segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que não está ao alcance dos jornalistas

CLARK KENT, O JORNALISTA SUPER-HERÓI

É verdade que quase todo jornalista sonha em mudar o mundo. Hoje, noto que essa visão é um pouco diferente. Muitos já admitem que mudar o mundo em grandes proporções é muito difícil. Mas em pequenas, é possível.

Começando pelo bairro onde mora, realizando reportagens que ajudem uma comunidade, procurando ser justo e honesto sempre. Isso já seria um excelente começo para muitos profissionais da comunicação.

No entanto, nem tudo está ao alcance dos jornalistas. É importante que todos entendam isso. Os próprios profissionais e as pessoas ou fontes com as quais se relacionam. Jornalista não é super-herói. Nem Deus. Portanto, não tem que se arriscar para salvar ninguém em lugares ou situações perigosas, como enchentes, tiroteios, atropelamentos, acidentes, etc.

Jornalista também não é investigador de polícia. Não vai acabar com o tráfico de drogas nem desmascarar todos os políticos corruptos. Vide Tim Lopes, assassinado por transgredir os limites da profissão. Foi ao morro para desmascarar traficantes por sua conta e risco. Acabou morto.

Jornalista não é político. Por isso, não tem como atender a pedidos desesperados de populares que insistentemente pedem para que ele fale com autoridades para melhorar a moradia, a saúde pública, o ensino. Esse papel é do povo.

O povo tem que se organizar, provocar revoluções (Egito e Líbia estão aí para mostrar). O jornalista pode sim dar voz para que essas pessoas sejam ouvidas. Mas não pode agir por elas. Tem mais coisas que não estão ao alcance dos jornalistas. Uma bem banal, mas que os entrevistados precisam entender.

Primeiro: nem todas as pessoas que forem entrevistadas vão aparecer na reportagem. Muito material coletado não será usado. Segundo. Jornalista não é responsável por fazer cópias de CD ou DVD das reportagens que faz e dar para os entrevistados. Isso é tecnicamente impossível. É dever sim, informar dia, horário e veículo em que vai ser exibida a matéria. Mais do que isso, infelizmente não dá.

Se todos entenderem que nem tudo está ao alcance dos jornalistas, será bom para ambas as partes. Profissionais, entrevistados e povo. Reflitam sobre a questão. Quase ninguém fala a respeito disso, mas é necessário. Forte abraço.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Atualização de portifólio - 25/02

Hoje venho ao blog para atualizar meu portifólio com uma reportagem interessante. Foi a primeira matéria "rural" que fiz. A palavra "rural" está entre aspas porque o vídeo é sobre agricultura urbana.

É uma espécie de plantação no meio da cidade. Muitos produtores tiram seu sustento dessa forma de investimento. Faço um retrato dessa questão na cidade de Guarulhos. Para fazer a passagem, pisei na lama e afundei o pé num lago. Mais uma do capítulo "ossos do ofício".

Quem assiste à reportagem não imagina essas nuances. Por isso esse blog existe. Para que você participe do processo de confecção da matéria. Para que se sinta por dentro do que acontece na mídia. Bastidores ou não. Confira o vídeo. Forte abraço.


AGRICULTURA URBANA EM GUARULHOS

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sugestão de leitura - "O Texto na TV"


Para aqueles que não são profissionais da mídia e se interessam em saber mais sobre o jornalista de TV, indico a leitura do livro "O Texto na TV - Manual de Telejornalismo", de Vera Íris Paternostro.

A leitura possibilita maior compreensão da dinâmica televisiva. Como os textos devem ser confeccionados, que cuidados tomar quando estiver no ar, principalmente ao vivo, como gesticular, etc.

Uma observação. O livro também serve para muita gente formada ou que faz faculdade! Refiro-me aos jornalistas despreparados, que acham que podem fazer TV de qualquer maneira. A televisão lida com imagem. É importante ter carinho por ela.

Os detalhes são meticulosos. Maquiagem, cabelo no lugar, vestir-se bem. Tudo isso faz parte do show. Joias nunca devem ser grandes ou chamativas. O mesmo vale para os decotes nas blusas das mulheres. Unhas pintadas apenas com esmalte claro.

