais importante é que você, amigo leitor, universitário ou estudante do ensino médio, escolha sua profissão por amor. Mas que também pesquise sobre a carreira, o mercado e as oportunidades que ele oferece. Caso contrário, sua frustração será muito grande. Um forte abraço.

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