Nada pode chamar mais a atenção do que o conteúdo, do que a informação que o jornalista passa em dado momento. Por isso, as roupas precisam ser sóbrias, discretas. As vestes não podem dar espaço para comentários como: "você viu que roupa esquisita ela estava vestindo hoje?"

Se alguém fez esse comentário enquanto a repórter estava no ar, a informação já se perdeu. Então as pessoas se perguntam, muitas vezes, no instante seguinte ao término da reportagem: "mas o que a moça da TV disse mesmo"? Culpa do telespectador? Às vezes sim. Nesse caso específico, não. É da repórter!

Amigos e amigas jornalistas: deixem os ornamentos e peduricalhos para mostrar às suas amigas. Na TV, jamais! Listras também não são bem-vindas. As horizontais engordam. As verticais até causam efeito de maior estatura, mas muitas vezes causam batimento (defeito que dificulta a leitura da imagem pela câmera e causa ruído na qualidade).

Para terminar a dica fashion: branco quase sempre "estoura" a imagem. Ilumina demais. Evite. Preto liso parece luto. Cuidado. Esse tipo de manha você vai encontrar no livro de Vera Íris Paternostro. Li durante a faculdade. Para mim, fez diferença. Forte abraço.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os raros casos do jornalismo e o padrão Globo


Segundo notícia publicada no site Comunique-se, o apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner, renovou seu contrato com a emissora por mais sete anos. Como trabalha lá desde 1986, ao término do acordo, o jornalista terá completado 31 anos de casa.

Bonner não é regra. É exceção. Hoje são cada vez mais raros os jornalistas e outros profissionais da mídia que permanecem por muito tempo em uma mesma empresa. Seja por vontade própria ou pela imposição do mercado, que obriga a constantes mudanças de rumo.

Assim como Bonner, o Jornal Nacional também tem história. Mais de 40 anos no ar. Outra raridade. Hoje os programas costumam ter uma brevidade maior. Mas as exceções estão aí. Quase sempre, na TV Globo que, dentre as emissoras abertas, notadamente, é a que tem mais respeito pelo telespectador.

Faustão tem seu programa há mais de 20 anos. O Globo Repórter está quase quarentão. Casseta & Planeta durou outras duas décadas. Luciano Huck está no seu Caldeirão há mais de dez anos. Apenas para citar alguns exemplos.

Nisso a Globo realmente é fera. Mantém suas tradições. O conteúdo é discutível. O prazo de validade de alguns apresentadores e locutores, também. Mas o tal "padrão Globo" deveria ser exemplo para todas as emissoras.

Já visitei os estúdios da Globo em São Paulo, no Morumbi. Além das megainstalações, iluminações programadas por computador e câmeras-robôs, vê-se o bom profissionalismo. Passei pelo estúdio do programa Arena SporTV, então apresentado por Cleber Machado. Durante o intervalo, entra o cabeleireiro e corta uma pequena madeixa do jornalista. Tudo porque estava com uma ponta, no vídeo. Preservação da imagem.

Por isso a Globo ainda é líder de audiência no Brasil. Por isso tem público fiel e cativo. E por isso você liga sua TV quase sempre no canal 5 (a não ser que tenha TV a cabo). Do conteúdo, confesso: não sou muito fã. Pelo contrário. Sou até bem crítico. Mas quanto à estrutura e o padrão, não tem como não elogiar. Forte abraço.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O mar de obviedades que banha o jornalismo esportivo

Legenda: Não chore, Ronaldo! Um dia as perguntas vão melhorar!

Se no post anterior parabenizei os repórteres pelo seu dia, neste vou dar um tapa com luva de pelica. Hora da crítica. Às vezes entendo porque jogadores, técnicos e outros envolvidos no futebol se irritam com a imprensa.

Muitos são os repórteres mal preparados, desinformados, sem criatividade, que não sabem o que perguntar ou fazem perguntas vagas e mal formuladas. Ronaldo teve de ouvir clichês como "qual o momento mais marcante da sua carreira"? "Elenque suas dez maiores vitórias e suas dez maiores derrotas".

Em um dado momento, o ex-jogador havia citado que abriria a Fundação Criando Fenômenos, mas que ainda estava só no planejamento, era tudo muito incipiente. Aí vem o repórter e fala: "você pode nos dar mais detalhes ou explicar melhor como vai ser a Fundação"? Pediu para levar um sonoro "não". Queria que nessas horas o entrevistado fosse o Seu Saraiva. Tolerância zero! Muitos jornalistas iriam pensar 15 vezes antes de pronunciarem sua pergunta.

Se não tem nada de bom para perguntar, fique quieto! Melhor do que falar besteira. É a mania de querer mostrar serviço para o veículo no qual trabalha. A sala de imprensa estava tomada por um batalhão de repórteres. Claro que algumas perguntas que um jornalista gostaria de fazer já poderiam ter sido feitas por outro colega.

Então formule outra. Boa, de preferência. Caso contrário, fique quieto! O jogador não tem culpa da limitação de intelecto das pessoas! Isso aborrece. Imagine se te perguntarem meia dúzia de vezes "o que você faz em seu trabalho?" É praticamente a mesma coisa.

Infelizmente, isso acontece muito no esporte. Perguntas repetitivas, pouca criatividade. Uma pena. Bom para quem vai por um caminho diferente. Esse tipo de profissional quase sempre se destaca. Pior para os limitados. A esses, recomendo leitura e estudo. Quem sabe a mente não se abre a novas ideias? Forte abraço.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Jornalismo e a Academia


Além de fazer reportagens, apresentar, produzir e atuar das mais diversas formas no mundo jornalístico, também gosto da parte acadêmica. Não falo aqui sobre dar aulas, mas sim, pesquisar.

O trabalho de pesquisa pode clarear e ampliar a cisão a respeito de muitos temas. Em minha pós-graduação, escrevi um artigo sobre a arbitragem no futebol brasileiro. Fruto de um trabalho de pesquisa e de observação.

Para minha felicidade, o artigo foi publicado no site da Universidade do Futebol (http://www.universidadedofutebol.com.br/). Para acessar, vá em "Educação Online" e clique em "Artigos". Digite na busca "arbitragem". Meu artigo é do dia 26/12/2010. Você vai achá-lo com o título: "A interferência da televisão no futebol brasileiro: ‘reapitando’ uma partida".

É preciso se cadastrar para ler inteiro. Mas para quem não quer ter esse trabalho, pode acessar o link direto do pdf, que é: http://www.universidadedofutebol.com.br/Files/pdf/Artigo%20-%20Futci%C3%AAncia%20-%20TV.pdf.

Leiam se gostarem do assunto ou quando tiverem um tempo. Podemos debater depois a respeito. O artigo era para ser científico. Mas jornalista não consegue se prender a formatos engessados. Transformei quase em texto corrido. Prefiro assim. A leitura fica mais agradável. Não é porque é artigo que precisa ser chato.

Caso leiam o conteúdo, por favor, aproveitem para votar e dar uma nota. Para mim, é muito significativo. Obrigado desde já pela força. Em tempo. Parabéns a todos os repórteres pelo seu dia, comemorado em 16 de fevereiro. Na essência, todo jornalista é um eterno repórter. Forte abraço.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ossos do ofício

Outro dia falei aqui sobre as gafes dos jornalistas e dos programas de comunicação. Mais do que engraçadas, algumas situações podem ser tensas. O vídeo abaixo mostra o vereador José Rainha, do PT agredindo uma jornalista.

Isso acontece muito, infelizmente. Na maioria das vezes, com políticos estressados ou acusados de corrupção. A obrigação dos repórteres é entrevistar. A deles é prestar contas à sociedade. Não o fazem. E ainda estamos sujeitos a pancadas.

Mais do que o machucado, é a desmoralização da imprensa. Ainda bem que, com esses registros, pelo menos dá para processar os envolvidos. Mas, o processo até serviria de consolo se os políticos desse país sofressem mesmo as punições que a lei determina.

Na terra da impunidade, as mãos atadas não são capazes de nada. Uma pena. Para o povo. Nesa hora, queria ser um egípcio. Seria bom se os brasileiros acordassem e exigissem seus direitos com revoluções. Isso falta por aqui. Forte abraço.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Portifólio 9: Jornalismo e a área de educação

Nunca escondi de ninguém que tenho muita vontade de dar aula em universidade. Considero a educação um setor fundamental da vida. Mas também é um privilégio para o repórter quando ele pode fazer matérias voltadas ao processo educacional.

Também era divertido quando assistia à programação educativa na TV. Fizeram parte da minha infância Bambalalão, Catavento e Castelo Rá-Tim-Bum, todos da TV Cultura. Ainda nos tempos distantes, quem não se lembra do Vestibulando, também da TV Cultura? Um verdadeiro cursinho pela TV. Mais recentemente, o Canal Futura assumiu um pouco esse papel. Sempre assisti a esses programas. Talvez venha daí minha estreita ligação com a educação.

No Canal Guarulhos, existe um quadro que se chama "Na Escola". Ele tem o objetivo de trazer à tona discussões e debates sobre o modo de ensino e o processo pedagógico nas escolas da rede municipal. Gosto muito de fazer esse tipo de reportagem. Em muitas, volto a ser criança.

Sento no chão com os pequenos, vejo a diversão quando mexem com a tinta guache, o papel crepom, a cartolina. O cheiro de massinha e giz de cera me lembra o primário. É realmente uma espécie de túnel do tempo.

Abaixo você vai ver duas reportagens que fiz sobre educação. Uma tem passagem e a outra não. Uma refere-se a uma escola que montou uma minibiblioteca no pátio e incentiva os alunos a lerem e levarem os livros para casa.

A outra é recente. Fiz na semana passada. É sobre a tradicional volta às aulas no começo do ano. O mais interessante foi constatar nas entrevistas o quanto as crianças gostam de voltar para a escola. Nós, adultos, somos mesmo um bando de preguiçosos.

Não queremos ir à faculdade, ao colégio. Trabalhar então, que preguiça (já diria Macunaíma, folclórico personagem da Literatura Brasileira)! As crianças não têm nada disso. Elas adoram rever os amigos e voltar para a escola. Confira os vídeos e tente resgatar a criança que existe em você. Um forte abraço.


ESCOLA DE GUARULHOS TEM MINIBIBLIOTECA EM PÁTIO


MAIS DE 115 MIL ALUNOS VOLTAM ÀS AULAS EM GUARULHOS

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Chefias e lideranças nas empresas de comunicação


Conversando ontem descontraidamente com minha amiga (e mais nova seguidora deste blog) Carol Sak, veio-me à mente o assunto do post de hoje. Chefias e lideranças. O que escrevo aqui não vale apenas para empresas de comunicação. Vou citar, claro, algumas singularidades do mundo corporativo midiático e jornalístico porque é com o qual trabalho. Mas, via de regra, vale para qualquer tipo de empresa.

Primeiro, é necessário citar a diferença entre chefe e líder. O chefe normalmente é o cara que apenas manda. Às vezes sabe menos do que o subordinado. O líder é a pessoa que dá exemplo. Ele manda, mas ensina como fazer, explica o modo correto. É uma espécie de guia, um modelo a ser seguido. Delega as funções com sabedoria.

Isso posto, vamos ao post (que trocadilho infame!). Existem vários tipos de chefias e lideranças nas empresas de comunicação. Até hoje (e, graças a Deus, sempre pude escolher) só trabalhei com líderes. Mas cada um impõe sua autoridade de um jeito.

Hoje, também tenho um cargo de coordenação. Apesar da pressão que exige, eu procuro ser mais líder do que chefe. Sou do estilo calmo. Sem dar berros ou gritos. Explico o que e como deve ser feito. E mostro qualidade de trabalho. Acredito que esteja de bom tamanho.

Mas, na comunicação, a fama faz estragos. E alguns famosos adoram aparecer e mostrar autoridade. Para tanto, humilham jornalistas e repórteres no meio da redação, bradando pelos quatro cantos um erro ou outro que a pessoa cometeu. Na maioria das vezes, nem é algo tão grave assim.

Só humilham para mostrar poder. Pura bobagem. Não leva ninguém a lugar nenhum. Não consigo entender quais motivos mórbidos e psicopáticos levam alguém a ter prazer humilhando e pisando no outro. Muitas vezes, o repórter rebate que tal procedimento não é ético nem jornalístico, o que enfurece mais ainda o chefe. É, a fama e o dinheiro corrompem.

Amor e temor. São os dois meios de se exercer liderança. Tem gente que defende que o líder deve ser mais temido do que amado. Realmente e infelizmente, no mundo corporativo costuma ser assim mesmo. Uma pena. Eu discordo. Desde que o subordinado pense da mesma forma e também enxergue as coisas aos olhos do coração.

Eu prezo os líderes mais humanos, mais espiritualistas. E até hoje dei sorte de trabalhar quase sempre com gente assim. É mais o meu perfil. A ilustração do post representa um líder. Alguém que sempre sabe mais que o subordinado. E mais experiente também.

Gente assim tem o que ensinar. E podemos beber dessa fonte de conhecimento para aprender. A cobrança é importante, desde que acrescente uma nova visão profissional ou de mundo. Vida longa aos líderes e extinção aos chefes! Um forte abraço.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quem sabe faz ao vivo (e quem não sabe também)

Fazer TV ao vivo é um dos maiores desafios do jornalista. Por causa dos imprevistos a que estamos sujeitos. Dentro e fora do estúdio. Não estou falando propriamente de notícias de última hora ou fatos que acabam "segurando" o jornalista mais tempo em uma jornada de trabalho. Isso acontece frequentemente, como enchentes, desabamentos, acidentes graves, etc.

Neste post, refiro-me ao erros (gafes) jornalísticos que podem acontecer durante uma transmissão ao vivo. Ninguém está livre de passar por uma bela saia justa. E tem para todos os gostos. Cenário que despenca, vídeo que não entra, erros da parte técnica e dos jornalistas.

Tem jornalista que troca nome (quem não se lembra de William Waack, chamando a repórter Zelda Melo de "Zelda Merda"), que engasga e que tem ataque de riso. Nas piores horas. Imagine anunciar a morte de alguém ou um desastre às gargalhadas? Acontece. E o pessoal do switcher tem alguma culpa nesse momento, já que muitos adoram fazer piadinhas internas pelo ponto eletrônico. Tem gente que boceja como Zeca Camargo ou é flagrado comendo no ar como Fernando Vanucci.

É um exercício de concentração. Embora seja engraçado para os telespectadores, para nós é uma baita vergonha. Coisas de quem faz TV ao vivo. É assim mesmo. Por isso, muito mais desafiador e "adrenalínico". Toda vez que estamos no ar, o negócio é rezar para que nada aconteça. E agradecermos após cada programa sem anormalidades. Mesmo assim, as risadas são inevitáveis.

Dentre os milhares postados, selecionei um vídeo do You Tube com alguns erros mais comuns no jornalismo. Se você se dedicar a uma pesquisa mais abrangente sobre esse assunto, vai passar horas rindo da gente. Tem muito material. Procure e vai achar coisas engraçadas ou mesmo escabrosas. Vale a pena. Não tenho vídeos de erros meus. Uma pena. Se tivesse, os colocaria aqui. Um forte abraço.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mais de 200

No post de hoje, queria apenas agradecer ao carinho dos amigos que acompanham este blog e também aos meus seguidores. São eles: Glauco Brandão, Erika de Lima, Angely Maíra Biffi, Paula de Lima, Fernanda Cavicchio, "Meu Querido Palestra" e Michelle Gomes. Ainda um grande abraço a "ABC Paulista FC" que sempre comenta por aqui.

Graças a vocês, ultrapassamos a marca de 200 visitas. Acredito que este blog não apenas tem mostrado meu portifólio, mas também debatido alguns temas relevantes ao jornalismo. Até agora, em 26 posts, foram publicados 36 vídeos e 103 fotos. Realmente, muito obrigado! Um forte abraço.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Atualização de portifólio - 07/02

Fazer reportagens sobre temas variados é bom para o jornalista. Ficamos informados sobre diversas circunstâncias e conhecemos inúmeros setores da sociedade. Além disso, escrever sobre muitos assuntos faz com que o profissional tenha sempre de exercitar o texto para que seja o mais criativo possível.

Não gosto de gente sem criatividade. Que escreve sempre as mesmas coisas e usa sempre as mesmas frases como muletas, tal e qual uma verdadeira receita de bolo. Contar uma história exige trabalho intelectual, imaginação, inteligência, criatividade, disposição.

Se você tem histórias diferentes para contar, não pode narrar todas da mesma maneira. Além de limitação mental, é preguiça. Não gosto de "profissionais" assim. E conheço muitos, infelizmente.

Por isso, tentei fazer da melhor maneira possível a reportagem que você vai ver abaixo. É sobre aulas de ioga gratuitas fornecidas pela Prefeitura de Guarulhos. Claro que, às vezes, existe a obrigação de colocar o "basicão" na matéria. Ou seja, telas com endereços e serviços são muito comuns. Disso não dá para fugir. Nesse caso, pode ligar o "piloto automático", sem problemas. Isso não muda. Mas é necessário para informar corretamente a população.

De resto, o jornalista pode e deve sempre criar. Nessa reportagem, procurei fazer uma passagem (momento em que o repórter aparece) que surpreendesse os telespectadores. Buscar isso não é apenas um desafio, mas sim uma maneira de marcar seu perfil e sua personalidade perante o público.

Essa é a diferença entre aqueles que se destacam na mídia e os que são ignorados ou vistos de modo indiferente pelo público ou por colegas de trabalho. Dica: crie sempre, seja esforçado, queira aprender e atire-se sobre os desafios. Esse é o segredo para ser um bom profissional. Em qualquer área. Um forte abraço.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Participações especiais

Às vezes, um jornalista é convidado para ir ao programa de outro. Isso é bastante comum. Ultimamente, tenho feito algumas participações no programa ABCD Esporte, da TV ABCD, via web (http://www.tvabcd.com.br/).

O programa é semanal, às segundas-feiras, a partir das 19h e tem uma hora de duração. Na próxima segunda, dia 07/02, estarei lá novamente (se a chuva deixar São Bernardo não se afogar). Abaixo seguem algumas fotos do programa.

Leandro Giudici, meu xará, é o apresentador. Renan Quintanilia é o comentarista. E na foto em que estou de camisa azul, ao meu lado direito (esquerdo da imagem) está o cartunista Juarez Corrêa, famoso por desenhar mascotes para diversos times de futebol.

Fiquem com as imagens. Volto na segunda-feira. Um forte abraço.








quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O jornalista e o tal diploma


A questão do diploma é algo muito complexo. Alvo de enorme polêmica. Como tudo na vida, acredito que não deveria ser para tanto. É mais falta de bom senso do que qualquer outra coisa. Vou explicar. Mas antes, uma consideração sobre a foto que abre o post.

Coloquei aqui a foto do meu diploma pendurado na parede, em um quadro de vidro. A imagem representa exatamente o significado que o diploma tem no mercado de trabalho. Até hoje, desde que o recebi na faculdade, ele está lá. Na parede e no quadro de vidro.

Nunca saiu, pois jamais me pediram o diploma em todas as empresas que trabalhei. Fato. Ninguém pede o diploma. O problema é que jornalistas, pessoas da mídia e curiosos que comentam o assunto fazem do diploma a questão central. Errado. A questão central dessa discussão tem de ser o bom senso.

O diploma deveria, de fato, garantir uma reserva de mercado, já que mais de cinco mil jornalistas saem da faculdade todos os anos e não há empresas e cargos suficientes para absorver tal demanda. Porém, mais do que a reserva de mercado, o diploma deveria garantir para o empregador a competência de quem o tem. Não garante.

Diploma não é sinônimo de bom profissional. Em qualquer área. Já vi muito jornalista sem talento, com pouca inteligência e que sequer sabe escrever ou falar corretamente usando a Língua Portuguesa. E ainda quer arrumar emprego em uma grande empresa de mídia? Como?

O que quero dizer com isso é: para trabalhar em boas empresas (principalmente na mídia) é preciso ter talento e inteligência. Alguns grandes nomes da mídia hoje não são jornalistas. Juca Kfouri é sociólogo. Paulo Andrade, execelente apresentador e narrador da ESPN Brasil, também não fez jornalismo. É publicitário ou Relações Públicas, se não me engano. Agora, vai falar que o cara é ruim? Não é! É fera! Manda muitíssimo bem!

O diploma fora do quadro



Ou seja, a verdadeira questão é: todas as empresas deveriam contratar APENAS bons profissionais. Nesse caso, eu prefiro um RP inteligente a um jornalista diplomado e burro. Porém, o que acontece em algumas empresas é a contratação de não-jornalistas burros! Nesse caso sim, o diploma deveria estar fora do quadro. Garantir emprego ao jornalista nesse tipo de competitividade.

Ora, entre um jornalista burro e um não-jornalista igualmente burro, a vaga tem de ser dada ao jornalista. O mesmo vale se ambos forem inteligentes. Aí sim, entra a reserva de mercado. O raciocínio de reserva também deveria valer para apadrinhados sem talento, filhos de artistas, ex-jogadores de futebol, ex-árbitros, filhos de diretores de TV ou de gente influente, políticos, etc. Minha indignação é essa. Contratar gente burra só porque é indicação, porque tem influência ou porque tem uma bunda enorme.

Mas, entre um jornalista burro e um não-jornalista inteligente e bom profissional, fico com a pessoa que vai dar um retorno maior. Com a mais talentosa, é claro. Conclusão: o diploma não é a questão central. É o bom senso. Eu jamais ficaria triste de perder uma vaga para o apresentador Paulo Andrade em um processo seletivo, por exemplo. Ele é muito mais talentoso do que eu.

Mil vezes contratar uma pessoa inteligente do que uma burra. Seja jornalista ou não. Concordem ou não, essa é a minha opinião (usei esse bordão no rádio durante um tempo... hehehe). Um forte abraço.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Atualização de portifólio - 02/02

Como já coloquei aqui todo o meu portifólio das várias empresas em que trabalhei, agora vamos navegar em águas mais calmas. É só deixar a onda levar o barco. De agora em diante, vou postar aqui atualizações de reportagens ou alguns temas sobre a profissão para discutirmos e refletirmos juntos.

Nesta atualização, vai a reportagem sobre a apresentação do Estrela de Guarulhos. O time de futsal feminino fez um churrasco para recepcionar as novas atletas, que passam a integrar a delegação este ano.

Algumas moram nos alojamentos do clube e vão treinar duro para disputar diversas competições pelo time da cidade. O apoio é da Secretaria de Esportes. Acompanhe o vídeo. Um forte abraço.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O profissional multiempresarial


Antigamente, o profissional mais bem visto no mercado de trabalho era o que fazia carreira em uma ou duas empresas. Ficava 25 anos em uma, 15 em outra. Era a pessoa que ficava conhecida por todos e construía uma sólida base empresarial.

Hoje, o mercado é obrigado a aceitar profissionais multiempresariais, ou seja, que trabalham em diversas empresas ao longo da carreira. No jornalismo, isso acontece até com maior frequência, já que as mudanças de emissoras, veículos de comunicação, linha editorial ou mesmo grade de programação são constantes. Os investimentos também mudam e um programa inteiro pode deixar de existir da noite para o dia, o que acarreta em inúmeras demissões.

O jornalista também pode mudar de cargo rapidamente, para cima ou para baixo. Pode se tornar diretor ou voltar a ser produtor. Não desmerecendo, claro, nenhum dos dois cargos. Tudo depende de quem está no comando. Mídia tem muito disso.

Fulano é contratado por determinada emissora e leva uma equipe inteira, desmantelando a que já existia. É natural. Atualmente, isso já faz parte do novo meio empresarial. Muito mais dinâmico. E que, por isso, também exige maior versatilidade.

Por isso, a foto dos meus crachás. Mais do que a recordação das empresas em que trabalhei, eles significam a lembrança de várias situações de trabalho. Boas ou ruins. O crachá do Bar Brahma, por exemplo (amarelo), me traz à memória o Carnaval de São Paulo, que fiz pela TV + em 2009.

Virei duas noites trabalhando. Mas, em compensação, podia comer e beber o que quisesse no camarote. E olha que tinha coisa boa! Desde coquetéis variados até cerveja, vinho, refrigerante. Para comer, frutas, pães, petiscos e até pizza. E como sobremesa, sorvete. Tudo uma delícia. Jornalista trabalha. E muito! Mas tem momentos em que também se diverte. Um forte abraço.